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A crise no culto

“Ora, foi a mim que trouxestes vossos sacrifícios e ofertas durante os quarenta anos de caminhada no deserto, ó nação de Israel?” Amós 5.25

A crise no culto
A crise no culto

O profeta Amós viveu no sec. 8 a.C. e profetizou especificamente para Israel (reino do norte) durante o reinado de Jeroboão II.

Neste tempo, Israel estava experimentando uma prosperidade tal que não se experimentava desde Davi e Salomão. A Assíria derrotou a Síria e ficou bastante tempo ocupada com questões nacionais e locais, que deixou o povo de Israel livre para tomar de volta as terras que haviam sido usurpadas no passado, conferindo conquistas militares e grande prosperidade à nação.

Com estas conquistas e prosperidade, o povo do norte experimentava agora um culto cheio de pompas, com ofertas generosas, muitas canções de alegria e muita ostentação. Parecia que tudo ia bem, mas o Criador levanta um homem comum do meio do povo para enxergar o que estava por trás daquela pompa e daquela ostentação e o faz ver a maldade do povo e sua apostasia: o culto era uma farsa.

Eles haviam pervertido o direito, havia opressão aos pobres, abandonaram, segundo o profeta, a retidão e o bom senso (v. 7). As mulheres, que na época eram lisonjeadas com uma expressão local “vacas de Basã”, por serem granfinas e terem a marca da prosperidade (a obesidade), estavam sendo chamadas com ironia pelo profeta, que lhes sentenciou por estarem fazendo seus maridos pecarem cada vez mais, oprimindo os pobres, lançando-se nas bebedices e adorando a outros deuses.

Deus estava irado!

Mas o que aconteceu para que o povo se apartasse tanto assim do Senhor, que O fez lembrar-se do tempo em que eles O adoravam no deserto? Qual seria a diferença da adoração contemporânea, em contraste com aquela adoração inicial, no deserto, quando o povo só tinha Javé e nada mais? 

 O que precedeu o dilúvio

Gostaria de, antes de responder esta questão, chamar sua atenção para um fato bem mais antigo que havia acontecido em Gênesis 6, quando a Bíblia relata que os “filhos de Deus” tomaram as “filhas dos homens”, por as acharem muito atraentes. E que após este fato é relatado que a malignidade e a perversão tomaram conta dos seres humanos e o Criador resolve destruir a terra com o dilúvio, restando somente um que ainda andava com Deus: Noé, que foi salvo com sua família.

Só para esclarecer, os filhos de Deus eram a descendência de Sete, filho de Adão que ficou no lugar de Abel, enquanto que as filhas dos homens eram da descendência de Caim, filho amaldiçoado de Adão, pela morte de seu irmão Abel.

Ao que parece, podemos imaginar que passaram muitos e muitos anos em que a descendência destes que andavam com Deus, não eram assediados nem atraídos por nada. Vivam em paz com o Criador e vivendo entre si harmoniosamente, enquanto que a descendência amaldiçoada de Caim vivia também em seu lugar, cada um na sua.

Porém em algum momento o assédio aconteceu e os filhos de Deus se encantaram pelas filhas dos homens e casaram-se com elas, misturando então as genes e promovendo a multiplicação do pecado e da malignidade de tal maneira que o Senhor resolve liquidar a humanidade.

Voltando ao contexto de Amós lembramos que eles viviam sob a Lei de Moisés e nela havia um mandamento: NÃO SE CASAR COM NINGUÉM QUE NÃO FOSSE JUDEU, para que não se afastassem do Senhor (Êx 34.12-16; Dt 7.1-5).

No entanto, a realidade foi outra. Cerca de 100 anos antes, o rei Acabe casou-se com uma gentia, Jezabel, que influenciou o rei a decretar Baal como mais um deus oficial de Israel, e ainda trouxe consigo a imagem do deus Baal, e também muitos sacerdotes e profetas desse deus. O povo de Israel, no dia-a-dia, tinha misturado a adoração de Javé com o culto a Baal. Os camponeses achavam que Javé era o Deus libertador e guerreiro, mas quem cuidava da fertilidade do solo, fazia chover e ter uma boa colheita era Baal.

Consegue perceber que Israel vinha numa escala descendente em sua moral e espiritualidade? Os israelitas se permitiram assediar pelas coisas externas, o que os levaram a continuar adorando ritualmente Javé, porém com seus corações nas suas paixões e concupiscências, anulando assim seu culto a Deus e atraindo para si a ira e a condenação de Deus.

 Dias atuais

Ao olhar para estes fatos, constato, à luz das escrituras, que nosso culto a Deus também está em crise.

Jesus afirmou em Mateus 24.12: “E, por causa da multiplicação da maldade, o amor da maioria das pessoas se esfriará”.

Não sei quanto a você amigo leitor, mas tenho constatado que o tempo da apostasia já começou, ao menos em algum nível. E não tenho dúvidas que sua causa é à multiplicação da iniquidade, que por sua vez também tem uma causa clara: “os filhos de Deus foram atraídos pelos filhos dos homens”.

O que eu quero dizer com isso?

Mundanismo, a afeição pelas coisas externas.

Na era da pluralização, onde já não há mais o absoluto, tudo está relativizado, com várias verdades, onde o politicamente correto tomou conta até dos púlpitos, não me causa estranheza que nossos cultos também estejam em crise.

Pregações secularizadas, danças secularizadas, cultos secularizados. Ás vezes com aparência de piedade, como disse Paulo a Timóteo, mas negando sua eficácia.

E como constatamos isso? Há uma sede pelo novo, pela evolução e pelos estereótipos. Mas não há vida com Deus fora da igreja, fora do ambiente cultual nos templos. Não há uma canção no coração dos crentes, e quando há… secularizada. Não se gasta mais tempo em oração, jejuns e busca pelo conhecimento da palavra de Cristo. Mesmo assim, lotamos nossos templos, com nossos corações vazios. Mais uma vez, uma farsa. (respeitadas as exceções)

Um italiano conceituou CRISE duma forma muito aplicável para este contexto: crise é quando o modelo atual não atende mais, e o modelo novo não está pronto, gerando muita angústia.

Não há modelo novo para culto, o modelo também não é o atual. Ele é ANTIGO. É o culto RACIONAL, que é a prática de todos os mandamentos de Jesus, na vida familiar, social e eclesiástica.

Ainda há tempo… ou não… Seja bem-vindo Jesus, ao nosso rapto violento.

Douglass Suckow

Douglass Suckow

Douglass Suckow 41 anos, é pastor na Igreja Metodista Wesleyana em Porto Velho-RO desde 2010. Casado com Luciana Neves, tem 03 filhos, Jade (18), Lucas (15) e Henrique (07). É escritor de revistas de Escola Bíblica para pré adolescentes pelo Centro de Publicações da Igreja Metodista Wesleyana (RJ). Estuda Teologia pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER) e é idealizador de um canal no Youtube: Pastor Douglass

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Israel Muçulmanos

Líder do Hezbollah ameaça Israel: “O dia da grande guerra está chegando”

Líder terrorista reforçou que os palestinos “não desistirão de Jerusalém”

Foto: Mohammed Zaatari

O líder do grupo terrorista libanês Hezbollah disse na sexta-feira que seus homens não deixarão a Síria, mesmo que o mundo inteiro tente forçá-los a fazê-lo. A única maneira, acrescentou, seria um pedido do governo sírio para irem embora.

Hassan Nasrallah reclamou que Israel há anos espera que o líder sírio Bashar Assad caia. Agora, ao ver que não conseguirá, insiste, a nova meta dos israelenses é expulsar o Irã e o Hezbollah da Síria.

Ciente de que, com o patrocínio de Teerã, conseguiu fortalecer suas posições militares no Oriente Médio, ameaçou: “O dia da grande guerra [contra Israel] está chegando”.

As declarações de Nasrallah foram feitas durante um discurso televisionado da fronteira do Líbano com Israel, para marcar o Dia de Al Quds – “a santa”, o nome árabe para Jerusalém. Criada pelo Irã, a data é comemorada no mundo islâmico na última sexta-feira do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.

O comandante do Hezbollah insistiu que, enquanto é tempo, os judeus deveriam “Pegar seus aviões e barcos e voltar para os países de onde vieram.”

“Mas se vocês insistirem na ocupação, o dia da grande guerra está chegando, o dia em que todos nós iremos orar em Jerusalém”, numa referência à mesquita de Al-Aqsa, assentadas no Monte do Templo, considerado o terceiro lugar mais sagrado do mundo para os islâmicos, após Meca e Medina.

O líder terrorista reforçou que os palestinos “não desistirão de Jerusalém, da mesquita Al-Aqsa, da Palestina e do direito de retorno”, apesar de toda pressão externa. Segundo ele, esse povo “depois de 70 anos de deslocamento e sacrifício continua crescendo em presença e força”.

A ligação do Hezbollah como o Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, é conhecida. Um relatório recente apresentado por Israel nas Nações Unidas mostra que eles estão trabalhando em conjunto para estabelecer uma força militar no Líbano, que incluiria milhares de combatentes palestinos e armazéns para a fabricação de foguetes e mísseis.

Israel disse que não vai concordar com as forças do Irã e do Hezbollah se entrincheirando ao longo de sua fronteira.

Uma alta autoridade israelense declarou na semana passada que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisou o presidente russo Vladimir Putin que Jerusalém quer forças iranianas – incluindo o Hezbollah e outras milícias xiitas – fora da Síria e não apenas da região sudoeste, mais próxima do Estado judeu.

Israel realizou dezenas de ataques aéreos contra forças apoiadas pelo Irã na Síria, na tentativas de evitar o fortalecimento de forças militares do Hezbollah. Com informações de Times of Israel

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Israel

Cresce o número de judeus messiânicos em Israel, indica pesquisa

Missão One for Israel apresenta dados sobre a evangelização no Estado judeu
por Jarbas Aragão – via gospelprime

One for IsraelOne for Israel

Através de uma parceria com o Israel College of the Bible, a missão One for Israel [Um por Israel] fez uma pesquisa junto aos líderes do movimento de judeus messiânicos, identificando um inegável crescimento no número daqueles que reconhecem a Jesus como o Messias prometido no Antigo Testamento.

De acordo com levantamentos anteriores, em 1948, quando Israel voltou a ser uma nação independente, haviam aproximadamente dez milhões de judeus em todo o mundo. Cerca de 600.000 moravam em Israel e eram conhecidos apenas 23 messiânicos. Havia algumas igrejas evangélicas e missionários operando em Israel, mas não havia congregações messiânicas.

Já em 1989, a população judaica de Israel havia crescido para 3,5 milhões. Naquela altura, o número estimado de judeus messiânicos chegava a 1.200, que pertenciam a 30 congregações. Dez anos depois, o número de judeus vivendo em Israel era 4,8 milhões, com 81 congregações messiânicas reunindo cerca de 5 mil messiânicos.

Em 2017, o número de congregações já chegava a 300. Embora haja dificuldades de identificar com precisão o número de judeus crentes em Jesus vivendo em Israel, uma estimativa conservadora é que sejam 30.000 atualmente.

Em termos matemáticos, trata-se de um crescimento exponencial. Do ponto de vista social, afirma o One for Israel, a atitude em relação aos messiânicos melhorou muito. Embora muitos judeus israelenses rejeitem a ideia de que aqueles que acreditam em Jesus continuem sendo judeus, a rejeição diminuiu bastante.

Quem são os messiânicos?

O estudo descobriu que 60% são crentes de “primeira geração”, ou seja, foram os primeiros em sua família a aceitar Jesus. Um grupo menor é de segunda geração, pois seus pais também são crentes.

O levantamento indica ainda que os messiânicos em Israel tendem a ser muito comprometidos: 95% vão aos cultos pelo menos 3 finais de semana por mês, e 60% também compareceram às reuniões no meio da semana.

Apesar das críticas sobre as igrejas serem muito “ocidentais”, 93% dos entrevistados dizem que suas congregações são “muito israelenses” e que há muito eles superaram as acusações de perda de identidade judaica.

Por exemplo, quase todas (92%) das congregações celebram em hebraico, embora a maioria oferecesse tradução (para russo, inglês, espanhol e outros idiomas). Da mesma forma, a imensa maioria celebra os feriados judaicos, sendo que 100% comemoram a Páscoa.

Há um forte sentimento nacionalista, uma vez que 99% disseram que são encorajados a servir no exército, o que em Israel é geralmente considerado uma marca de ser parte da sociedade israelense.

Nas Forças de Defesa de Israel (IDF), sabidamente há judeus messiânicos servindo como pilotos, oficiais, participando de unidades de elite e de unidades de inteligência.

Relacionamento com a igreja global

Os messiânicos de todo o mundo vivem em dois “mundos” simultaneamente, tendo dificuldades de aceitação tanto pelas comunidades judaicas quanto das cristãs. Tanto judeus tradicionais quanto alguns líderes cristãos acreditam que eles não podem mais ser chamado de judeus, e deveriam se denominar apenas “cristãos”.

Conforme lembra o One for Israel, “Alguns cristãos supõem erroneamente que o povo judeu de alguma forma deixa de ser judeu quando acredita em Yeshua, mas crer no Messias é a coisa mais judaica que poderíamos fazer”.

Outros dados da pesquisa mostram que 68% dos judeus messiânicos sentem uma identificação congregacional completa ou significativa com o povo judeu. Ao mesmo tempo, 63% identificam-se completa ou significativamente com a igreja evangélica, mostrando uma sobreposição de identificação com ambas as comunidades.

Evangelismo e perseguição no século XXI

Essa identificação, via de regra, é um problema para os messiânicos, que são constantemente lembrados que o povo judeu foi perseguido por cristãos ao longo da história da igreja. Os argumentos mais recorrentes são os massacres da Inquisição Espanhola, os pogroms da Europa Oriental e, obviamente as Cruzadas.

Contudo, há uma percepção crescente de que os evangélicos são atualmente os melhores amigos de Israel. Fato esse reconhecido inclusive pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Outro elemento a ser considerado é que 80% dos judeus messiânicos vivendo em Israel relataram histórias de algum tipo de perseguição, seja marginalização social, discriminação no local de trabalho, passando por intimidação e ameaças. Alguns viram cartazes com seus nomes e fotos exibidos em sua vizinhança, alertando o público que eles são “perigosos” e devem ser evitados. Há os que sofreram agressões físicas.

Existem grupos “antimissionários”, preocupados com o anúncio de que Jesus seria o Messias. Uma revista chamada Searching [Buscando], voltada para os judeus que “se perderam”, é enviada diretamente para os endereços pessoais dos messiânicos.

O One for Israel, em resposta, começou a publicar uma revista chamada Finding [Encontrando], onde oferece respostas a cada uma dessas críticas e objeções. Também produz vídeos mostrando o testemunho de judeus que encontraram a Jesus.

“Há pouco mais de sete milhões de judeus em Israel, mas nossos vídeos em hebraico foram vistos mais de quatorze milhões de vezes!”, comemora a missão.

O ministério identificou também que, em média, 22.000 israelenses procuram todos os meses por “Yeshua” ou “Messias” em hebraico, mostrando uma curiosidade contínua pelo tema. Com informações One for Israel