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Pastor Claudio Duarte durante pregação na Expo Cristã 2018, em São Paulo. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
O pastor Claudio Duarte alertou líderes sobre o posicionamento cristão em momentos de crise, durante sua ministração na abertura da 14ª edição da Expo Cristã nesta quinta-feira (27), em São Paulo.
Em torno da história de Daniel na Babilônia, que era governada pelo rei Nabucodonosor, Duarte observou que Deus se revela nos momentos mais críticos de uma nação. “No vale de ossos secos você decide se é osso ou profeta. É na crise que podemos viver o extraordinário”.
O pastor também alertou sobre o posicionamento dos líderes cristãos, inspirado no relato bíblico de Sadraque, Mesaque e Abednego, que negaram a curvar-se a estátua erguida para adoração a Nabucodonosor e escapam ilesos de uma fornalha ardente.
“Quem se ajoelha e se dobra, detesta ver você em pé. Quem não se posiciona, detesta ver seu posicionamento. Porque você que está de pé acaba dizendo uma mensagem: é preciso se posicionar”, observou Duarte.
“Por onde eu passei até hoje, eu nunca precisei negociar o Evangelho. Errado é errado. Você pode me chamar de retrógrado, eu me chamo de obediente. Eu prefiro desagradar as pessoas que me ‘mandam para o inferno’ do que desagradar a Deus, que realmente pode me mandar para o inferno”, o pastor acrescentou.
Posições de poder
Duarte ainda afirmou que é preciso que as pessoas que estejam no poder não dobrem seus joelhos. “Aliás, tem gente que não dobra os joelhos, mas dá uma agachadinha. Com Deus, ou se está de pé ou de joelho dobrado. Não pensem que eu estou falando de políticos não, porque ‘está assim’ de pastores dando uma agachadinha”, disse ele.
Ele acrescentou: “Deus, em meio a toda essa crise, está mostrando o poder da Igreja. Não existe igreja fraca, porque o dono da Igreja é o Todo-Poderoso. Se líderes dobram o joelho ao longo da caminhada, que não sejam os nossos joelhos. Onde quer que você esteja, não negocie”.
Falando sobre o momento político do Brasil, o pastor destacou que o país precisa de um governo justo. “Eu não quero alguém que vá ao poder para me proteger. Deus enviou José para governar o Egito, onde não tinha nenhum hebreu, e ele melhorou a qualidade de vida dos egípcios. A vida do cidadão deve ser melhor, seja ele homossexual ou hétero, seja ele negro ou branco, seja pobre ou rico”.
“Bom candidato”
Antes de começar a pregação, no entanto, o pastor fez uma menção ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). Ele cumprimentou os políticos presentes na feira, inclusive o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB).
“Cumprimento a todos e a ele (Bolsonaro). Se estivesse aqui hoje, falaria com ele. Eu o acho um bom candidato, ok? Um bom candidato. Apenas bom. Todo o respeito às preferências de cada um”, declarou o pastor na abertura de sua preleção, seguido de aplausos. Com informações do Folha Gospel
Programa de governo também defende adoção de crianças por casais homoafetivos
Marina Silva fala em convenção da Rede. (Foto: AFP)
Candidata à Presidência pela Rede, Marina Silva, esteve nesta terça-feira (14), em Belo Horizonte, em um debate com pastores de igrejas evangélicas de todo o país. O encontro ocorreu a portas fechadas, mas teve repercussão na imprensa.
Entre as propostas de Marina, que terá apenas oito segundos na TV estão a realização de plebiscitos para legalização do aborto e das drogas no país. Ela já havia falado sobre isso em suas outras campanhas.
Conforme era esperado, a legalização do aborto, foi o tema mais polêmico no debate com os líderes evangélicos. “Defendi o que defendo desde 2010, de que existem formas reconhecidas na lei brasileira, mas se for ampliar, que se faça um plebiscito. Sobre as drogas, tenho posição de conhecimento público, que se faça um ascultamento da sociedade, como ocorre na maioria dos países do mundo”, reforçou.
Ex-ministra do Meio Ambiente no primeiro governo Lula e senadora do Acre pelo PT, ela tenta se apresentar como alguém que não faz parte do ‘sistema político’ atual.
Apesar de ser missionária da Assembleia de Deus, historicamente Marisa sempre tentou se afastar do “rótulo” de candidata evangélica e não defende abertamente as pautas conservadoras. Ainda assim, no programa do pastor Caio Fabio, ela declarou: “Só posso agradecer e pedir a Deus que não sejam envergonhados por minha causa aqueles que confiam em Deus””.
Programa “inclusivo” de governo
O programa de governo da Rede prevê que “o direito ao casamento homoafetivo” deve ser protegido por lei. Isso consta das diretrizes programáticas protocoladas pela Rede no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que foram divulgadas pela Folha de São Paulo.
“O Conselho Nacional de Justiça regulamentou a celebração de casamento civil de pessoas do mesmo sexo, através da Resolução 175/13. Acataremos a demanda de que os direitos decorrentes dessa decisão sejam protegidos por lei”, diz o texto.
Marina defende ainda adoção de crianças por casais homoafetivos. “Em casos de adoção, defendemos que seja oferecido tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heteroafetiva, atendendo à prioridade de garantir o melhor interesse da criança”, declara o documento da Rede. Com informações de O Globo e Folha de São Paulo