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Mais um púlpito vira palanque: ‘Senhor, dá a vitória a ele’, diz pastor ao lado de Serra em culto

 

PAULO GAMA
DE SÃO PAULO

Em uma maratona de cultos evangélicos durante o feriado prolongado de 7 de Setembro, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, foi abençoado por fiéis, deu testemunhos e teve a "vitória" invocada pelo apóstolo Agenor Duque, líder da Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus.

"Senhor, entrega a vitória na mão dele, senhor. Não esqueça, Serra, quando você estiver lá na prefeitura, de lembrar do povo de Deus", clamou Duque ao lado do tucano na sexta-feira passada. Pouco antes, o candidato tinha recebido uma bênção de cerca de 2.300 fiéis.

Durante o feriado, Serra foi a ao menos três cultos. As visitas, como de praxe, não foram divulgadas em sua agenda pública. De acordo com sua campanha, isso acontece para evitar tumultos.

Getúlio Camargo – 7.set.12

José Serra (ao centro) participa de culto da igreja evangélica Plenitude do Trono de Deus

José Serra (ao centro) participa de culto da igreja evangélica Plenitude do Trono de Deus

A importância dada ao segmento evangélico na candidatura de Serra é tamanha que foi montado um comitê específico responsável pela aproximação com o setor.

Em seu testemunho na sexta-feira, Serra pregou o combate a "todas essas coisas que destroem a família" e falou sobre jogos de azar.

"Tive familiares que se arruinaram no bingo, e, quando fui senador, fui eu quem impediu que os cassinos fossem aprovados no Brasil."

Serra deixou a igreja antes do fim do culto. Depois de sua saída, o pastor Marco Feliciano relatou aos fiéis as "estratégias do diabo" para impedir que um "cristão" governe a nação: "A militância dos gays, a militância do povo que luta pelo aborto, a militância dos que querem descriminalizar as drogas".

Disse ainda que "sonha" com o dia em que o presidente da República inicie a "Voz do Brasil" com a frase: "Eu cumprimento o povo brasileiro com a paz do Senhor".

Antes e depois do culto, os fiéis receberam santinhos da "vereadora da família", Sandra Tadeu, que tinham também o nome de Serra.

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‘Kit Gay tinha aspectos ridículos’, diz José Serra

 

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

O candidato José Serra (PSDB) criticou o chamado “kit gay”, material de combate à homofobia que seria entregue nas escolas, mas foi suspenso pela presidente Dilma Rousseff, e pediu explicações sobre a sua elaboração ao seu criador, Fernando Haddad (PT) em uma entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira.

  • José Serra

    (Foto: Divulgação)

    Serra tem apoio do PV para concorrer à prefeitura

O tucano afirmou que o “kit gay”, que foi criado no Ministério de seu adversário político, tinha aspectos “ridículos”, avaliando que ele era inadequado para ser entregue à crianças nas escolas.

"Não quero nem entrar em detalhes, porque vão dizer que eu estou introduzindo (o tema na campanha), mas (o "kit gay") tinha aspectos ridículos e impróprios para passar para crianças pequenas", afirmou Serra, segundo o Estadão.

Os questionamentos vem agora à tona durante o período crucial que antecede às eleições de 2012, confirmando algumas previsões sobre as consequências do Kit na candidatura de Haddad, como por exemplo a do senador Magno Malta.

"O Haddad se derruba sozinho", afirmou. "Se a oposição colar isso nele, ele já nasceu morto". Ele acrescentou na época que os evangélicos e católicos iriam derrotar Haddad em São Paulo.

Os temas relacionados ao homossexualismo, aborto e outros assuntos pró-família são temas-chaves à uma crescente parcela da população, os evangélicos, que hoje são vistos como eleitores-chave para as eleições 2012.

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"Quem fez foi o Ministério da Educação quando Fernando Haddad era titular, então é natural que cobrem isso na campanha. Ele é quem tem que se explicar, não são os outros candidatos", disse Serra, o candidato do PSDB.

A polêmica do kit-gay

O kit, que estava programado para ser distribuído nas escolas púplicas, foi barrado por determinação da presidente Dilma Rousseff, em maio deste ano, que considerou que o governo não pode fazer propaganda de opção sexual.

“A presidente entendeu que o material não combate a homofobia. Para ela, não foi desenhado de maneira apropriada para promover o combate à violência, à humilhação e à evasão desse público da escola,” anunciou o próprio Haddad na época.

A decisão veio depois de grande pressão dos membros da bancada evangélica e católica, que se encontraram com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho para contestar os materiais do Ministério da Educação, da Cultura e da Saúde.

Os vídeos do material foram vistos pelos deputados evangélicos e depois vazados na internet e e causaram grande comoção por expor a homossexualidade ou, segundo os deputados, por “promovê-la” aos estudantes.

A cartilha anti-homofobia também será alvo de “medidas saneadoras” do Tribunal de Contas da União (TCU) impostas pelo ministro José Jorge, que considera “insatisfatória” a explicação da pasta quanto à destinação do kit.

O ministro aponta que o programa das cartilhas foi avaliado em R$800 mil e questiona o que foi feito das cartilhas e vídeos do kit. "Penso que o prejuízo ou dano ao erário está configurado ao menos em relação aos gastos públicos realizados na criação/confecção do referido material, estimado em aproximadamente R$ 800 mil", afirma.

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José Serra afirma que estado não deve legislar sobre união gay

POLÍTICA

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O ex-governador de São Paulo e pré-candidato pelo PSDB à presidência da República, José Serra, afirmou, neste fim de semana, que o Estado não deve legislar sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo em cerimônias religiosas.
A afirmação foi feita em Santa Catarina durante um encontro da igreja Assembleia de Deus em Camboriu, no Litoral Norte.
“Essa é uma questão de cada igreja. Cada uma tem liberdade e autonomia para decidir a esse respeito. Seria uma intrusão dizer que tal igreja tem que fazer isso ou aquilo”, afirmou, sem opinar sobre a união homossexual sem o envolvimento de ritos religiosos.
Durante o discurso, o ex-governador de São Paulo citou passagens bíblicas e falou em saúde e qualidade de vida. Ele lembrou a importância da vacinação contra a gripe A (H1N1) e os malefícios trazidos pelo cigarro. Ao final, pediu que os evangélicos orassem por ele seguir “na luta pelo progresso do país”.
José Serra destacou ainda o papel da comunidade evangélica na política, mas preferiu não polemizar sobre uma possível adesão em massa à sua futura candidatura. “Não acho que deveriam ou não [aderir]. Eu gostaria, mas dever eles têm diante de sua consciência e diante de Deus. Não creio que possamos avaliar o peso dos evangélicos do ponto de vista eleitoral. Claro que é muito grande, mas eles têm um papel muito importante no nosso país, que vai além das eleições”, afirmou.
No evento, Serra esteve acompanhado do governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), e outras lideranças tucanas. Também compareceram ao 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, no sábado à noite, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que renunciou para concorrer ao Senado, e a senadora Ideli Salvatti, pré-candidata pelo PT ao governo catarinense.
Em entrevista à imprensa local, foi perguntado a Serra se ele temia que a investigação da Polícia Federal e o processo que corre na Justiça contra o governador Pavan atrapalhassem seus planos em Santa Catarina. Serra respondeu que não conseguiria avaliar o impacto, alegando desconhecer a investigação.
Pavan, pré-candidato à reeleição, é a principal liderança tucana no Estado. O governador foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção passiva, quebra de sigilo funcional e advocacia administrativa, depois de supostamente intermediar a tentativa de liberação de registro a uma empresa do ramo de combustíveis, que teve sua inscrição estadual cassada. O processo ainda está em andamento.

Data: 04/5/2010
Fonte: uol/Creio