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Divorcio e o novo casamento, um novo estudo!

 

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O divórcio e o novo casamento são temas que geram muita discussão.
O meu propósito é convidar o leitor a reconsiderar a atitude da igreja em relação ao
novo casamento. “A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por
meio de Jesus Cristo” (João 1.17).
Será que os que estão sofrendo tragédias matrimoniais também receberam a graça,
como descreve a Lei no Novo Testamento? É claro que afirmamos que a graça e a
verdade vieram por Cristo Jesus. Então, como predomina a graça naqueles que sofreram
a tragédia de um fracasso no matrimônio e um subsequente divórcio? Cristo não ensinou
apenas com palavras, mas também com sua vida. Ele deu novas ideais a seus
seguidores, rejeitando o antigo ditado: “olho por olho, dente por dente” e enfatizando o
amor, não entre eles mesmos, mas em relação aos outros. Ele tirou a mulher da condição
em que se encontrava para ser reconhecida como pessoa. Ensinou também o respeito
para com a antiga lei judaica.
Quando estudamos o que Jesus disse acerca do divórcio, devemos também estudar
a vida dos que tiveram seu casamento destruído, bem como o que ensinou sobre a lei
judaica, especialmente a lei do divórcio. O que encontramos em suas palavras? Se uma
pessoa divorciada e se casa novamente, o que Jesus nos diz? “Quem repudiar sua
mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e
casar com outro, comete adultério”? (Mc 10.11-12).
Nós podemos imitar a natureza compassiva e misericordiosa de Cristo, que enviou a
mulher samaritana até a cidade para ser sua testemunha. Suas palavras, no entanto,
negam suas ações? Por acaso as pessoas divorciadas que casam com outra estão
vivendo em adultério? Estão proibidas de servir a Cristo? Devemos igualmente ouvir as
palavras do apóstolo Paulo: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
esposo de uma só mulher” (1 Tm 3.2). Será que ele está falando de uma pessoa que se
divorciou ou casou novamente? Sobre este aspecto, Lucas faz somente um comentário
muito conciso: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei. Quem
repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério: e aquele que casa com a mulher
repudiada pelo marido também comete adultério” (Lc 16.17-18).
Jesus deixou claro que o Antigo Testamento tinha algo significativo a dizer. Existe
uma lei! Quando foi perguntado pelos fariseus, no Evangelho segundo Marcos, se “é lícito
ao marido repudiar sua mulher”, Jesus respondeu com uma pergunta: “Que vos ordenou
Moisés?” Tornaram eles: “Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar” (Mc 10.2-4).
Há uma lei! A lei se encontra em Deuteronômio 24.1-4, escrita bem antes de Jesus vir ao
mundo. O historiador Flávio Josefo, que viveu um pouco depois da época de Jesus,
referiu-se a ela como a “Lei Dos Judeus”: “Aquele que deseja divorciar-se de sua esposa,
por qualquer motivo (muito comum nos homens), deve registrar por escrito que nunca
voltará a casar com aquela mulher. Portanto, ela terá a liberdade de casar com outro
homem. Entretanto, enquanto essa carta de divórcio não lhe for dada, não poderá fazêlo”.
Esta é a lei de que fala Deuteronômio: “Se um homem tomar uma mulher e se casar
com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente
nela, e se lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se
ela, saindo de sua casa, for e se casar com outro homem…” (Dt 24.1-2).
Essa lei ainda estava vigente na época de Jesus. Portanto, temos de tratar dos
“títulos” da lei. A Bíblia fala apenas de um divórcio. Deus diz que ele o providenciou. Em
Jeremias três, Deus recordou a Judá que estavam procurando problemas. Israel fora
levado ao cativeiro. Deus disse a Jeremias que prevenisse a Judá de que a nação tinha
sido testemunha da infidelidade de sua irmã Israel, e que Deus a havia mandado embora
e lhe dado carta de divórcio; mesmo assim, Judá não se arrependeu (Jr 3.6-8). Havia
outras coisas que os homens podiam fazer com suas esposas.
Muitos se casavam com mais de uma mulher, sem sequer se incomodar e sem
pensar em divórcio. Alguns destes foram servos de Deus: Salomão, Davi, Abraão e Jacó,
por exemplo. Heróis das revelações de Deus, mas também produto da sua cultura. Se
não se divorciava, o que fazia um homem daquela época com a primeira esposa quando
tomava outra? Punha-a de lado. Há uma palavra para isto no Antigo Testamento, a
palavra hebraica shalach. Esta palavra é diferente da palavra traduzida para divórcio, que
é keriythuwth (como em Jeremias 3.8), que literalmente significa excisão ou corte do
vínculo matrimonial. O divórcio legal era escrito como pedia Deuteronômio 24, e o novo
matrimônio era permitido. Shalach normalmente é traduzido por “repudiar”.
As mulheres eram “repudiadas” quando seu marido se casava com outra, para
estarem disponíveis quando este necessitava dela ou a queriam novamente, repudiadas
para serem sempre propriedade, como escravas, ou ficando em isolamento total. Eram
dias cruéis para as mulheres. Elas eram “repudiadas” para favorecer outras, mas não lhes
era dada carta de “divórcio” e, conseqüentemente, tampouco o direito de se casarem
novamente. Essa palavra descreve uma tradição cruel e comum, mas contrária à lei
judaica.
Algumas das injustiças e do terror experimentados pelas mulheres daquele tempo
que eram “repudiadas” podem ser vistas na descrição que o Langenscheidt Pocket
Hebrew Dictionary (McGraw-Hill, 1969) faz da palavra shalach: “A fé cristã lançou raízes
e floresceu em uma atmosfera quase totalmente pagã, onde a crueldade e a imoralidade
sexual eram normais e onde a escravatura e a inferioridade da mulher eram quase
universais. A superstição e as religiões rivais, com todo tipo de ensinos errados, existiam
em todo o mundo”.
Deus odeia o “repúdio”.
O profeta Malaquias, com seu coração compadecido, implorou ao povo de Deus que
parassem com isso. A palavra traduzida por “repúdio” em Malaquias 2.16 não é a palavra
hebraica para divórcio, mas é shalach, repúdio. Veja como Malaquias responde aos
líderes que perguntavam como tinham cometido abominação em Israel e profanado a
santidade do Senhor: “Perguntais: por quê? Porque o Senhor foi testemunha da aliança
entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua
companheira e a mulher da tua aliança. Não fez o Senhor um, mesmo que havendo nele
um pouco de espírito? E por que somente um? Ele buscava a descendência que
prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da
sua mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também
aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai
de vós mesmos e não sejais infiéis” (Ml 2.14-16).
Depois veio Jesus, e suas palavras não negaram suas ações! Ele se referiu a isso
quando disse: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele
que casa com a mulher repudiada pelo marido, também comete adultério” (Lucas 16:18).
Todo aquele que faz isso comete adultério! Essa prática era cruel e adúltera, porém não
se tratava de um divórcio. A palavra do Novo Testamento traduzida por “repúdio” vem do
verbo grego apoluo. Esta é a palavra que os autores do Novo Testamento usaram como
equivalente a shalach (“deixar” ou “repudiar”).
Existe uma palavra hebraica para divórcio no Antigo Testamento, keriythuwth,
equivalente a uma palavra grega no Novo Testamento, apostasion. O Arndt/Gingrich
Lexicon Del Nuevo Testamento indica apostasion como o termo técnico para uma carta
ou escritura de divórcio, remontando até 258 a.C. Apoluo, a palavra grega que significa
deixar de lado ou repudiar, não significava tecnicamente um divórcio, apesar de às vezes
ser usada como sinônimo. Tratava-se de um termo de domínio total masculino: O homem
com freqüência tomava outras esposas e não dava carta de divórcio quando abandonava
as anteriores. A lei judaica que exigia que se concedesse carta de divórcio (Dt 24.1-4) era
amplamente ignorada.
Se um homem se casasse com outra mulher, quem se importava? Se um homem
repudiasse (apoluo) sua esposa, sem incomodar-se de lhe dar carta de divórcio, quem se
oporia? A mulher? Jesus se opôs. Disse ele: “É mais fácil passar o céu e a terra do que
cair um til sequer da lei” (Lc 16.17). E: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra
comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete
adultério” (Lc 16.18).
A diferença entre “repudiar” e “divorciar” (no grego apoluo e apostasion) é crítica.
a. Apoluo indicava que a mulher era escrava, repudiada, sem direitos, sem
recursos, roubada em seus direitos básicos ao casamento monogâmico.
b. Apostasion significava que o casamento terminava, sendo permitido um
casamento legal subseqüente.
O papel fazia a diferença. A mulher que tinha saído de casa podia casar-se com
outro homem (Dt. 24.2). Essa era e lei. Como foi que começamos a ler “todo aquele que
se divorcia da sua mulher” na passagem em que Jesus disse literalmente “todo aquele
que repudia ou abandona a sua mulher?” Existem outras passagens, além de Lucas
16.17-18 em que Jesus falou desse assunto. Essas incluem Mateus 19.9, Marcos 10.10-
12 (onde Marcos diz que Jesus determinou a validade da lei do homem igualmente para a
mulher) e Mateus 5.32.
Nessas passagens Jesus usou onze vezes alguma forma da palavra apoluo. Em
todas as ocasiões Ele proibiu o apoluo, o repúdio. Ele nunca proibiu apostasion, a carta
de divórcio, requerido pela lei judaica. Devemos traduzir a palavra grega apoluo por
“divórcio”?
Kenneth W. Wues, em sua tradução expandida do Novo Testamento, sempre vertia
“repudiar” ou “deixar”, nunca “divorciar”. A tradução Revista e Corrigida de Almeida, a
mais antiga em português, sempre usou “deixar” ou “repudiar”, da mesma forma a Revista
e Atualizada.
Na versão mais antiga em inglês, produzida em 1611 por encomenda do rei Tiago
(King James) temos um problema: Em uma das onze vezes em que Jesus usou o termo,
os tradutores escreveram “divorciada” em lugar de “repudiada” ou “abandonada”. Em
Mateus 5.32 eles escreveram: “E aquele que casar com a divorciada comete adultério”. A
palavra grega não é apostasion (divórcio), mas é uma forma de apoluo, a situação que
não inclui carta de divórcio para a mulher. Ela, tecnicamente ainda estaria casada.
Mateus 19.3-10 relata que os fariseus perguntaram a Jesus sobre esse assunto.
Depois que ele afirmou: “De modo que já não são mais dois, porém uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (v 6), eles indagaram: “Por que
mandou então Moisés dar carta de divórcio (escrita apostasion) e repudiar a mulher}?” (v
7). Jesus respondeu: “Por causa da dureza do vosso coração” (v 8).
O primeiro direito básico humano que Deus nos concedeu foi o de nos casarmos.
Nenhuma outra companhia era adequada. Nos dias de Jesus os direitos humanos
estavam concentrados apenas nos homens. Jesus mudou isso. Ele exigiu obediência à
lei: Demandou direitos iguais para a mulher no matrimônio.
A graça é abundante em Cristo Jesus! Jesus disse àqueles homens que repudiar a
esposa e casar-se com outra era adultério. Adultério! A lei (Dt 22.22) prescreve a pena de
morte como castigo para o adultério, tanto para o homem como para a mulher. Isso foi
difícil de engolir para os homens que faziam com sua mulher o que lhes comprazia.
Mateus 19.10 registra a seguinte reação: “Se essa é a condição do homem relativa à sua
mulher, não convém casar!” Eles não viviam em uma cultura que esperava que o homem
vivesse apenas com uma mulher por toda a vida, muito menos que desses direitos iguais
à mulher se o casamento acabasse.
Como foi que começamos a ler “aquele que divorciar sua mulher” nas passagens em
que Jesus, na verdade disse “aquele que repudiar ou abandonar sua mulher?” Parece
que o processo começou ali onde apoluo foi traduzido erroneamente como “divórcio”
pela primeira vez, em 1611.
A versão Standard Americana corrigiu o erro em 1901, mas nunca chegou a ser
suficientemente popular para fazer muita diferença. Wuest teve o cuidado de evitar os
erros mencionados, como vimos acima. Porém quase tudo o que foi impresso sofreu a
influência da versão King James, e até os léxicos gregos americanos e os tradutores mais
modernos parece que se deixaram influenciar por essa ocorrência, traduzindo apoluo por
“divórcio”, mesmo quando o significado da palavra não inclui o divórcio por escrito
(apostasion). Assim, a tradição nos ensinou a ter em mente “divórcio”, mesmo quando
lemos “repúdio”.
Seria o divórcio por escrito a solução para a prática cruel do repúdio, como indica
Deuteronômio? O capitulo 24 é uma evidência de que, assim como Deus ouviu as queixas
no Egito e proveu libertação da sua escravatura, também ouviu as súplicas das mulheres
escravizadas e as libertou do abuso, por meio de uma necessidade trágica, o divórcio.
Trágica porque termina com algo que nunca deve terminar: o matrimônio; necessária para
proteger as vítimas daqueles que não obedecem as regras do nosso Criador, o TodoPoderoso. Necessária, originalmente porque o homem repudiou a mulher, enredando-as
em matrimônios ilegais, múltiplos e adúlteros. O divórcio é uma tragédia.
O divórcio é um privilégio, previsto como um corretivo para situações intoleráveis. É
um privilégio que pode ser, e com freqüência é abusado. O divórcio não é um quadro
bonito, na maioria dos casos. Solidão, rejeição, um profundo senso de ter falhado, perda
de auto-estima, crítica dos familiares, problemas com a educação dos filhos e muitos
outros problemas assaltam os divorciados.
O divórcio pode ser mais traumático que a morte de um cônjuge. A morte do cônjuge
é difícil de ser superada, mas um cônjuge falecido não retorna mais. O divorciado
normalmente retorna, e assim prolonga a situação.
O divórcio é, porém, como no tempo de Jesus, uma solução parcial para uma
situação séria e cruel, e pode ser a única solução razoável. Pode ser necessária, mas
sempre é uma tragédia. É fácil pregar contra o divórcio, mas é difícil para a igreja ser
construtiva, provendo preparo para o casamento. Temos de estar prontos para prevenir
alguns divórcios, ajustando nossas leis de divórcio ou proibições religiosas contra o
divórcio, mas essas ações não prevêem o rompimento de matrimônios. Quando os casais
permanecem juntos somente por preocupação com a notoriedade requerida pelas leis de
divórcio, ou pela “segurança dos filhos”, o resultado pode ser uma tragédia.
Desastrosos triângulos amorosos, crueldade doméstica, abuso de crianças,
homicídio e suicídio são algumas das conseqüências documentadas de casamentos que
falharam, mas não terminaram. Que opção mais terrível! Um lugar em ruínas é uma
tragédia, mas nunca esquecerei de um jovem que pôs uma pistola na boca, acabando,
assim, com seu casamento como alternativa ao divórcio. Sua igreja tinha proibido o
divórcio. Nossa taxa elevada de divórcios não é um problema real. O fracasso nos
casamentos vem primeiro, depois o divórcio. A taxa de divórcios é indício da nossa alta
taxa de casamentos ruins. Para corrigir isso temos de fazer mais do que pregar contra o
divórcio: temos de revigorar os casamentos. Esse é o nosso desafio!
Uma pessoa divorciada pode ser ordenada diácono ou pastor? O apóstolo Paulo, um
homem instruído, conhecia a palavra grega para divórcio (apostasion) e conhecia sua
cultura. Também sabia que Cristo aceita qualquer pessoa, até ele, o “maior dos
pecadores” (1 Tm 1.15). É inquestionável que, naquela época os homens tinham muitas
esposas, escravas e concubinas. Cada uma dessas relações, abarcadas pelo termo
poligamia, constituía adultério. Paulo rejeitou a escolha de homens nessa condição como
líderes da igreja. A instrução de dar carta de divórcio em Deuteronômio 24 limitou o
homem a uma só mulher, e ainda proibiu a poligamia e o adultério inerente a ela. Parece
que Paulo concordava plenamente com isso quando diz: “É necessário, portanto, que o
Bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto,
hospitaleiro, apto para ensinar…” (1 Tm 3.2). Ele rejeita a poligamia, não o divórcio.
Apesar de sérios abusos, a lei do divórcio (Dt. 24) ainda tem validade.
O divórcio é uma solução radical para problemas maritais insuperáveis. Ele
termina com toda a esperança de que o matrimônio deve ser conservado, e declara
publicamente que ele falhou. É preciso estar contrito nesse momento da verdade. O
pecado relativo a essa falha tem de ser confessado. “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”
(1Jo 1.9).
Isso também inclui o perdão de fracassos no casamento.
Ao contrário do repúdio, a carta de divórcio, exigida pela lei, provê um grau de
dignidade humana para mulheres sujeitas ao abuso cruel da poligamia adúltera e aos
caprichos de homens de coração endurecido. Não há nada tão atordoante como “quero
divorciar-me de você”, não é verdade? O divórcio declara o término legal do matrimônio,
portanto, se houver qualquer acusação de adultério ou bigamia, qualquer das partes pode
voltar a casar-se novamente.
O divórcio rompeu todos os laços maritais e todo controle da esposa anterior. O
divórcio exigia monogamia estrita, prevenia o término unilateral e preservava o direito
básico de casar-se. O mesmo ocorre hoje: Abandono, negligência, deserção, o que se
queira dizer do coração duro que deixa a esposa por outra mulher sem divorciar-se foi e
está proibido pelo mesmo Senhor Jesus Cristo (Mt 5.32; 19.9; Mc 10.11-12; Lc 16.18).
Durante séculos, muitas comunidades cristãs têm interpretado esses ensinos de
Jesus da seguinte maneira:
1. O divórcio é absolutamente proibido, ou melhor, é permitido somente no caso em
que se admite ou comprova o adultério.
2. Uma pessoa divorciada não tem permissão para casar novamente;
3. Uma pessoa divorciada que casa novamente vive em adultério;
4. Alguém que se divorcia não pode ser ordenado diácono ou pastor.
Todas as pessoas que mantêm essas convicções estão erradas.
As três primeiras são contrárias à lei de Moisés e estão baseadas em um versículo
em que Jesus nem sequer usou a palavra grega para divórcio (apostasion); a quarta está
baseada em um versículo em que Paulo também não a usou. A palavra que Jesus usou
foi “apoluo” = repudiar.
O problema do qual Jesus estava tratando é o repúdio, não o divórcio. Uma
pessoa divorciada deve ter muita graça e determinação para servir em uma igreja que
adota as quatro posições mencionadas acima. Como isso é possível, quando a igreja é o
corpo de Cristo na terra, que deve funcionar e servir como ele o fez em pessoa? Cristo,
que aquela vez levantou sua voz em Jerusalém, precisa olhar do céu para baixo e
levantar a voz para nós. Ele veio e chamou Simão o zelote, um radical anti-romano, e
Mateus, um rejeitado servo de Roma, uma dupla tão incompatível como dificilmente se
pode encontrar em nosso mundo de hoje; mas ele os pôs para trabalharem juntos em seu
Reino.
Depois eles foram para a Samaria. Ele se revelou diante de uma mulher cujos
antecedentes de fracassos matrimoniais eram vergonhosos, e enviou-a para compartilhar
a revelação de Deus em Cristo, como se ela fosse como qualquer outra pessoa. Ele tem
de levantar sua voz quando vê que desperdiçamos nosso tempo tentando calcular a quem
podemos proibir de servir em sua igreja. Jesus ministrou abertamente a todos os que se
achegaram a ele. Hoje, muitos dos nossos amigos divorciados têm medo das nossas
igrejas. Eles sabem que alguma coisa não combina com a Bíblia, em nosso ensino sobre
divórcio. Podemos estar corretos, estando tão opostos a Cristo?
Nossas interpretações tradicionais nos separam das pessoas que receberam a
Cristo? Se for assim, estamos equivocados. Ele veio para salvar os pecadores. As únicas
pessoas que ele sempre rejeitou foram os que queriam justificar a si mesmos, os
religiosos “justos”. Será que nossa compreensão das suas palavras é correta,
simplesmente porque não está de acordo com a sua vida? Pessoas divorciadas são
gente! Por séculos, elas têm sido excluídas da comunhão e do serviço, da alegria e da
igualdade, e até da salvação; pessoas pelas quais Cristo morreu.
Seja o divórcio pecado ou não, essa exclusão com certeza o é!
O Senhor nos deu a sua graça para sermos canais da graça de Cristo Jesus para os
divorciados.
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* ACRÉSCIMOS:
Divorcio é uma autorização, liberando a outra parte, para um novo casamento,
visando a proteção principalmente da mulher. O primeiro documento a existir na história
não foi o de CASAMENTO, mas primeiro o de DIVÓRCIO. Documento de casamento é
coisa dos tempos mais recentes.
Veja bem o que acontecia: o marido podia abandonar a mulher, caso achasse
alguma cousa “indecente” (Dt 24:1) nela que lhe fosse desagradável.
Assim sendo, abandonava-se a mulher por qualquer razão fútil que fosse. A situação
dela tornava-se deprimente.
Se outro homem a possuísse era considerado um ato de adultério, pois ela ainda
estava casada com o primeiro uma vez que não tinha um documento dando plena
liberdade para ser de outro.
ILUSTRAÇÃO:
Imagine um homem chamado “Fulano” que deseja casar-se com a “Fulana”. Fulano
fala com seu pai, o qual por sua vez, junto com o seu filho Fulano, entrava em contato
com o pai da Fulana. Combinava-se o valor do penhor (Gênesis 34:12) e marcava-se a
festa de casamento. A festa, geralmente, durava uma semana (Juízes 14:10…); outras
muito mais.
Após a festa o noivo levava a noiva para sua casa (Mt 25.1-12). PORTANTO O
CASAMENTO ERA OFICALIZADO ATRAVÉS DO CONSENSO DOS PAIS, DOIS
NUBENTES E DE TODOS FAMILIARES E AMIGOS PRESENTES NA FESTA. A festa era
um marco para todos da sociedade que agora se tornaram cientes de que houve uma
aliança entre as famílias. Desta feita houve um consenso social. Assim, na união sexual,
ambos se tornam uma só carne diante de Deus, e com Sua aprovação.
1) Imaginemos a seguinte situação: com menos de um ano de casado, Fulano
briga e se aborrece para com Fulana e não quer viver mais com ela. Então ele a
abandona. Expulsa-a de sua casa. Não lhe dá mais sustento, proteção, roupa, sexo,
etc. Qual destino dela agora? Sem marido, sem casa, sem filho, sem a pureza de
moça virgem, sem proteção alguma. Ela tinha as seguintes opção:
a. Voltar para casa do pai, mas o pai provavelmente não a receberia, pois
agora ela tinha, assim todos pensavam, envergonhado a família do pai.
b. Tornar-se prostituta para tentar sobreviver à fome.
c. Tornar-se mendigo na beira da estrada, o que muito provavelmente
sofreria violência sexual.
Mas carta de divórcio lhe salva destas situações e concederia uma opção bem
diferente e melhor. A Fulana vira e diz para Fulano: “Se você não que mais viver
comigo, me dê carta de divórcio”. Assim, ela agora, de posse da carta de divórcio,
Fulana pode ir até a um antigo amigo, admirador, que provavelmente poderia um dia ter
gostado dela, e este está disposto a tomar por mulher. Ou seja: Fulana está livre para
encontrar alguém que a ame de verdade. Assim estaria a mulher protegida de cair em
qualquer uma das situações a, b,c,… podendo assim constituir uma lar e uma geração de
filhos.
ESTE É O PROPÓSITO DO DIVÓRCIO; NÃO QUE FOSSE ESTE O PLANO DE
DEUS PARA O HOMEM, MAS POR CAUSA DA DUREZA …
2) Imaginemos outra situação: Fulano está casado com Fulana. Agora,
passados alguns anos; um dia, o Fulano coloque seus olhos em uma outra mulher
chamada “Beltrana”, que é virgem e formosa, e assim, ele passe a achar “muita
graça” nela. Beltrana é filha de pai pobre. “Ter uma filha mulher era como se ter
dinheiro em caixa”. Fulano agora não olha com mesma “graça” para a
Fulna – sua esposa. Então resolve tomar aquela linda jovem, também por mulher. Ele
simplesmente acusa Fulna, dizendo “ter achado coisa indecente nela” e assim a põe
na rua. Mas o Fulano agora não quer fazer isso; Porque Já há um tempo de “amor”
vivido juntos e agora existem os filhos. Então o Fulano, não deixa ela sair livre, mas
coloca a Fulana em um casebre num canto de sua propriedade e leva a Beltrana
para morar com ele na sede da fazenda. Então Fulana lhe pede carta de divórcio.
Mas ele não dá. Não quer vê-la com outro. Não quer perder o domínio sobre ela. Não
quer ver os filhos tristes com a ausência da mãe. Agora a Fulana ficou abandona e
presa. Foi expulsa de sua casa. Não tem mais aquele sustento devido, não tem a
proteção necessária, nem roupa que gostaria e acima de tudo, está privada do prazer
sexual. Ela agora está presa em uma situação deprimente. ISTO SE CHAMA
REPÚDIO. DEUS DETESTA O REPÚDIO.
* Pr Paulinho
0000000000000000999999999999999999900000000000000000000000000000000
Interpretando Deut 24:1
Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos
seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de
divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa;
Copiado do livro: CASAMENTO: UNIÃO DIVINA [autores diversos]
A linguagem do Deuteronômio 24:1-4 era suficientemente obscura para que os
homens de Israel utilizassem-no como justificativa para se divorciarem de suas esposas
por quaisquer motivos. Quando entendemos por que, entenderemos melhor Mateus 5:32,
um versículo que algumas pessoas usam para justificar o divórcio por fornicação.
As palavras-chave do Deuteronômio 24:1 são “coisas inconvenientes”. Por “coisas
inconvenientes” encontradas o marido tem a causa Bíblica para o divórcio. Qual foi o
pecado?
COISA: A palavra hebraica “debar” que é traduzida como “coisas” na frase “coisas
inconvenientes”, normalmente significa “palavra” ou “substância”. Com
aproximadamente 2400 usos na Bíblia, “debar” é traduzida no mínimo 1000 vezes como
“falar” ou “conversar” ou algum similar. Em outros versículos é traduzida como “palavra”
(no mínimo 770 vezes). Portanto, “palavra” ou “conversar” são os significados principais
da palavra “debar”.
Menos freqüente, mas com freqüência considerável, “debar” é traduzida como “ato”
(52 vezes), “substância” (63 vezes), e “coisa” (215 vezes). Portanto, podemos
seguramente afirmar que no Deuteronômio 24:1, “debar” pode ser traduzida como “ato”,
“substância”, “coisa” ou “palavra”.
INCONVENIENTES: A palavra hebraica traduzida como “inconvenientes” nesta
mesma frase é “ervah”, encontrada 54 vezes na Bíblia. Em mais de 50 casos ela é
traduzida como “nudez”. Quando examinamos os lugares onde ela é traduzida como
“nudez”, observamos que normalmente está relacionada a total impureza sexual. Por
exemplo, em Levítico 18 e Levítico 20, onde Deus cria leis proibindo incesto, Deus
emprega a palavra “nudez” (“ervah”) no mínimo 30 vezes. Portanto, a palavra “ervah”
possui o significado de “fornicação”. Em Levítico 18:8 Deus alerta, “Não tenha relações
com a concubina de seu pai, pois ela pertence ao seu pai”. Um comentário sobre este
aviso é encontrado em I Coríntios 5:1: “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação,
e fornicação tal, qual nem ainda entre os gentios, como é haver quem abuse da mulher de
seu pai.”
No versículo, Deus usa a palavra “fornicação” com em conexão com impureza
sexual entre um homem e a esposa de seu pai. Em Levítico 18:8, Deus fala deste tipo de
impureza sexual como “descobrir a nudez”. Portanto, podemos ver que “nudez” ou
“impureza” são sinônimos de “fornicação”.
Juntando estas informações, observamos que no Deuteronômio 24:1 Deus está
ensinando que se um homem encontra uma “palavra” ou “substância” de fornicação em
sua esposa, ele pode se divorciar dela. Certos atos de fornicação eram puníveis com a
morte, mas se o ato ou palavra em particular não exigissem a morte da esposa
fornicadora, o marido tinha o direito de se divorciar dela.

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Papa Bento XVI lança bomba póstuma na Igreja Católica

CULTURA
Papa Bento XVI lança bomba póstuma na Igreja Católica
(Foto AP/Gregorio Borgia, arquivos)
Quando o Papa Bento XVI morreu em 31 de dezembro aos 95 anos, descobriu-se que ele tinha um livro completo pronto para publicação após sua morte. Escrito em italiano, esse livro, Che cos’è il Cristianesimo: Quasi un testamento spirituale ( O que é o cristianismo: quase um testamento espiritual ), está cheio de revelações explosivas e críticas incisivas de seu sucessor, o Papa Francisco. O Papa Bento XVI poderia começar uma contra-revolução dentro da Igreja Católica Romana desde o túmulo? Coisas mais estranhas aconteceram, embora qualquer um de nós demore um bom tempo para pensar em uma.

O Papa Bento XVI explica que não queria que o livro fosse publicado enquanto ainda estava vivo por causa da reação furiosa que seus escritos inspiraram: “De minha parte, na vida, não quero mais publicar nada. A fúria dos círculos contra mim na Alemanha é tão forte que o aparecimento de cada palavra minha imediatamente causa uma gritaria assassina deles. Quero poupar a mim mesmo e à cristandade disso.”

É fácil ver por que este livro inspiraria “gritos assassinos” de alguns cantos da Igreja Católica Romana. Benedict escreve que a Igreja está perto do “colapso” e pinta um quadro dos seminários nos Estados Unidos como centros de homossexualidade promíscua e perversão. “Em vários seminários – explicou o Papa – formaram-se ‘clubes’ homossexuais que agiram mais ou menos abertamente e que transformaram claramente o ambiente nos seminários. Em um seminário no sul da Alemanha, conviviam candidatos ao sacerdócio e candidatos ao ofício leigo de referente pastoral”.

A corrupção estava mais ou menos aberta. “Durante as refeições comuns”, observou Bento XVI, “os seminaristas estavam juntos com representantes pastorais casados, em parte acompanhados por suas esposas e filhos e, em alguns casos, por suas namoradas. O clima do seminário não ajudou na formação sacerdotal”. Ele disse que um “bispo que já havia sido reitor havia permitido que os seminaristas assistissem a filmes pornográficos, presumivelmente com a intenção de capacitá-los a resistir contra comportamentos contrários à fé”.

Essas alegações são muito plausíveis. No domingo, o Times de Londres informou que “a Igreja Católica Romana está investigando alegações de uma ‘festa de sexo’ em uma catedral como parte de uma investigação sobre o mandato de um ex-bispo. Em um movimento altamente incomum, o Vaticano ordenou um inquérito sobre as circunstâncias que cercam a renúncia de Robert Byrne como bispo de Hexham e Newcastle em dezembro”. Parece que “uma série de reclamações foram feitas por indivíduos dentro da diocese depois que surgiram informações sobre uma festa sexual ocorrendo nos aposentos dos padres anexos à catedral de Newcastle”. Como resultado de tudo isso, “a catedral tornou-se motivo de chacota”.

Em meio ao fluxo constante de notícias sobre má conduta sexual por parte dos padres, esse tipo de história infelizmente não surpreende e surge, segundo o Papa Bento XVI, em meio ao esforço de alguns líderes católicos para refazer a própria fé: “Havia bispos individuais, e não apenas nos Estados Unidos, que rejeitaram a tradição católica como um todo, visando em suas dioceses desenvolver uma espécie de catolicidade nova e moderna”. O papa Bento, que respeitava a tradição católica, era o inimigo nesses círculos: “Talvez valha a pena mencionar o fato de que, em não poucos seminários, os alunos pegos lendo meus livros eram considerados inaptos para o sacerdócio. Meus livros foram escondidos como literatura prejudicial e lidos apenas em segredo, por assim dizer.”

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O Papa Bento XVI criticou o Papa Francisco por nada fazer para impedir a corrupção desenfreada: “No contexto da reunião dos presidentes das conferências episcopais de todo o trabalho com o Papa Francisco, está no coração acima de tudo a questão da vida sacerdotal e também que de seminários. No que diz respeito ao problema da preparação para o ministério sacerdotal nos seminários, notamos de fato um grande colapso da forma atual dessa preparação”.

O Papa Bento XVI também alertou que, em meio à desordem da Igreja, o mundo estava se tornando cada vez mais anticristão. Ele observou que os “grandes poderes de tolerância não concedem ao cristianismo a tolerância que propagam, acrescentando que sua “manipulação radical do homem” e “distorção dos sexos por meio da ideologia de gênero” eram inerentemente anticristãs e consideravam a Igreja como um obstáculo: “A intolerância desta aparente modernidade em relação à fé cristã ainda não se transformou em perseguição aberta, mas se manifesta de forma cada vez mais autoritária com o objetivo de conseguir, por meio de legislação apropriada, a erradicação do que é essencialmente cristão”. Quem duvida disso é só consultar as manchetes do dia.

Contra isso, a Igreja Católica Romana e todas as igrejas precisam recuperar sua fé e senso de si mesmas e lutar pela verdade. Em vez disso, eles são consumidos pelo mesmo vírus “progressivo” que infecta todo o resto.

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Cardeal católico abre ‘Casa da Família Abraâmica’ com muçulmanos rezando orações denunciando judeus e cristãos

CULTURA
Cardeal católico abre 'Casa da Família Abraâmica' com muçulmanos rezando orações denunciando judeus e cristãos
(L’Osservatore Romano/Pool Photo via AP)
O cardeal Michael Fitzgerald, núncio apostólico emérito da Igreja Católica Romana no Egito e delegado apostólico emérito na Liga Árabe, bem como ex-presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Irreligioso, isto é, Diálogo Inter-religioso, representou no domingo o Papa Francisco no primeiro serviço de oração na Igreja de São Francisco de Assis em Abu Dhabi, que faz parte da nova Casa da Família Abraâmica, um santuário inter-religioso que compreende não apenas uma igreja, mas também uma sinagoga e uma mesquita. O que poderia dar errado? Bastante.

“O local de oração”, Fitzgerald anunciou alegremente, “também deve ser um local de alegria, e espero que isso seja verdade para todos nós aqui presentes”. Fitzgerald também expressou a esperança de que a nova casa de culto três em um seja “uma casa de oração para todos os povos”. Talvez sim, mas Fitzgerald e seus colegas estão ignorando o fato de que as orações islâmicas realizadas no prédio três dias antes da inauguração da Igreja de São Francisco de Assis dificilmente foram tão receptivas para os não-muçulmanos quanto os cristãos e judeus foram para o muçulmanos.

ChurchMilitant.cominformou na quarta-feira que Fitzgerald também disse: “A adoração nos abre para os outros, incutindo em nós um cuidado pela justiça, encorajando-nos a agir com integridade. Não podemos realmente orar a Deus sem nos lembrarmos dos outros membros da família abraâmica e, de fato, da família humana”. Enquanto isso, porém, um dos outros “membros da família abraâmica” não era tão generoso. Os muçulmanos “já haviam rezado a oração do Magreb na seção da mesquita do santuário na noite de quinta-feira”. De acordo com um jurista muçulmano que se converteu ao cristianismo, essa não foi a maravilhosa manifestação de harmonia inter-religiosa que Fitzgerald supôs ser: “Notavelmente, Cdl. Fitzgerald, um aclamado estudioso islâmico, ignorou o fato de que a oração do Maghrib contém a Sura Al-Fatiha, que é um dos textos mais anticristãos e antijudaicos do Alcorão.

De fato. A Fatiha (Abertura) é a primeira sura (capítulo) do Alcorão e a oração mais comum do Islã. Se você é um muçulmano piedoso que reza as cinco orações diárias obrigatórias do Islã, você recitará a Fatiha dezessete vezes no decorrer dessas orações. Os dois últimos versos da Fatiha pedem a Allah: “Guie-nos para o caminho reto, o caminho daqueles a quem você favoreceu, não daqueles que mereceram sua raiva ou daqueles que se desviaram.”

A compreensão islâmica tradicional disso é que o “caminho reto” é o Islã, enquanto o caminho “daqueles que evocaram a ira de Alá” são os judeus, e aqueles que se “desviaram” são os cristãos. O comentarista clássico do Alcorão Ibn Kathir explica que “os dois caminhos que Ele descreveu aqui são ambos equivocados” e que esses “dois caminhos são os caminhos dos cristãos e judeus, um fato que o crente deve tomar cuidado para evitá-los. .” Ibn Kathir não está sozinho; na verdade, a maioria dos comentaristas muçulmanos acredita que os judeus são aqueles que mereceram a ira de Alá e os cristãos são aqueles que se desviaram.

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Assim, quando o Cardeal Fitzgerald abriu sua “casa de oração para todos os povos”, um dos três principais grupos incluídos nela estava orando para não ser como os outros dois, mas para ser guiado à verdade. Além do mais, como expliquei ao Church Militant, não importa quão amigáveis ​​sejam as relações entre os grupos na Casa da Família Abraâmica, essa amizade não levará os muçulmanos a abandonar as doutrinas islâmicas centrais sobre como os cristãos proclamam erroneamente a divindade de Cristo e estão sob a maldição de Allah como resultado (cf. Alcorão 9:30; 5:17).

Como em todos os outros casos, o diálogo muçulmano/cristão é visto do lado muçulmano como uma oportunidade de fazer proselitismo para o Islã e intimidar os cristãos a temer discutir a desenfreada perseguição muçulmana aos cristãos, por medo de prejudicar o diálogo. Este santuário inter-religioso em Abu Dhabi é o castelo de cartas do Papa Francisco. Isso não resultará em nada duradouro, exceto na contínua ignorância e complacência dos católicos em relação à ameaça da jihad islâmica. Católicos esquerdistas como Fitzgerald, que acham que esse é um passo positivo, estão sendo ingênuos. No melhor.