Eles criticam o terrorismo do Hamas e aprovam o direito de Israel se defender dos ataques
por Leiliane Roberta Lopes
O pastor Silas Malafaia comentou na TV que apoia Israel e criticou o governo brasileiro por ter condenado a ação militar em Gaza. Mas o presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) não foi o único líder evangélico a se pronunciar sobre o caso.
O apóstolo Renê Terra Nova organizou em Manaus um protesto em defesa de Israel reunindo 30 mil pessoas. Em seu Instagram o religioso escreveu mensagens contra o Hamas e em favor do povo palestino e israelense.
“Israel é o Relógio de Deus para às nações! A liderança do Hamas está nos hotéis 5 estrelas enviando ordens, enquanto seu povo leva bomba na cabeça! Além de diplomacia gigante precisa tomar decisão porque os anões não podem fazer nada. Eu oro pelo lindo povo palestino e intercedo por Israel”, escreveu.
Antes dessa manifestação, porém, cerca de 80 pessoas – em sua maioria evangélicos – se reuniu na frente do Ministério de Relações Exteriores no dia 23 de julho para mostrar que a posição do governo de Dilma Rousseff sobre as ações militares em Gaza não é a mesma dos cristãos.
Uma das organizadoras do ato foi a pastora Jane Silva, presidente da Associação Cristã de Homens e Mulheres de Negócios e da Comunidade Brasil-Israel. Ela conseguiu apoio de líderes evangélicos de diversos estados e denominações e foi falar com o embaixador Paulo Cordeiro, que é subsecretário-geral do órgão para a África e Oriente Médio.
Jane afirmou à BBC que os cristãos ficaram ofendidos com a declaração do governo. “Ficamos ofendidos e magoados com a postura do governo brasileiro, que para nós não condiz com a posição da população cristã brasileira em relação ao conflito”, disse ela.
“Israel é palco da história bíblica e está muito claro para nós que o Hamas é um grupo terrorista que quer destruí-lo”, continuo Jane Silva que no mesmo dia foi recebida, juntamente com o grupo, na embaixada de Israel.
“Nós amamos o povo palestino e temos orado pelas mães palestinas, os idosos, crianças, mas não aprovamos o terrorismo”, encerrou. Durante o encontro no Itamaraty, o grupo entregou ao embaixador um manifesto criticando o governo brasileiro pelo apoio à Palestina.