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A Igreja não deve fazer concessões na questão do aborto e “casamento” de mesmo sexo

 

Chuck Colson

5 de janeiro de 2011 (Breakpoint.org/Notícias Pró-Família) — 27 de julho de 1945. Londres está ainda aos poucos se recuperando de seis anos de guerra com a Alemanha. Centenas de milhares de soldados britânicos estão mortos. As cidades britânicas estão em ruínas. À medida que o noticiário dos cinemas vai expondo os recentes horrores dos campos de morte nazistas, o povo britânico fica pensando: “Será que não haverá fim para as atrocidades alemãs?”

Por isso, não foi de surpreender que muitos britânicos tivessem reagido com espanto ao ficarem sabendo que haveria um culto na Igreja da Santa Trindade de Londres: Um culto em memória, não dos mortos de guerra da Inglaterra, mas de um alemão morto. O culto seria transmitido pela BBC. Muitos ficaram pensando: Será que existiria algo tal como um bom alemão, digno de tal honra?

A resposta foi um enfático sim. O culto foi em memória do Pastor Dietrich Bonhoeffer, executado pelos nazistas três semanas antes do final da guerra. Bonhoeffer é muitas vezes lembrado por sua resistência a Hitler, aliás, por participar da conspiração para matá-lo. Mas Bonhoeffer é também celebrado por seu papel num acontecimento importante na vida da Igreja — a elaboração da Declaração de Barmen.

Depois que Hitler subiu ao poder, os nazistas tentaram cooptar as igrejas alemãs, misturando a verdade cristã com a doutrina nazista. Alguns líderes cristãos se deixaram atrair para esse acordo com o diabo. Outros, como Karl Barth e Bonhoeffer, recusaram.

Como meu amigo do passado Eric Metaxas escreve em seu recente livro inspirador “Bonhoeffer”, em maio de 1934, “os líderes da Liga de Emergência dos Pastores realizaram um sínodo em Barmen. Foi ali, à beira do rio Wupper, que eles escreveram a famosa Declaração de Barmen, que originou o que veio a ser conhecido como a Igreja Confessante”.

A Declaração ousadamente declarava independência tanto do Estado quanto da Igreja cooptada. A Declaração deixava claro que os signatários e suas igrejas não estavam se separando da igreja alemã; pelo contrário, era a igreja alemã cooptada que havia rompido com todos.

Para Bonhoeffer, escreve Metaxas, a Declaração de Barmen “repetiu o esclarecimento do que a legítima e real Igreja alemã de fato cria e defendia”. A Declaração rejeitava a “falsa doutrina” de que a Igreja podia mudar de acordo com as “posições ideológicas e políticas predominantes”.

Essa rejeição é uma parte essencial do que significa ser a Igreja. Cesar, em todos os seus disfarces, nos exortará a fazer concessões e adaptar nossa mensagem para atender à agenda dele. Nossa situação não é tão horrenda quanto à de Bonhoeffer, mas o governo hoje está tentando forçar a igreja a se prostrar aos ventos políticos do momento — como, por exemplo, o tão chamado “casamento” de mesmo sexo e as questões de vida como aborto e decisões de fim de vida.

Como Bonhoeffer e seus colegas, temos de lembrar constantemente onde repousa nossa lealdade máxima. Temos também de estar dispostos a praticar a grande virtude da coragem cívica*.

Nós, a igreja, temos de declarar onde nos situamos. É por isso que, motivados pelo exemplo de Barmen, nós escrevemos a Declaração de Manhattan — e é por isso que um milhão de crentes a assinou. Mas fazer uma declaração é uma coisa. Viver à altura do que declaramos, como Bonhoeffer fez, é outra.

E isso exigirá coragem nos anos que estão vindo. Muita coragem.

Find out more about this topic on today’s Two Minute Warning video commentary at Colson Center.org.

Este artigo foi reproduzido com a permissão dewww.breakpoint.org

* Nota do tradutor: Coragem cívica é a disposição de conversar diretamente com pessoas que ocupam cargos de autoridade.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

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Egito reforça segurança para Natal da Igreja Copta

 

Mensagens divulgadas na internet incentivam ataques contra igrejas da seita cristã

06 de janeiro de 2011 | 11h 57

AE – Agência Estado

CAIRO – As autoridades egípcias reforçaram hoje a segurança no entorno da catedral copta do Cairo, horas antes da celebração de Natal, no dia 7 de janeiro. As forças de segurança usam cachorros treinados na procura por explosivos, detectores de metal e numerosos agentes armados. A intenção é evitar outro ataque suicida como o do ano-novo, que matou 21 pessoas em Alexandria.

Muçulmanos da região foram chamados para ajudar nas vigílias que acontecem nas igrejas coptas em um gestos de solidariedade.

A rede terrorista Al-Qaeda havia ameaçado atacar os cristãos no Iraque e no Egito, nas semanas anteriores às festividades de Natal dos coptas. Páginas islamitas na internet têm publicado listas com endereços de igrejas no Egito, com a intenção de facilitar e fomentar esses ataques.

"Explodam as igrejas enquanto eles celebram o Natal ou em qualquer outra hora em que as igrejas estiverem cheias", diz um vídeo atribuído a Al-Qaeda, chamado Enciclopédia da Jihad para a Destruição da Cruz, amplamente divulgado na internet.

A polícia egípcia proibiu o estacionamento de veículos nas proximidades da catedral copta e examina os documentos de identidade em todos os pontos de acesso, além de impedir a passagem de pessoas com bolsas e pacotes.

Os coptas celebram o natal no dia 7 de janeiro de acordo com o calendário juliano. Alguns governos europeus também anunciaram medidas de segurança nas igrejas.

Foi durante as celebrações da véspera de Natal copta no sul do Egito em 2009 que seis cristãos e um segurança muçulmano foram mortos durante um ataque.

Os cristãos coptas são uma minoria no Egito, representando cerca de 10% dos 80 milhões de habitantes do país.  Com informações da Associated Press e BBC.

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Deus é responsável pelo Big Bang, diz papa Bento 16

 

DA REUTERS

A mente de Deus esteve por trás de teorias científicas complexas como a do Big Bang, e os cristãos devem rejeitar a ideia de que o Universo tenha surgido por acaso, disse o papa Bento 16 nesta quinta-feira.

"O Universo não é fruto do acaso, como alguns querem que acreditemos", disse Bento 16 no dia em que os cristãos celebram a Epifania –a Bíblia diz que os três reis magos, seguindo uma estrela, chegaram ao lugar onde Jesus nasceu.

"Não é preciso um Deus para criar o Universo", diz Stephen Hawking

"Contemplando (o Universo), somos convidados a enxergar algo profundo nele: a sabedoria do Criador, a criatividade inesgotável de Deus", disse o papa em sermão para 10 mil fiéis na Basílica de São Pedro.

Vincenzo Pint/AFP

Papa Bento 16 disse que cristãos devem rejeitar ideia de que Universo tenha surgido por acaso; Deus seria a origem

Papa Bento 16 disse que cristãos devem rejeitar ideia de que Universo tenha surgido por acaso; Deus seria a origem

Nas ocasiões anteriores em que o papa falou sobre a evolução, ele raramente voltou atrás no tempo para discutir conceitos específicos como o do Big Bang, que cientistas acreditam tenha levado à formação do Universo, cerca de 13,7 bilhões de anos atrás.

Pesquisadores da Cern (sigla francesa de Organização Européia de Pesquisa Nuclear, em Genebra) vêm esmagando prótons em velocidade quase igual à da luz para simular as condições que, acreditam, teriam dado origem ao Universo primordial, do qual terminaram por emergir as estrelas, os planetas e a vida na Terra –e possivelmente em outros lugares também.

Alguns ateus afirmam que a ciência pode provar que Deus não existe, mas o papa disse que algumas teorias científicas são "mentalmente limitadoras" porque "chegam apenas até certo ponto (…) e não conseguem explicar a realidade última (…)".

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

O papa declarou que as teorias científicas sobre a origem e o desenvolvimento do Universo e dos humanos, embora não entrem em conflito com a fé, deixam muitas perguntas sem resposta.

"Na beleza do mundo, em seu mistério, sua grandeza e sua racionalidade (…), só podemos nos deixar ser guiados em direção a Deus, criador do Céu e da Terra", disse ele.

Bento 16 e seu predecessor, João Paulo 2º, procuram despir a Igreja da imagem de ser contrária à ciência –rótulo que ela ganhou quando condenou Galileu por ensinar que a Terra gira em volta do Sol, contestando as palavras da Bíblia.

Galileu foi reabilitado, e hoje a Igreja também aceita a evolução como teoria científica e não vê razão pela qual Deus não possa ter empregado um processo evolutivo natural para formar a espécie humana.

A Igreja Católica deixou de ensinar o criacionismo –a ideia de que Deus teria criado o mundo em seis dias, conforme descrito na Bíblia– e diz que o relato bíblico do livro do Gênesis é uma alegoria para explicar como Deus criou o mundo.

Mas a Igreja é contra o uso da evolução para respaldar uma filosofia ateia que nega a existência de Deus ou qualquer participação divina na criação. Ela também é contra o uso do livro do Gênesis como texto científico.

Fonte:Folha.com