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Judeus, muçulmanos e cristãos se unem pela paz no Oriente Médio

Grupo de 45 pessoas passará pela Palestina, Israel, Jordânia e Roma mostrando que é possível viverem juntos sem guerras

por Leiliane Roberta Lopes

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Judeus, muçulmanos e cristãos se unem pela paz no Oriente MédioJudeus, muçulmanos e cristãos se unem pela paz no Oriente Médio

Representantes argentinos das três maiores religiões monoteístas do mundo se uniram e foram até o Oriente Médio mostrar que é possível conviver pacificamente.

A delegação formada por 15 judeus, 15 muçulmanos e 15 cristãos deixou a Argentina e chegou nesta quinta-feira (19) na Palestina para mostrar o modelo de respeito e convivência pacífica entre as religiões.

O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, recebeu a delegação e destacou a presença das três religiões em seu território. “Palestina é a terra das três religiões: cristianismo, judaísmo e islã. E, para mim, a religião é tolerância”.

Ele também citou a paz dizendo que o acordo com Israel é o destino das nações. “Somos vizinhos, temos que viver juntos um ao lado do outro em paz e harmonia”, completou Hamdala.

Em entrevista à agência EFE Claudio Epelman, diretor-executivo do ‘Congreso Judío Latinoamericano’, explicou que além da Palestina a delegação, organizada por ele, ainda passará por Israel, Jordânia e Roma. “Em vez de chamar atenção para o conflito do Oriente Médio, queremos mostrar que cristãos, muçulmanos e judeus podem viver juntos”, disse.

As reuniões com os líderes de cada estado já estão marcadas. Em Israel eles serão recebidos pelo presidente Shimon Peres, na Jordânia por um membro da dinastia hachemita, pois o Rei Abdullah II não poderá recebê-los e em Roma serão recebidos pelo próprio Papa Francisco no dia 27 deste mês.

O líder católico, que é natural da Argentina, é considerado como um grande exemplo para os líderes religiosos. Epelman chegou a dizer que Francisco teve “um papel muito significativo como arcebispo de Buenos Aires” ao criar um diálogo entre as religiões.
“O motivo da viagem não é apenas estar na terra palestina, mas também mostrar uma realidade que existe em uma parte do mundo, onde o diálogo religioso é uma construção”, disse Omar Ahmed Abboud, co-fundador e presidente do Instituto do Diálogo inter-religioso da Argentina.

Quem também faz parte dessa delegação é o rabino Sergio Bergman, deputado por Buenos Aires, que acredita na mensagem de coexistência entre as três religiões.

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Aumenta perseguição contra cristãos em Israel

Missões que atuam no país estão preocupadas

por Jarbas Aragão

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Aumenta perseguição contra cristãos em IsraelAumenta perseguição contra cristãos em Israel

Desde o final do ano passado, as notícias sobre a perseguição de cristãos em Israel têm aumentado. Alguns eventos foram marcantes. Em 24 de novembro de 2013, um juiz de imigração israelense ordenou a deportação para da Inglaterra de Barry Barnett, um judeu messiânico.

Ele fora preso uma semana antes, enquanto participava de um evento de evangelismo realizado pela missão Judeus por Jesus na cidade de Be’er Shiva, no sul de Israel. As autoridades o detiveram e expulsaram do país pois, segundo o juiz, Barnett não foi autorizado a participar de atividade missionária dentro de Israel.

Esta foi a primeira detenção e deportação de um membro do Judeus por Jesus em Israel. A decisão gerou preocupações dentro da missão. Eles acreditam que estão sendo vigiados pelo serviço de imigração que provavelmente estão seguindo ordens da comunidade judaica ultraortodoxa e possui grande poder político no país.

Dan Serede, diretor da missão em Israel, explica que eles ensinam o verdadeiro judaísmo, pois foi feita uma Nova Aliança de Deus com os Judeus em Jesus Cristo, o Messias. Daí o nome “judeus messiânicos”.

Para ele a preocupação nos últimos meses tem sido que a decisão servirá como precedente legal para expulsar outros estrangeiros que estejam envolvidos em quaisquer atividade religiosa considerada “inaceitável” para o governo de Israel. Neste caso, a evangelização.

Apesar de leis que preveem a liberdade religiosa, na prática do governo israelense vem aumentando gradativamente as pressões contra atividades missionárias desde 2012.   A missão A Voz dos Mártires, que trabalha denunciando a perseguição de cristãos em todo o mundo, passou a classificar Israel como uma “nação hostil” em seu relatório anual.

Embora tivesse registro de “ações restritivas” contra cristãos por parte de muçulmanos, especialmente nos chamados territórios ocupados de Israel, o número crescente de sequestros, atentados, pichações anticristãs e até assassinatos influenciaram a análise.

Segundo a Voz dos Mártires, “mais de 120 mil cristãos vivem em Israel, incluindo cerca de 17.000  judeus messiânicos. Há uma estimativa de 8.000 palestinos que hoje são evangélicos. Entre os árabes convertidos, 1.400 vivem na Cisjordânia e 300 em Gaza.

Outro aspecto onde se percebe a perseguição é no sistema legal. Desde 2010, existem batalhas judiciais para o reconhecimento de congregações messiânicas em pé de igualdade com as sinagogas. Oficialmente o governo nega qualquer discriminação ou perseguição, ressaltando que uma das maiores fontes de renda do país é justamente o turismo de cristãos.  Aparentemente, passar por Israel sendo cristão é uma coisa, viver em Israel como cristão é outra bem diferente. Com informações Prophecy News Watch

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Papa Francisco pode abrir documentos secretos sobre o Holocausto

Os arquivos estão sendo digitalizados e podem mostrar a relação entre o Papa Pio XII com o nazismo

por Leiliane Roberta Lopes

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Papa Francisco pode abrir documentos secretos sobre o HolocaustoPapa Francisco pode abrir documentos secretos sobre o Holocausto

Antes de visitar Israel, viagem marcada para maio, o Papa Francisco deve anunciar que autorizou a abertura dos arquivos secretos sobre o Holocausto.

O novo líder diz que a Igreja Católica “não deve temer a verdade”, e a revelação desses documentos poderá mostrar as relações entre o Papa Pio XII (1939-1958) e o nazismo.

Segundo o jornal espanhol El País os documentos com acusações feitas ao papa Pio XII já estão sendo digitalizados. As acusações dizem que o líder católico da época resolveu ficar em silêncio diante da matança de judeus para não se indispor com Hitler.

Quando Jorge Mario Bergoglio ainda era arcebispo em Buenos Aires ele escreveu um livro com o rabino Skorka e precisou responder a pergunta sobre este tema e disse que se nesses arquivos forem encontrados algo que comprometa a Igreja, será necessário reconhecer o erro e pedir desculpas.

“Que se conheça tudo, e se nos equivocamos teremos que dizer: ‘Erramos’”, disse. Depois que assumiu o cargo de papa, em março passado, Francisco defendeu o Concílio Vaticano II que diz que “o povo do Israel continua sendo o depositário das promessas”.

Mas algumas fontes do Vaticano garantem que a figura do papa Pio XII não era tão terrível quanto se imagina. Em 2009 a Igreja chegou a proclamá-lo como “venerável”, a primeira etapa antes da beatificação fazendo com que a comunidade judaica se manifestasse contra.