Categorias
Noticias

Padre holandês é suspenso após fazer missa ‘laranja’ pela seleção

 

A missa realizada por Paul Vlaar

A missa foi realizada antes do último jogo da Copa

Um padre católico da cidade de Obdam, na Holanda, foi suspenso pela Igreja após realizar uma missa com trajes e decoração cor de laranja – a mesma da seleção de futebol do país – no último domingo, dia da final da Copa do Mundo.

Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, o bispo de Haarlem e Amsterdã, Jos Punt, disse que o padre Paul Vlaar não havia respeitado a natureza sagrada da eucaristia.

Durante a missa do domingo, Vlaar usou um traje laranja e decorou sua igreja com bandeiras laranja e flores da mesma cor. Até mesmo o piano da igreja foi decorado com a cor da seleção.

O padre chegou a simular um jogo de futebol dentro da igreja e, atuando como goleiro, pegou um pênalti cobrado por um fiel.

Muitos dos 300 fiéis que acompanharam a missa também compareceram vestidos com roupas laranja para rezar pelo sucesso da seleção na final da Copa, contra a Espanha.

Apesar disso, a Holanda perdeu por 1 a 0 e teve que se contentar com seu terceiro vice-campeonato – já havia ficado em segundo lugar nas Copas de 1974 e 1978.

Segundo o bispo Punt, o padre será afastado de suas funções e passará por um “período de reflexão”.

Categorias
Noticias

Evangélicos estão com Serra e Marina e você?

image

 

41% dos católicos vão de Dilma. Tucano lidera entre pentecostais

Donos de um quarto dos votos no país, os evangélicos se dizem mais dispostos a optar por José Serra (PSDB) do que por Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial. A disputa está tecnicamente empatada entre os católicos, que representam 62% do eleitorado. Marina Silva (PV) tem mais apoio dos evangélicos do que dos católicos.
De acordo com o Datafolha, Serra aparece 9 pontos percentuais à frente de Dilma entre os fiéis de igrejas pentecostais, que somam 16% dos entrevistados. No segmento, Serra tem 42%, e Dilma, 33%. Os católicos dão 40% das intenções de voto ao tucano e 41% à petista.
Desde o ano passado, os candidatos travam batalha pelo apoio dos líderes das principais denominações. Serra articula aliança com o presidente do maior ramo da Assembleia de Deus, pastor José Wellington Bezerra da Costa. Dilma conta com os votos da Igreja Universal, do bispo Edir Macedo.
Entre os fiéis de igrejas não pentecostais (7% dos eleitores), o tucano aparece com vantagem de 5 pontos sobre a petista: 38% a 33%. Serra também está à frente de Dilma entre os espíritas, que somam 3% dos entrevistados. O grupo lhe dá dianteira de 11 pontos: 44% a 33%.
O duelo volta a se equilibrar entre o eleitorado que diz não seguir religião alguma. No segmento, o tucano tem 35%, contra 33% da petista, o que configura um empate técnico entre os dois. Serra se declara católico. Dilma, que já disse não ter certeza da existência de Deus, tem procurado se apresentar como católica.
Única evangélica entre os candidatos ao Planalto, Marina Silva (PV) tem mais apoio dos companheiros de crença do que dos católicos. A verde aparece com 13% das intenções de voto nos dois grupos evangélicos. Entre os católicos, cai para 8%. Curiosamente, o melhor resultado da candidata é entre os eleitores que dizem não ter religião: 18%.

Data: 5/7/2010
Fonte: Folha de SP

Categorias
Estudos

Islã-Uma religião anti-cristã – Entrevista com Didi Coman

mulcumanoPortas Abertas tem trabalhado de forma intensiva com o chamado para o mundo árabe, região onde o Irmão André diz representar um desafio maior do que foi a Cortina de Ferro, que marcou o início da Missão.

Que diferenças há entre esses dois contextos sobre a perseguição aos cristãos?

No período da Cortina de Ferro, as pessoas sofriam por causa de uma ideologia. Já no mundo islâmico, os cristãos sofrem por conta de uma religião anticristã. O islã é um desafio maior porque a religião parece estar mais enraizada na forma de pensar das pessoas ao longo dos séculos. Embora o ponto de partida seja diferente, o resultado é praticamente o mesmo: intimidação pessoal, dificuldade de ter ou encontrar algum emprego e, por último, ser preso ou morto. Em ambos os regimes, os cristãos vivem sob pressão e/ou intimidação.

Até que ponto a cultura religiosa local influencia os governos a adotarem medidas anticristãs? Aonde começam estas iniciativas discriminatórias?

Nos países muçulmanos, a religião é parte integral da sociedade. Não há divisão entre religião e Estado. As leis do Estado são baseadas na religião. O islã é a sua forma de vida. Quando você não coopera com isso, então começa a discriminação.

No contexto oriental, as mulheres não são valorizadas, sem mencionar os lugares onde são consideradas propriedades dos homens como em algumas sociedades africanas e asiáticas. Quais as restrições que uma nova convertida ao Evangelho enfrenta nessas sociedades? O que pode acontecer caso ela torne pública sua fé?

Na maioria destes países, as mulheres são respeitadas desde que cumpram seu papel e deveres no meio em que vivem. Elas são capazes de estudar e serem parte integral da sociedade, dentro de certo contexto. Na maioria dos países ocidentais, temos uma cultura de culpa. Na maioria dos países orientais, temos uma cultura de vergonha. Se a mulher não cumpre seu papel na sociedade, elas envergonham seus parentes. Quando se tornam cristãs, não mais cumprem seu papel e estão completamente cientes disso. Grande parte delas não expõe abertamente sobre a conversão ao cristianismo em respeito às suas famílias. Caso tornem pública sua fé, então são trancafiadas, surradas, expulsas de casa, etc.

Em seu contato com famílias cristãs que enfrentam perseguição, como você avalia suas vidas? Até que ponto elas são capazes de compartilhar sua privacidade, conforto e até mesmo segurança em prol da obra de Deus?

Quando a família toda é cristã, elas apenas têm de enfrentar perseguição de fora. Algumas vezes, outros membros da família não querem ter contato com elas, algumas vezes, elas serão despedidas de seus empregos, vigiadas pelas autoridades e sem nenhuma liberdade em suas vidas privadas, sentindo-se sempre inseguras sobre seu futuro e sobre quem as vigia. Quando somente um ou dois membros da família são cristãos, as pessoas têm de tomar cuidado dentro de suas próprias famílias. Algumas vezes, elas são expulsas de casa, relacionamentos são destruídos e, como me disse um rapaz recentemente: ‘Perdi tudo (casa, noiva), mas ganhei Jesus como meu Salvador. Então, tenho tudo que preciso!’

Quais os efeitos da perseguição religiosa sobre a família de um obreiro cristão?

Recentemente, encontrei-me com a esposa de um líder cristão que está preso. Seus filhos eram muito dedicados ao pai, especialmente o mais novo. Todo dia ele chorava sentindo a falta do pai. Ela estava abandonada. Até mesmo seus amigos e membros da igreja tinham medo de ter contato com ela. Eles temem que a polícia vá a suas casas e as possíveis conseqüências. Este é apenas um exemplo, mas os membros da família também sofrem. Acontece também que, devido à perseguição do homem, não há mais renda e, em alguns casos, nem mesmo uma casa para morar, etc. Em geral, é a solidão.

A Igreja Evangélica tem uma presença forte das mulheres. No Brasil, estima-se que, a cada 10 cristãos, 6.5 são mulheres. Quais as razões da predominância de mulheres na Igreja?

Talvez as mulheres sejam mais sensíveis, mais abertas ao Evangelho. Na bíblia, vemos que Jesus, após a Ressurreição, encontrou-se primeiro com as mulheres. E isso não acontece somente no Brasil, mas também em outros países pelo mundo. Os verdadeiros motivos? Não há uma resposta clara!

Em contrapartida, com o advento do ministério pastoral feminino, o papel das mulheres, que sempre teve pequena expressão, está agora aumentando. Mas as grandes denominações e organizações religiosas ainda não são dirigidas por mulheres. O que é necessário para mudar essa mentalidade e fazer com que as mulheres cristãs tenham um papel na Igreja que mereçam e tenham a habilidade de pô-lo em prática?

Deus nos diz na bíblia que Adão e Eva foram criados e ambos complementavam um ao outro. “Então criou Deus o homem à sua própria imagem… Macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27). Juntos, macho e fêmea foram chamados ‘o homem à sua imagem’. Ambos têm seus papeis específicos e lugares dentro do Reino de Deus. Deus deu a todos nós, homens e mulheres, dons específicos e talentos. O papel da mulher na Igreja tem sido muitas vezes subestimado ao longo da história. Desse modo, que a Igreja se levante e dê a cada pessoa o lugar que merece de acordo com seus próprios dons e talentos. E também, de uma vez por todas, às mulheres. O mais importante não é que a mulher dirija uma igreja, mas que cada pessoa seja capaz de desenvolver, dentro da Igreja, os dons específicos e talentos que Deus lhe deu; homens e mulheres!

Quais são as maiores necessidades da Igreja Perseguida hoje?

As maiores necessidades são: Apocalipse 3:2: “Desperta! Fortalece o remanescente que está para morrer…”. A Igreja ‘livre’ tem que despertar para ‘cuidar’ daqueles que são parte do mesmo corpo, mas sofrem! Primeiramente, através de orações, encorajando, sendo informado, também através de Portas Abertas, e dando dinheiro para comprar bíblias e material de estudo. A maior necessidade: vamos nos levantar como Igreja livre e dizer a todos sobre a parte do nosso corpo que sofre e precisa de nosso apoio!

Em sua opinião, por que a obra missionária está tendo cada vez menos apelo na Igreja Ocidental?

Em muitas igrejas, parece que há mais e mais pessoas indiferentes, ocupadas com suas próprias coisas, ganhando dinheiro, com todos os tipos de atividade na sociedade, ocupadas em cada aspecto de suas vidas. Existe talvez uma falta de responsabilidade em relação à divulgação do Evangelho. Além disso, como está o desenvolvimento e o ensino sobre a obra missionária dentro da Igreja? Em algumas igrejas, isso também está diminuindo. É mais fácil ter seu Deus pessoal e estar em sua própria zona de conforto. Assim, sente-se mais seguro. Seria egoísmo?

Quais os tipos de atividades que você desenvolve?

Eu viajo em prol da Igreja Perseguida. Primeiramente, para me encontrar com as pessoas que quero encorajar, cuidar delas, orar com elas e animá-las. Além disso, quero que a Igreja do mundo livre saiba que há outra parte do nosso corpo que sofre. Quero ser a sua voz uma vez que eles (a maioria) não são capazes de falar por si.

Pelo que você viu, o que pode dizer sobre a Igreja Evangélica brasileira e qual sua expectativa sobre os resultados de sua vinda ao Brasil?

Em primeiro lugar, eu e meu esposo (Ben) experimentamos muito calor humano e abertura dentro da Igreja Evangélica brasileira. Na maioria das igrejas, houve abertura para receber a mensagem da Igreja Perseguida. Através da mensagem, a ligação com a Igreja Perseguida foi feita ou renovada. Houve também uma conscientização da necessidade de oração e percepção de que a Igreja Perseguida é parte de nós. Como algumas mulheres me disseram: ‘Nós sabíamos que devíamos orar, mas agora sabemos que é essencial que haja mais oração por eles!’.

Didi Coman é casada com Ben e têm 3 filhos e 11 netos. Alguns anos depois de o casal ter se convertido, em julho de 1977, ambos foram convidados para trabalhar no ministério em tempo integral da Portas Abertas, sendo assim, já estão na organização há mais de 30 anos.

Ben Coman é irmão do presidente emérito da Portas Abertas Internacional. Ele envolveu-se com entrega de Bíblias, livros cristãos e outros materiais para a Igreja que se encontrava atrás da Cortina de Ferro, em especial a Romênia, por isso, muitos o chamavam de Sr. Romênia.