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As três orações de Paulo

“Quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Co 12.10).

por João Paulo Souza

 

As três orações de PauloAs três orações de Paulo
Não sabemos, detalhadamente, o texto das três orações do apóstolo Paulo registradas em 2 Coríntios 12.8. Tampouco sabemos precisamente o que era o “espinho na carne”. Todavia, Paulo afirma o real motivo: uma petição para que Deus tirasse da sua vida o problema que lhe afligia constantemente. Mas podemos dizer que, sem dúvida, essas orações têm muito a nos ensinar.
As três orações de Paulo evidenciam a dependência humana. Apesar do grande poder com que Deus operava através da vida dele (At 19.11-12), nem sempre ele podia contar com a boa vontade do Senhor em retirar de sua vida o que lhe desagrava. Um “espinho” na carne não era nada bom, ainda mais permanecendo encravado, produzindo ininterruptamente desconforto. Esta era a situação do apóstolo. Ele deveria sempre aprender a depender de quem o havia criado: “nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).

Paulo, por meio de suas orações, ensina-nos a perseverar. Paulo poderia ter orado uma vez e desistido. Mas não foi o que aconteceu. Ele perseverou, insistiu, até que Deus lhe deu uma resposta, ainda que não tenha sido a que ele aguardava. Parafraseando, Deus disse-lhe: “Não vou tirar o espinho que está em você!”.

As orações do apóstolo deixam transparecer a verdade de que Deus é maior do que nós. Ele é que está no comando. Deus está no Céu, “assentado sobre um alto e sublime trono” (Is 6.1). Nós não mandamos nEle: “Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fl 2.13). Nós apenas podemos pedir; não ordenar.

Podemos definir as três orações de Paulo como um processo necessário através do qual Deus quis lhe revestir cada vez mais de poder do Alto. O resultado dessas orações foi tremendo! Trouxe esclarecimento teológico para o apóstolo, bem como lhe permitiu sentir “prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo” (2 Co 12.10).

O espinho na carne impulsionava Paulo a fazer orações fervorosas e humildes. Orações estás destituídas do próprio “eu”, mas embebidas de Cristo. Orações poderosas, com a finalidade de compreender o porquê de certas situações desagradáveis. Preces que levaram o apóstolo a compreender que, mesmo fraco, era, na verdade, forte (2 Co 12.10).Com informações do Gospel Prime

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Há falsificações no Novo Testamento?

O doutor Drake Williams analisa as afirmações sobre a falsa autoria das cartas do Novo Testamento e a difusão que têm tido.
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Algumas cartas do novo testamento são questionadas.
Algum dos livros da Bíblia foi escrito por alguém que não é quem pensamos? Foi intencionado? Quais são as consequências se a Bíblia se tergiversa a si mesma?
 veja mais em    Primeira Igreja Virtual
O Dr. Drake Williams, professor de Novo Testamento em Tyndale e professor associado de Novo Testamento no Evangelische Theologische Faculteit de Lovaina, Bélgica, respondeu a estas e a outras perguntas no webinar do FOCL “Falsificação?
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Foram algumas das cartas do Novo Testamento escritas por outra pessoa?”. Williams começou confirmando que o tema do webinar “está em debate entre os eruditos”. Disse que as cartas do Novo Testamento que alguns se questionam são: Efesios, Colosenses, 2 Tesalonicenses, 1 Timoteo, 2 Timoteo, Tito, 1 Pedro, 2 Pedro, Santiago e Judas. “Isto tem envolvimentos relacionados com o processo de canonização da Biblia e a autoridade de quem poderia ter permitido que estes livros com falsa auditoria sejam parte desse canon”, comentou o professor de Tyndale.
QUEM DUVIDA DA AUTORIA DESTAS CARTAS? “Muitos livros universitários afirmam que estas cartas não foram escritas pelos autores que sempre temos pensado”, afirmou. Ao mesmo tempo, “alguns autores populares começam a dizer que as cartas do Novo Testamento não foram escritas por seus autores”. A origem destas opiniões remonta-se a 1792 com o livro “A dissonância dos quatro evangelhos geralmente aceitados”, de Edward Evanson. Mas foi em 1840 quando Baurin F.C., da escola de teología de Tübingren, compartilhou-o com um público mais amplo. RAZÕES PARA A DÚVIDA [Drake Williams.] Drake Williams. Williams disse que há várias razões pelas quais os eruditos têm começado a crer nesta falsa autoria, e mencionou as mais sete comuns: ·
A liderança da igreja que se vê em algumas cartas parece demasiado avançado para um escrito do século I. · As preocupações doutrinais de algumas cartas não existia quando viveu o autor ao que se lhe atribuem: em Tito, Timoteo ou 2 Pedro, por exemplo, fala-se de temas gnósticos, que provêm do século II. · O ensino parece diferente a outras cartas conhecidas: por exemplo, alguns eruditos acham que a doutrina do final dos tempos é diferente em 1 e 2 Tessalonicenses, portanto, os autores provavelmente são diferentes. · O vocabulário é diferente: Williams citou ao autor P.N. Harrison, quem afirmou que “aproximadamente 1/3 das palavras das cartas pastorais não se encontram em nenhuma outra carta de Paulo, mas muitas dessas palavras se podem encontrar em escritos cristãos do século II”. · O estilo não se parece ao de outras cartas do mesmo autor: os eruditos que usam este argumento sustentam que isto se nota especialmente em Efésios, pelo que “poderia ter sido escrita por alguém que tentava imitar a escritura de Paulo.” ·
A qualidade da escritura grega: para alguns experientes é difícil de achar que “um pescador (Pedro), ou um camponês (Santiago) pudessem ter escrito as epístolas num grego tão bom”. · A semelhança ou não com outras cartas: “2 Pedro é muito diferente a 1 Pedro, e ao mesmo tempo, 2 Pedro e Judas parecem-se muito” é um dos argumentos que usam os eruditos para falar da falsa autoria destas cartas. “UM NOME FALSO NÃO É O MESMO QUE UMA FALSIFICAÇÃO” Após explicar as razões esgrimidas por alguns eruditos para duvidar a respeito da autoria de várias cartas do Novo Testamento, Williams valorizou-as. “Devemos ser conscientes do tempo em que vivemos, porque hoje em dia a falsificação e a conspiração suscitam um grande interesse”. Mas “as primeiras dúvidas de falsa autoria não falavam de falsificação”. Williams argumentou que em realidade “um nome falso não é o mesmo que uma falsificação”.
 
UM ESTILO DIFERENTE PARA UM PÚBLICO DIFERENTE Quanto às diferenças em vocabulário e estilo, Williams assinalou que “é importante recordar que os escritores do Novo Testamento utilizavam um escrivão, o que poderia explicar as diferenças de estilo”. “Podemos ler a respeito deles na Biblia em Romanos 16:22 ou 1 Pedro 5:12, entre outros”, acrescentou. Ainda, o orador indicou que “uma congregação que o autor conhece poderia receber informação diferente que outra com a que está menos familiarizado”. “E uma carta a um líder de confiança, como Timoteo ou Tito, teria conteúdos e preocupações diferentes”. [¿Confiamos en el criterio de la iglesia primitiva?] ¿Confiamos en el criterio de la iglesia primitiva? “POR QUE APARECEM TÃO TARDE ESTAS AFIRMAÇÕES?” Williams acha que “devemos questionar por que estas afirmações chegam tão tarde e por que se enganou às pessoas durante tanto tempo”.
Os primeiros cristãos e inclusive os reformadores não questionaram a autoria das cartas, talvez isso quer dizer que “nosso método de raciocínio melhorou substancialmente depois da Ilustração”? O orador concluiu a avaliação argumentando que “é difícil avaliar o motivo do autor”.
A FALSIFICAÇÃO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO
O professor de Leuven explicou durante sua conferência que, para ilustrar tudo, analisou o ponto de vista da pseudo-epigrafía e a falsificação nos tempos do Novo Testamento, tendo em conta fontes judias, greco-romanas e cristãs temporãs. Com respeito às fontes judias, declarou que “as cartas judias não são comparáveis às cartas do Novo Testamento, de modo que não há pseudo-epigrafía de cartas judias comparáveis. Não são uma boa fonte de comparação”. No entanto, “a literatura greco-romana mostra-nos a muitos autores que estavam claramente na contramão da pseudo-epigrafía e a falsificação”. Por tanto, “se os escritores greco-romanos não estavam a favor de utilizar nomes falsos nas cartas, por que arriscar-se-ia um escritor cristão a utilizar um nome falso, o que desacreditaria sua mensagem ante as audiências que tinham uma profundidade greco-romano?”.
CONCLUSÃO
O Dr. Williams terminou sua palestra “sacando conclusões da literatura antiga e unindo com a avaliação prévia”: · A falsificação é um termo relativamente novo, atrativo numa cultura à que gosta destas ideias. · O ponto de partida da falsificação é importantíssima: confiamos na igreja primitiva ou suspeitamos dela? · Muitas escrituras greco-romanas contemporâneas desacreditam a falsificação. · Portanto há trabalho cristão que se tem descrito erroneamente, os primeiros líderes cristãos estavam na contramão desta prática. “Tudo isto me leva à seguinte pergunta: teve falsificações no Novo Testamento? A resposta é não”, concluiu.
Leer más: http://protestantedigital.com.br/sociedade/862/Fueron_algunas_de_las_cartas_del_Nuevo_Testamento_escritas_por_otra_persona
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“Não faz sentido”, diz pastor sobre uso de shofar e outros adereços judaicos em cultos evangélicos

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias-em 12 de fevereiro de 2016

 

“Não faz sentido”, diz pastor sobre uso de shofar e outros adereços judaicos em cultos evangélicos

Em muitas igrejas neopentecostais o uso de instrumentos ritualísticos judaicos tem se tornado uma constante, acrescentando ao culto evangélico itens que alteram a tradição e, em último caso, são erros do ponto de vista teológico.

O reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes publicou um vídeo em seu canal Perguntar Não Ofende abordando o assunto, e apontou que itens como o shofar, a menorá, os incensos, talits, kipás e estolas sacerdotais do judaísmo não pertencem ao culto cristão pois perderam seu significado na cruz.

“Todas essas coisas eram simbólicas e tipológicas, elas apontavam para o Senhor Jesus Cristo”, explicou Lopes, lembrando que as cartas do apóstolo Paulo aos romanos, hebreus, gálatas e tessalonicenses deixam claro que os significados que esses adereços rituais tinham apontavam para o Messias, e todas se cumpriram em Jesus, que rasgou o véu ao entregar sua vida em sacrifício, tornando-os inválidos.

“Portanto, não faz o menor sentido num culto evangélico – que é centrado na pessoa de Cristo – que se toque shofar, que se traga a arca, que alguém se vista de rabino, que se traga candelabro, que se fale do púlpito como sendo o altar, que se fale dessa questão de sacrifício… não tem nada a ver”, ensinou.

Observando o ministério de Jesus Cristo como exemplo, o reverendo destacou que, o Novo Testamento orienta que o culto seja despojado de representações, centrado no Evangelho, na mensagem de perdão dos pecados e Salvação: “As únicas representações autorizadas são a ceia do Senhor e o batismo, e dessa forma, então, o foco sempre é a pessoa de Jesus Cristo e o que Ele fez por nós na cruz do Calvário”, disse.

Assista ao vídeo do reverendo Augustus Nicodemus:httpcv//www.youtube.com/watch?time_continue=6&v=815r65GJFYg