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Como surgiram os gigantes bíblicos

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Os Gigantes

“Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antiguidade.” Gênesis 6.4

 

“Antes haviam habitado nela os emins, povo grande e numeroso, e alto como os anaquins; eles também são considerados refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam emins.” Deuteronômio 2.10-11

 

“Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos refains; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos amonitas? O seu comprimento é de nove côvados [4 metros], e de quatro côvados [1,78 metros] a sua largura, segundo o côvado em uso.” Deutoronômio 3.11

 

“Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos.”Números 13.33

Há cerca de 5.500 anos, a estatura humana era sobremodo elevada. Existiam homens na Mesopotâmia cuja estatura ultrapassava 4 metros. Os primeiros gigantes, chamados na Bíblia de Nefilins (enfilins no original hebraico que significa “caídos” ou “desertores”) poderiam ser ainda mais altos.

Nos finais dos anos 50 durante a construção de uma estrada no sudeste da Turquia, em Homs e Uran-Zohra no Vale do Eufrates, região próxima de onde viveu Noé após o dilúvio, foram encontradas várias tumbas de gigantes. Elas tinham 4 metros de comprimento, e dentro de duas estavam ossos da coxa (fêmur humano) medindo cerca de 120 centímetros de comprimento. Calcula-se que esse humano tinha uma altura de aproximadamente 4 metros e pés de 53 centímetros. Uma cópia do osso (fotos abaixo) está sendo comercializada pelo Mt. Blanco Fossil Museum na cidade de Crosbyton, Texas, EUA, ao preço de 450 dólares.

“Não foi deixado nem sequer um dos anaquins na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode.” Josué 11.22

 

“Ora, o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra repousou da guerra.” Josué 14.15

Outros grupos de gigantes chamados de Anaquins e Refains (ou Emins) se instalaram na Palestina entre o Mar Morto e a faixa de Gaza. Os israelitas mataram todos os gigantes desta região sobrando apenas o rei Ogue (na região norte da atual Jordânia) e alguns que foram para a faixa de Gaza (região entre o Mar Mediterrâneo e a cidade de Gaza).

“Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89 metros].” 1 Samuel 17.4

Golias é o gigante mais famoso da história. No entanto não chegava a 3 metros de altura.

No Parque do Dinossauro, próximo de Glen Rose no estado do Texas, EUA, nos arredores do Rio Paluxy existem várias pegadas de dinossauros e humanos juntas. A foto abaixo é da pegada de uma mulher, segundo estudos feitos em cortes da seção transversal. Tem 45 cm e pela estimativa a mulher possuía cerca de 3,05 m de altura e 454 kg de peso.

Gigantes de 24 dedos

“Houve ainda outra guerra em Gate, onde havia um homem de grande estatura, que tinha vinte e quatro dedosseis em cada mão e seis em cada pé, e que também era filho do gigante.” 1 Crônicas 20.6

Pela narrativa, os israelitas se surpreenderam com esse gigante. Embora seja bastante curiosa, a anomalia dos 24 dedos é encontrada em humanos até hoje (fotos abaixo).

Em 1876 chegou em Londres um gigante fossilizado de 3,65 metros com 6 dedos no pé direito. Ele foi desenterrado por Mr. Dyer durante uma operação mineira em County Antrim, Irlanda. Em seguida foi levado para exposição em Dublin, Liverpool e Manchester. Numa edição de dezembro de 1895, a revista British Strand Magazine publicou uma foto do fóssil tirada no depósito de mercadorias da Broad Street da Companhia de Estrada de Ferro North-Western, sendo mais tarde reimpressa no livro Traces of the Elder Faiths of Ireland de W. G. Wood-Martin (abaixo).

Gigantes com Dinossauros

Na foto acima, uma pegada de gigante encontrada junto com outra de Acrocantossauro. Comparando os tamanhos, calcula-se que a altura do humano era bem próxima a do animal (pouco acima dos 4 metros). Na foto abaixo, uma comparação do tamanho de um Acrocantossauro com humanos normais.

Gigantes Recentes

Um pouco menores do que o famoso Golias, o filisteu que desafiou o exército de Israel, os gigantes mais recentes registrados têm altura entre 2,50 e 2,80 metros. Nas fotos abaixo estão alguns dos mais famosos:

O russo Machnov (1882-1905) visitando o Hipódromo de Londres

Johann Petursson (1913-1984) de 2,63 m

Robert Wadlow (1918-1940) de 2,71 m usando um sapato tamanho 37 (EUA) ou 52 (Brasil)

Fatos Registrados

Gigantes ancestrais americanos. Abaixo estão alguns achados de esqueletos nos últimos dois séculos nos EUA:

  • Em seu livro The Natural and Aboriginal History of Tennessee, John Haywood descreve “ossos muito grandes” encontrados em sepulturas de pedra no município de Williamson, no estado de Tennessee, em 1821.
  • Na metade do século XIX esqueletos gigantes foram encontrados próximo de Rutland e Rodman, no estado de Nova Iorque.
  • O Dr. J.N. DeHart achou vértebras de tamanhos incomuns em morros de Wisconsin em 1876.
  • W.H.R. Lykins descobriu crânios de grande tamanho e densidade em morros da cidade de Kansas em 1877.
  • O Dr. George W. Hill, achou um esqueleto de tamanho incomum em um morro do município de Ashland, no estado de Ohio.
  • Em 1879, um esqueleto de 2,94 metros foi encontrado num morro perto de Brewersville, estado de Indiana (Indianapolis News, 10/11/1975).
  • Um esqueleto enorme foi achado em um caixão de barro, com laje de arenito contendo hieroglíficos, durante explorações do Dr Everhart num morro perto de Zanesville, estado de Ohio. (American Antiquarian, volume 3, 1880, página 61)
  • Dez esqueletos de ambos os sexos e de tamanhos gigantescos foram encontrados num morro em Warren, estado de Minnesota, 1883. (St. Paul Pioneer Press, 23/5/1883)
  • Restos de 7 esqueletos de alturas estimadas em torno dos 2,3 metros foram encontrados em Minnesota, 1888 (St. Paul Pioneer Press, 29/6/1888)
  • Num morro perto de Toledo, no estado de Ohio, foram encontrados 20 esqueletos, sentados com a face virada para o leste, com mandíbulas e dentes duas vezes maior do que o normal, e ao lado de cada esqueleto havia uma tigela grande com figuras hieroglíficas curiosamente ornamentadas. (Chicago Record, 24/10/1895, citado por Ron G. Dobbins,NEARA Journal, volume 13, outono de 1978)
  • No estado de Minnesota foram encontrados um esqueleto de um homem enorme na Fazenda Beckley, em Lake Koronis, e outros ossos gigantes em Moose Island e em Pine City (St. Paul Globe, 12/8/1896).
  • Em 1911, mineiros descobriram várias múmias de cabelos ruivos com altura que varia de 2 a 2,4 metros junto com artefatos em uma caverna em Lovelock, no estado de Nevada (The Unexplained: An Illustrated Guide to the World’s Natural and Paranormal Mysteries, Dr. Karl Shuker, 1996). Obs: Uma antiga lenda local diz que havia um grupo de gigantes chamados “Si-Te-Cah” que foram exterminados pelos índios Paiutes (ou Piutes), alguns séculos antes da colonização americana. Sarah Winnemucca Hopkins, filha do Chefe indígena Paiute Winnemucca, na página 75 do seu livro Life Among the Paiutes, confirma o fato afirmando que o seu povo guardou os cabelos ruivos daquele povo durante séculos..

Arcada dentária de uma múmia de Lovelock

Dr. Karl Shuker: “O Inexplicado”

  • Próximo de Lovelock,  foram achados 2 grandes esqueletos no leito do lago Humboldt em fevereiro e junho de 1931. O primeiro media 2,6 metros de altura e parecia ter sido embrulhado em um tecido coberto com goma como as múmias egípcias. O segundo esqueleto tinha quase 3 metros (Review – Miner, 19/6/1931).
  • Samuel Hubbard, Curador Honorário de Arqueologia do Museu de Oakland, descobriu dois corpos petrificados sendo um de 4,6 e o outro de 5,5 metros, no Grand Canyon do Arizona. Próximo ao local foi encontrado um grande número de pegadas de 43 a 50 centímetros de comprimento (The Hubbard Discovery, Setembro de 1923).
  • Em Julho de 1877, na região de Spring Valley próximo de Eureka, estado de Nevada, foram encontrados um joelho e um osso de perna humana tendo esta a medida de 99 centímetros, equivalente a altura de uma pessoa de aproximadamente 3,5 metros. Os ossos estavam bastante carbonizados devido a sua idade (Strange Relics from the Depths of the Earth, J.R. Jochmans, 1979).

Um Império de Gigantes

(Artigo escrito por Leandro para o site Mistérios Antigos – Os antigos habitantes da Terra)
http://misteriosantigos.50webs.com
e-mail: [email protected]
Por volta de 550 antes de Cristo, os Persas formaram uma das civilizações mais prósperas e sofisticadas da Mesopotâmia. No auge deste império, seus domínios se estendiam desde o Egito até a Índia. Persépolis, a suntuosa capital, com pilares e muralhas de mais de 20 metros de altura, possuía um sistema subterrâneo de saneamento básico, um imenso reservatório elevado de água esculpido aos pés da montanha, e as enormes pedras usadas para o nivelamento do solo eram unidas por juntas de metal.

Persépolis.

Obs: É de causar no mínimo apreensão, quando dados da ONU de 2006 apontam que quase metade da população mundial não tem acesso a saneamento básico.

Ciro, O Grande, fundador e rei Persa, deixou como legado o primeiro documento referente aos direitos humanos, em um cilindro de barro. O Cilindro de Ciro, antecede a Magna Carta em mais de um milênio. Trechos do cilindro revelam o respeito de Ciro pela humanidade, tolerância religiosa e liberdade.

Ciro declarava em seu reinado:

“O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da Terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém de Judá. Quem dentre vós é, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém de Judá e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. Todo aquele que restar em alguns lugares em que habita, os homens desse lugar o ajudarão com prata, ouro, bens e gado, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém.”

Ciro, O Grande, em pedra:
Ciro, o Grande, rei da Pérsia.
Sob o comando de Dario, O Grande, o Império Persa atingiu seu apogeu, dominando diversas nações rivais, contendo revoltas, e aperfeiçoando leis e a política.

Neste período, numa montanha na província de Kermanshah, foi gravada uma inscrição em ponto tão elevado que nenhum humano era capaz de ler, a Inscrição de Behistun.

Indicação da inscrição no Monte Behistun, a 100 metros de altura.
A gravura mostra Dario junto com soldados persas dominando líderes de comunidades rivais. A diferença de altura entre eles é tão notável que parece até que seus subjugados eram anões.

Inscrição de Behistun, de Dario o Grande.
Há boatos de que quando Alexandre Magno invadiu Persépolis e tomou o trono, seus pés ficaram balançando ao ar como os de uma criança.

Por que será que a ciência não declara de maneira oficial que realmente existiram esses gigantes?
Gigantes.
Talvez porque vai contra a Teoria da Evolução das Espécies, de Darwin, na qual as carreiras desses cientistas foram fundadas?

Talvez porque revela indícios inegáveis de que as descobertas arqueológicas mais importantes do mundo estão sendo metódicamente ocultadas do conhecimento público para manter um modelo histórico falso?
Ossada gigante.
O modelo evolutivo diz que no início os organismos eram simples, primitivos, e ao longo de milhares e milhares de anos foram se tornando mais complexos, até chegar ao homem moderno. No entanto, quando olhamos para o passado, vemos que existiam civilizações com um avançado domínio tecnológico, em muitos aspectos, mais avançados do que nós.

Por exemplo:

*Você sabia que os Maias possuíam instrumentos cirúrgicos que eram 1.000 vezes mais afiados que as modernas lâminas de platina?

*Sabia que não existe guindaste no mundo capaz de transportar pesos próximos do peso das pedras usadas na construção do templo de Baalbek, no Líbano, e que essas pedras foram erguidas quase 10 metros de altura e unidas tão perfeitamente que não é possível introduzir uma carta de baralho entre uma pedra e outra?

*Sabia que mineradores em Klerksdorp, na África do Sul, encontraram centenas de esferas metálicas mais duras do que aço, na camada subterrânea Pré-Cambriana, tão perfeitas que não poderiam ser de outra origem senão criadas pelo homem? Porém, esta camada sedimentar onde as esferas foram encontradas pertence ao período geológico que corresponde a 2.8 bilhões de anos atrás, e nessa época, de acordo com a ciência atual, os organismos mais avançados no planeta eram células.

 

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ENIGMA: Matemáticos acham ‘número de Deus’ para resolver cubo mágico

 

 

imageUm grupo de pesquisadores americanos concluiu que é possível resolver qualquer combinação do quebra-cabeças conhecido como “cubo mágico” em apenas 20 movimentos ou menos. O chamado “número de Deus” é o mais baixo desde que a busca pela solução mais rápida para o colorido enigma começou, há 30 anos.

Em 1981, o matemático Morwen Thistlethwaite chegou a um algoritmo capaz de resolver qualquer posição do cubo mágico em 52 movimentos. Desde então, o número vem sendo reduzido – a última vez, em 2008, para 22.

“Sabemos ao certo que o número mágico é 20”, disse à BBC o matemático da Kent State University, Morley Davidson. Ele disse, entretanto, que a maioria das posições requer entre 15 e 19 movimentos.

Segundo ele, das cerca de 43 bilhões de combinações possíveis com o cubo, 100 milhões podem ser resolvidas com exatos 20 movimentos. O restante, com menos.

“Levou 15 anos após a introdução do cubo para encontrar a primeira combinação que provavelmente requeria apenas 20 movimentos para ser solucionada”, disseram os pesquisadores, no site em que os resultados foram divulgados. “É apropriado que, 15 anos mais tarde, provemos que 20 movimentos são necessários para qualquer combinação.”

Algoritmos complexos

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Também conhecido como cubo de Rubik, o cubo mágico foi inventando em 1974 pelo arquiteto húngaro Erno Rubik. Licenciado como brinquedo, o quebra-cabeças já vendeu desde então mais de 400 milhões de unidades no mundo, tornando-se um dos passatempos mais vendidos em escala global.

As equações para resolver os enigmas no menor número de movimentos são demasiado complexas para serem memorizadas por um mortal comum. Em geral, são necessários computadores e até supercomputadores.

Em competições internacionais, o recorde por resolver o cubo mágico 3 x 3 x 3 mais rapidamente – mas não necessariamente no menor número de movimentos – pertence ao estudante holandês Erik Akkersdijk, que encontrou uma solução em 7 minutos e 8 segundos.

Já o “número de Deus” é assim chamado porque os pesquisadores assumem que um ser onisciente usaria este algoritmo para resolver o problema. As pesquisas para definir o algoritmo da equação “divina” usaram um arsenal de capacidade informática providenciada pela gigante de tecnologia Google – que não divulga detalhes dos sistemas de computação oferecidos para a pesquisa, concluída em semanas.

Cálculos

Os pesquisadores dividiram todas as possibilidades em 2,2 bilhões de grupos, cada um contendo 20 bilhões de posições. Para facilitar a conta, eles eliminaram combinações duplicadas e usaram simetria para identificar outras combinações similares. Assim, o número de grupos de 20 bilhões de combinações caiu para 56 milhões.

Para processar todos os dados que a pesquisa requeria, seriam necessários 35 anos de trabalho de um computador normal, disse Davidson. “Para mim, achar o ”número de Deus” é como um círculo”, disse Davidson. “O cubo mágico é um clássico dos anos 1980, época em que eu cresci, e uma das razões por que entrei na matemática.”

Ele disse que, agora, a equipe pode continuar estudando problemas matemáticos com o cubo mágico, talvez em sua versão 4 x 4 x 4. “É a popularidade universal do quebra-cabeças”, justificou. “É provavelmente o quebra-cabeças mais popular da história humana.” Fonte: Terra

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Ciência diz agora que o homem è descendente da “esponja”

Filhos de uma esponja Uma espécie marinha existente há 650 milhões de anos seria o primeiro ancestral comum de toda a vida animal, incluindo os homens, conclui cientista australiano. O organismo também possui células-tronco, o que pode ajudar nas pesquisas sobre essas estruturas

Paloma Oliveto

Publicação: 07/08/2010 07:00

A Amphimedon queenslandica foi o modelo para o sequenciamento genético: semelhanças com os homens - (Maely Gauthier/Divulgação )

A Amphimedon queenslandica foi o modelo para o sequenciamento genético: semelhanças com os homens

Reconhecida como animal apenas no século 19, a esponja acaba de ser elevada ao nível de primeiro organismo pluricelular com a habilidade de se desenvolver a partir de um óvulo fertilizado por um espermatozoide. Isso quer dizer que toda a vida animal — incluindo os homens — é fruto de um ancestral comum. No caso, uma esponja marinha que viveu há cerca de 650 milhões de anos. A partir dessa descoberta, possível graças ao sequenciamento genético da espécie, um grupo internacional de pesquisadores acredita que a ciência terá condições de compreender melhor a origem tanto dos animais quanto de doenças como o câncer.
De acordo com Bernard Degnan, coautor do estudo que foi publicado pela revista especializada Nature, as esponjas e os homens compartilham cerca de 70% de seu material genético. Boa parte desses genes está associada ao câncer. Além disso, o mais simples e antigo grupo de animais que habita a Terra poderá ser importante nas pesquisas sobre células-tronco, pois as esponjas também possuem essas estruturas, capazes de originar todos os órgãos do corpo. “As esponjas têm o que consideramos o ‘Santo Graal’ das células-tronco”, afirmou Degnan, professor da Universidade de Queensland, na Austrália, à agência de notícias France Press. Para ele, “o estudo das esponjas pode modificar a forma como pensamos sobre nossas células-tronco e como poderíamos usá-las em futuras aplicações médicas”.

Recife de corais na Austrália onde vive a esponja estudada: agora, busca para respostas sobre o câncer   - (Marcin Adamska/Divulgação )

Recife de corais na Austrália onde vive a esponja estudada: agora, busca para respostas sobre o câncer

A equipe de pesquisadores debruçou-se no assunto por cinco anos e usou a espécie Amphimedon queenslandica, encontrada na Grande Barreira de Corais australiana, como modelo para o sequenciamento genético. “Apesar de pensarmos nas esponjas como simples criaturas cujo esqueleto nós usamos para nos esfregar durante o banho, elas têm mais similaridades do ponto de vista bioquímico e de desenvolvimento de funções complexas com o homem do que muitos outros animais que acreditamos serem menos simplificados”, explicou ao Correio o professor de biologia celular Daniel Rokhsar, da Universidade da Califórnia. Ele liderou a equipe de cientistas que assina o artigo publicado na Nature.
Câncer
Segundo Rokhsar, que é chefe do programa de genoma computacional da universidade, “a hipótese é a de que a pluricelularidade e o câncer são os dois lados da mesma moeda”. “Se você é uma célula de um organismo pluricelular, você tem de cooperar com as demais células do seu corpo, tendo certeza de que você vai se dividir, já que, supostamente, faz parte do time”, explica. “Os genes que regulam essa cooperação são também os que, quando defeituosos, fazem com que as células se tornem ‘egoístas’ e cresçam de forma descontrolada, em detrimento do restante do organismo.”
No sequenciamento da Amphimedon queenslandica, os cientistas procuraram pelos mais de 100 genes que estão relacionados ao câncer em humanos e encontraram 90% deles no DNA das esponjas. Novas pesquisas vão mostrar qual o papel exato dessas estruturas no momento em que as células deixam de colaborar com as demais e começam a se dividir em excesso, tornando-se um tumor. Normalmente, as células do corpo não se multiplicam fora de controle, porque existem mecanismos que policiam sua atuação. Até agora, porém, a ciência não sabe ao certo por que isso acontece, e nem mesmo se o processo natural da evolução das espécies foi capaz de resolver o problema.
Além dos genes envolvidos com a divisão e o crescimento celular, as esponjas possuem outros também encontrados nas espécies animais, como os que programam a morte de uma célula, fazem o reconhecimento de um organismo estranho, e os genes responsáveis por dotarem uma célula de funções especializadas. “O que marcou a evolução dos animais foi a habilidade das células de um indivíduo de assumirem propriedades especializadas e trabalharem juntas pelo bem de todo o organismo. A esponja representa uma janela desse antigo e importantíssimo evento”, disse um dos coautores da pesquisa, Kenneth S. Kosik, por meio da assessoria de imprensa da Universidade da Califórnia.

“As esponjas têm o que consideramos o ‘Santo Graal’ das células-tronco. O estudo das esponjas pode modificar a forma como pensamos sobre nossas células-tronco e como poderíamos usá-las em futuras aplicações médicas”

Bernard Degnan, professor da Universidade de Queensland, na Austrália