Genoma do orangotango tem 97% de coincidências com o homem, diz estudo

Os 3% representam 90 milhões de variantes; animal e homem tiveram ancestral comum

Efe

MADRI – Um consórcio internacional de pesquisa sequenciou o genoma do orangotango e identificou 97% de coincidências genéticas com o ser humano, segundo publicou esta semana a revista Nature.

Monkey World/Divulgação

Monkey World/Divulgação

Pesquisa é publicada esta semana na revista Nature

Cientistas do Instituto de Biologia Evolutiva de Barcelona (UPF-CSIC) e do Instituto de Oncologia da Universidade de Oviedo colaboraram nesse trabalho, dirigido pelo cientista Devin Locke, da Universidade de Washington em Saint Louis (EUA) e fruto da colaboração de mais de 30 laboratórios de sete países.

Os pesquisadores identificaram mais de 3 milhões de pares de bases que constituem o genoma do orangotango, animal com o qual o homem compartilhou um antepassado comum há mais de 12 milhões de anos.

Apesar das grandes coincidências genéticas dos humanos com o orangotango, “nós não somos tão parecidos com a espécie como se pensava há alguns anos”, explicou Arcadi Navarro, coordenador do estudo apresentado pelos pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, onde ensina genética.

O cientista, que é também professor do UPF-CSIC, acrescentou que “graças às técnicas modernas foram detectadas diferenças muito importantes em certos fragmentos do genoma, e isso nos faz muito diferentes”.

Esses 3% de diferenças nas zonas comuns do genoma representam cerca de 90 milhões de variantes não comuns. “Só nesses fragmentos não compartilhados poderia haver até dezenas de genes que nós temos, mas os orangotangos não, e vice-versa”.

Segundo os cientistas, com a sequenciação do genoma do orangotango, ampliou-se o conhecimento genômico dos primatas vivos, entre eles o homem e o chimpanzé. Por outro lado, também já foram sequenciados os genomas dos extintos Homo neanderthalensis eDenisova hominin.

Os dados obtidos sobre o orangotango apresentam pistas para entender a evolução dos hominídeos e o processo até a aparição do Homo sapiens sapiens. Além disso, a pesquisa oferece informação sobre os mecanismos das reorganizações cromossômicas de doenças como o câncer.

 

 

Categorias
Estudos

Pesquisa com líderes evangélicos: Deixe Deus ser Deus em questões de fim de vida

 

Thaddeus Baklinski

WASHINGTON, DC, EUA, 4 de fevereiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Uma pesquisa de opinião da diretoria da Associação Nacional de Evangélicos (ANE) revelou uma unidade marcante de ponto de vista nas questões envolvendo assistência e tratamento de fim de vida.

A ANE inclui os presidentes e representantes de uma ampla variedade de organizações evangélicas, inclusive missões, universidades, editoras e igrejas.

A pesquisa de opinião apresentou a pergunta de suicídio assistido ou eutanásia [perguntado o que fariam] se os indivíduos se achassem enfrentando dor violenta numa doença terminal.

A pesquisa revelou: “Ao se deparar com dor violenta numa doença terminal, 94 por cento disseram que não dariam consentimento para a eliminação de suas vidas”, permanecendo firmes em seu compromisso de “deixar Deus ser Deus” no que se refere ao fim de suas vidas.

“Isso reafirma o que já sabemos sobre os evangélicos: Eles querem honrar a vida desde o ventre até a morte”, disse Leith Anderson, presidente da Associação Nacional de Evangélicos, num comunicado à imprensa.

“Como disse Billy Graham recentemente numa entrevista da revista Christianity Today, ‘Deus tem uma razão para nos manter aqui (ainda que nem sempre a compreendamos), e precisamos recuperar a compreensão da Bíblia acerca da vida e longevidade como presentes de Deus”.

“O que me surpreendeu sobre a pesquisa foi a grande abundância de comentários adicionais que recebemos sobre como lidar com medidas extremas para prolongar a vida”, disse Anderson.

Anderson explicou que embora aqueles que tivessem respondido à pesquisa não tivessem sido pressionados a comentar sua resposta de “sim” ou “não”, 63 por cento incluíram comentários adicionais, 59 dos quais mencionavam intervenções médicas fora do normal para prolongar a vida. Daqueles que comentaram sobre medidas extremas, 85 por cento disseram que não quereriam medidas extremas usadas para prolongar suas vidas. Os outros comentários sobre extremas intervenções médicas foram neutros.

Um dos entrevistados, Ron Boehme, diretor do programa Renovação da organização Jovens Com Uma Missão, comentou: “Deus é o autor da vida e da morte, e avanços estupendos na medicina podem dificultar essa decisão, mas não alterar seu princípio básico”.

Anderson observou que os comentários dos líderes evangélicos refletem resoluções anteriores da diretoria da ANE, tais como aquela sobre o Suicídio Assistido Médico de 1997, na qual a ANE declarou: “Cremos que há uma profunda diferença moral entre permitir que uma pessoa morra, por um lado, e matar por outro”, e a resolução de 1994 sobre o término de tratamento médico que declarou: “…cremos que o tratamento médico que serve só para prolongar o processo da morte tem pouco valor”.

A Pesquisa dos Líderes Evangélicos é uma pesquisa mensal de opinião da diretoria da Associação Nacional de Evangélicos que representa mais de 45.000 igrejas locais de mais de 40 denominações diferentes.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Categorias
Estudos

Evangélico é o grupo religioso menos satisfeito com a vida

Entre os membros de todas as grandes religiões, as pessoas consideradas “muito religiosas” estão mais satisfeitas com sua vida que a maioria dos “religiosos moderados” ou dos “não religiosos”.

Neste levantamento as principais variáveis demográficas e regionais foram monitoradas.

A pesquisa documenta que os norte-americanos mais religiosos desfrutam de maior bem-estar (satisfação com a vida). Os resultados atuais confirmam que o mesmo padrão persiste dentre todos os grandes grupos religiosos, incluindo também pessoas que não têm identidade religiosa formal.

O grau de religiosidade definido por esta análise baseia-se nas respostas dadas pelos entrevistados a questões sobre a importância da religião em suas vidas e a frequência a reuniões religiosas públicas (sinagoga, templo, igreja etc). Isso dividiu os entrevistados em três grupos: “muito religiosos”, “religiosos moderados ” e “não religiosos”.

Pesquisas anteriores mostraram que a religiosidade está profundamente relacionada à idade, gênero, raça e etnia, região do país em que vive, situação socioeconômica e estado civil. Uma vez que a satisfação também está relacionada com essas variáveis, a análise se mostra mais completa.

Os judeus obtiveram a maior pontuação de um grupo religioso no índice de satisfação, embora mais da metade deles se considerem não religiosos, segundo a pesquisa (quadro acima). Os judeus ficaram em primeiro lugar, com um percentual de quase 70% no “índice de satisfação”, seguidos por ateus/não religiosos/agnósticos, católicos, mórmons, muçulmanos e outras religiões. Protestantes obtiveram o menor índice, com 64,8.

Surpreendentemente, o grupo dos “não religiosos” ficou em segundo lugar na lista. Segundo o Gallup, este grupo, embora pequeno em tamanho, provavelmente inclui pessoas que têm formação religiosa mas atualmente apenas não pertencem a um grupo religioso específico – além dos que se autointitulam ateus e agnóstico

A pesquisa mostrou ainda o “nível de intensidade” das pessoas quanto à religião. Nesse item os resultados não surpreendem tanto em virtude da conhecida dedicação dos mórmons e dos protestantes em fazer prosélitos.

Uma análise dos números publicados mostra que todos os grupos têm um intervalo de 4 a 6 pontos entre os seus mais e os menos religiosos. O Gallup conclui que “as questões religiosas estão ligadas à satisfação, independentemente da religião que alguém siga”. Um analista do instituto de pesquisas disse ainda que fica claro o aumento de satisfação nos que frequentam com mais assiduidade a sinagoga/igreja/mesquita e podem capitalizar os aspectos sociais dessa participação.

A pesquisa foi realizada entre 2 de janeiro de 2009 e 28 de julho de 2010, numa parceria entre o Gallup e o Healthways, empresa focada em questões de saúde. A amostra aleatória foi de 554.066 adultos dos EUA e sua margem de erro é de 0,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Data: 27/1/2011 08:12:01
Fonte: Pavablog