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Pence anuncia abertura de embaixada em Jerusalém antes de 2020

Vice americano defendeu decisão de Donald Trump em discurso no Parlamento israelense

O vice-presidente dos Estados UnidosMike Pence, anunciou nesta segunda-feira no Knesset, o Parlamento de Israel, que a mudança da embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém acontecerá “antes do final do ano que vem”.

“Jerusalém é a capital de Israel, e, como tal, (Donald) Trump deu indicações ao Departamento de Estado para iniciar os preparativos para a transferência da embaixada dos Estados Unidos para lá”, declarou nesta segunda-feira o vice-presidente americano no parlamento israelense, em um discurso que foi boicotado pelos deputados árabes-israelenses.

Os parlamentares da Lista Comum, a terceira força do parlamento e de maioria árabe, levantaram um cartaz com a fotografia do Domo da Rocha, na Cidade Velha, com a frase “Jerusalém, capital da Palestina”, e foram retirados do recinto.

Em seu discurso, Pence afirmou que Trump “fez história no mês passado” e tomou a decisão pelo bem “da paz”. “Ao anunciar esta decisão sobre Jerusalém, o presidente pede a todas as partes que o ‘status quo’ seja mantido sobre os lugares sagrados”, afirmou o vice-presidente.

“Como Trump deixou claro, os Estados Unidos não têm qualquer intenção de tomar posições sobre nenhuma questão final, incluindo as fronteiras concretas da soberania israelense em Jerusalém e a resolução de fronteiras em disputa”, completou Pence.

No dia 6 de dezembro, Trump rompeu com décadas de consenso internacional ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel e anunciar a futura transferência da embaixada de Tel-Aviv para a Cidade Sagrada, onde nenhum país mantém sua principal missão diplomática.

Israel anexou a parte oriental de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias, em 1967, medida considerada ilegal pela Corte Internacional de Justiça. Os palestinos consideram a parte da cidade como capital de um futuro Estado, assim como israelenses a consideram capital do país.

Desde o anúncio, os líderes palestinos insistem em rejeitar Washington como mediador e se recusam a manter qualquer reunião com o atual governo dos Estados Unidos.

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Missão comemora “aumento impressionante” no número de judeus convertidos a Jesus

Testemunho Cristão Para Israel diz que Igreja precisa despertar para a necessidade do povo judeu

          Missão comemora aumento de judeus convertidos

Uma das organizações missionárias mais antigas do mundo está comemorando seu 175º aniversário neste mês em Oxford, Inglaterra. A missão Testemunho Cristão Para Israel se dedica exclusivamente à evangelização de judeus.

O culto de celebração de seu aniversário, na igreja de St Aldates, Londres, dia 27, será marcado por testemunhos do “aumento impressionante no número de judeus que conheceram Jesus como Messias nos últimos tempos”.

O material de divulgação do aniversário de 175 anos, afirma que, nos últimos meses, sua equipe internacional de missionários discipulou 60 judeus que aceitaram a Jesus. Embora não pareça um índice expressivo, revela “um aumento significativo em relação aos anos anteriores”.

O líder da missão, Joseph Steinberg disse ao Christian Post: “O povo judeu não está fora do alcance do poder salvador de Deus. Estamos entusiasmados em pensar num futuro próximo, onde povo judeu reconhece e serve ao Messias que veio libertá-los”.

Ele lembra que durante séculos o cristianismo foi moldado pelos judeus que se dedicaram a alcançar os gentios. Por isso fez um apelo: “Queremos que a Igreja em todo o mundo redescubra o mandamento de Jesus em pregarmos a salvação para os judeus [Rm 1:16]. Precisamos de mais missionários nesse tipo de trabalho, para que o mundo inteiro possa conhecer o poder salvador de Deus”.

A Testemunho Cristão Para Israel tem uma longa história de ações na comunidade judaica em diferentes partes do mundo. A mais conhecida foi a “Casa do Refúgio” que abrigou os fugitivos do regime nazista durante o Holocausto. Atualmente possui missionários em países como Israel, França, Holanda, Hungria, Bulgária, EUA e Reino Unido.

O trabalho missionário entre judeus é considerado controverso na Europa, onde algumas denominações já declararam ser “inapropriado” para os cristãos tentarem converter judeus. Sob Francisco, a Igreja Católica Romana acabou com todos os seus trabalhos que visavam a conversão de judeus.Com informações de Christian Today

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Israel

Países islâmicos exigem que ONU reconheça Palestina e divida Jerusalém

Liga árabe deve levar o assunto para votação ainda este mês

          Países islâmicos exigem que ONU reconheça Palestina e divida Jerusalém

A Liga Árabe, união política de 22 nações de governo islâmico, está preparando uma “ofensiva diplomática” cujo objetivo é fazer a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecer a Palestina como nação. Isso incluiria decretar Jerusalém Oriental como sua capital, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi.

Os chanceleres de Egito, Marrocos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Palestina e Jordânia reuniram-se em Omã. O objetivo é gerar um movimento de oposição à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Eles sabem que o domínio islâmico na ONU está consolidado, tendo em vista as constantes resoluções aprovadas na entidade contra Israel.

A questão da mudança de status de Jerusalém já foi votada no Conselho de Segurança da ONU em 18 de dezembro, quando Washington precisou usar seu poder de veto. O assunto foi levado para a Assembleia Geral da ONU, onde 128 países decidiram torná-la “nula e sem efeito”. Mesmo assim, Trump não voltou atrás.

Após o encontro deste sábado (6) o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit anunciou a realização de uma “reunião ministerial ampliada” no fim de janeiro. Por sua vez, o rei Abdullah II, da Jordânia, disse que a questão de Jerusalém é fundamental para “um acordo de paz justo e duradouro” entre palestinos e israelenses. Para ele, a mediação dos EUA está ameaçada pelo viés israelense demonstrado pelo atual presidente, mas não disse que poderia assumir esse papel.

A Jordânia é o país responsável por atuar como “guardiã dos lugares sagrados do Islã” e desde 1967 tem o controle do Monte do Templo. Para os jordanianos, a decisão de Trump é “uma violação do direito internacional”. O ministro Safadi insiste que “segundo as leis internacionais, Jerusalém é um território ocupado”.

“Tentaremos obter (…) [na ONU] o reconhecimento de um Estado palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital, obedecendo a delimitação das fronteiras de junho de 1967”, afirmaram os representantes da Liga Árabe. A posição anunciada agora repete o que foi decidido na cúpula extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul, dia 13 de dezembro, sob a liderança do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

Atualmente, a Palestina, um estado não contíguo, que reúne a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, possui o status de “estado observador” e não é reconhecida como nação pela maioria dos países. O Brasil foi o primeiro país não islâmico a hospedar uma embaixada pelestina em seu território.

O reconhecimento pela ONU da Palestina como uma nação independente resultaria em uma disputa armada pelos territórios disputados com Israel. Caso sejam observadas as linhas de demarcação de 1967, Jerusalém seria necessariamente dividida em duas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já declarou diversas vezes que seu país não abriria mão de Jerusalém, que completou 50 anos de unificação em 2017. Após o final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou da Jordânia a porção ocidental da cidade. Com informações de Times of Israel