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Magno Malta processa padre que o chamou de ‘bandido’ em missa

Senador evangélico Magno MaltaSenador evangélico Magno Malta

O senador Magno Malta (PR) acionou a Justiça para processar um padre de Boa Esperança, na região Noroeste do Espírito Santo, afirmando que o religioso Romario Hastenreiter, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, o chamou de “bandido” durante uma missa transmitida por uma rádio na cidade no dia 17 de julho do ano passado.

Na ocasião, o padre falava sobre a votação da reforma trabalhista e a posição da bancada capixaba no Senado Federal, no qual os três senadores do Espírito Santo – Magno Malta (PR), Ricardo Ferraço (PSDB) e Rose de Freitas (PMDB) – votaram a favor do texto-base da reforma.

No áudio ao qual Magno Malta disse ter acesso e anexou ao processo, ele afirma que o sacerdote diz: “Bandido Magno Malta da religião da riqueza e da prosperidade”. E, que além dele, os outros dois senadores também são citados com termos ofensivos.

O senador fez uma queixa-crime no dia 28 de agosto de 2017, na Comarca de Boa Esperança, pelo crime de injúria e difamação (art. 139 e 140 do Código Penal) afirmando que o padre atingiu a honra e a reputação social dele. Em vídeo publicado nesta terça-feira (13), o senador disse que o processo não tem nada a ver com religião.

“O padre tem que provar que bandido que eu sou. Eu tenho uma gravação, isso não é invenção. Eu tomei providência e vou tomar contra qualquer pessoa. Não tem nada a ver com a Instituição, mas contra a o cidadão que me atacou. Se eles [senadores] não tomaram providência, é um problema deles, mas eu tomei. Ninguém venha atacar minha honra e eu vou ficar calado “, disse em um trecho.

No processo, Magno Malta pede que o padre pague uma indenização no valor de R$ 37.480,00 para ser destinada a uma instituição social.

Veja o vídeo abaixo:

O juíz Charles Henrique Farias Evangelista marcou a audiência intimando o senador e o padre para a próxima quarta-feira, dia 20, às 10h30, no Fórum Desembargador Mário da Silva Nunes, em Boa Esperança.

Por orientação do advogado, o padre não vai se pronunciar sobre o caso. A paróquia também informou que não vai comentar o assunto e afirma que as missas têm sido celebradas normalmente.

Petição de perdão

A assessoria do senador entrou em contato com a reportagem do Gazeta na tarde desta quarta-feira (14), enquanto a matéria era apurada, para informar que Magno Malta vai protocolar uma petição de perdão nesta quinta-feira (15) para que o caso não vá adiante na Justiça.

Segundo a assessoria, o senador não mudou de opinião quanto a processar qualquer pessoa que vier a difamar a honra dele, mas ponderou a situação e reconheceu que o padre estava nervoso na época em que disse a frase contra Malta.

Fonte:  Folha Gospel e Gazeta online
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Pastor acusado de 15 estupros é preso pela Polícia em casa

Igreja Quadrangular afastou o líder religioso após denúncias

         Pastor acusado de 15 estupros é preso pela Polícia em casa

Desde que uma mulher invadiu um culto da Igreja do Evangelho Quadrangular, em Belo Horizonte, acusando um pastor de estupro, o assunto vinha circulando nas redes sociais.

Após a denúncia de pelo menos 7 vítimas contra o pastor Wilson Jorge Ferreira, de 51 anos, a Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou a Operação Libertação, que levou à prisão, na manhã desta terça-feira (13), de Wilson Jorge Ferreira, 51 anos.

Ele estava em sua casa em Contagem, quando foi detido preventivamente. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência dele, sendo apreendidos diversos aparelhos eletrônicos.

Pastor há 25 anos, ele vinha sendo investigado por diversos abusos sexuais e por estupro de vulnerável. Se confirmadas todas as acusações, o número de vítimas pode chegar a 15, incluindo uma menina de 12 anos. Todas as mulheres frequentavam igrejas lideradas por ele.

A investigação é da Delegacia Especializada de Combate a Violência Sexual de Belo Horizonte.

Wilson ficou conhecido pelo apelido de “Maníaco da Orelha”, pois sempre iniciaria seus assédios lambendo as orelhas das vítimas.

Em nota, a Igreja do Evangelho Quadrangular revela que desde 26 de fevereiro, ele estava afastado das funções, após os crimes terem sido denunciados.

“Quando as acusações vieram a público, a Igreja não tinha conhecimento de tais condutas do pastor. No dia, 26/02/2018, o mesmo foi afastado de suas atribuições de pastor, em caráter preventivo de suas funções ministeriais de acordo com o estatuto da igreja, para que os fatos fossem apurados tanto pela Justiça, e conforme o critério disciplinar interno”, afirma o texto. Com informações do Gospel Prime e Extra

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Ministério Rhema vira ré em caso de trabalho escravo acusada de maus-tratos

 Culto na igreja Ministério Rhema

Culto na igreja Ministério Rhema

Ministério Evangélico Comunidade Rhema, acusada de submeter fiéis, inclusive menores de idade, a trabalho forçado, virou réu em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho.

Uma ação civil pública foi ajuizada pela procuradora Andrea da Rocha Carvalho Gondim, onde processa a igreja, os pastores que a fundaram, Juarez de Souza Oliveira e sua mulher, Solange da Silva Granieri Oliveira e o colégio ligado à Rhema.

Na ação, a procuradora pede que igreja e colégio sejam suspensos preventivamente e depois dissolvidos definitivamente, por desvio de finalidade.

Segundo Gondim, os depoimentos colhidos na investigação apontam para trabalho não remunerado mediante pressão psicológica e coação.

No processo, o casal Oliveira e seu filho, advogado deles, afirmam a existência de trabalho não remunerado no colégio, mas dizem que os fieis que participavam eram voluntários e negam exploração e coação.

“As ameaças de castigo e exclusão da comunidade são claras. Trabalho escravo não é só o acorrentado, mas o que tira a livre autodeterminação”, afirma a procuradora, segundo a qual não é possível, neste caso, falar em trabalho voluntário.

A ação civil pública foi necessária, segundo Gondim, porque a direção da igreja se negou a assinar termo de ajustamento de conduta para regularizar a situação de seus funcionários e indenizar as perdas passadas.

O trabalho irregular, segundo a ação, acontecia também em empresas de diretores da igreja (uma serralheria, uma fábrica de moldura e um salão de cabeleireiros).

Os empresários “se utilizariam dos ‘pecados’ dos fiéis como desculpa para não pagamento ou atraso de direitos trabalhistas”.

Na ação da Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, fiéis descrevem terem sido forçados a trabalhar também para a Word of Faith, igreja localizada em Spindale, nos Estados Unidos.

A Procuradoria afirma haver sinais claros de ligação entre a Rhema e a Word of Faith e pedem que se investigue financiamento de qualquer tipo entre as igrejas, “porque ninguém abriria mão da própria autonomia em nome de um pastor de outro país, se não houvesse benefício mútuo, inclusive financeiro”.

A ação cita casos de alunos que terminaram o ensino médio e foram impedidos pelos pastores de entrar na faculdade porque deveriam antes prestar trabalho voluntário na igreja dos EUA.

As empresas americanas Two Mille Supply, Plastic Oddites, Inter e Integraty são citadas por explorar a mão de obra gratuita dos membros.

Depoimentos colhidos pelo Ministério Público falam em alunos proibidos de frequentar aulas e castigados com golpes de régua de madeira nos quadris, dados pela própria pastora Solange.

Os alunos do período matutino, segundo os depoimentos, “eram escalados para capinar ou trabalhar em outros reparos do local à tarde e até mesmo em mutirão noturno” e “as crianças eram ensinadas a não argumentarem nem questionarem”.

A investigação aponta que o colégio Rhema tem 25 professores, dos quais apenas 3 são registrados.

Embora os fiéis trabalhassem de graça, há registro de pagamentos de salários para pastores e diretores da igreja, com valores que vão de R$ 3.000 a R$ 5.000.

A ação também cita a transferência para os pastores de dois terrenos que haviam sido comprados pelo coletivo dos fieis, à revelia deles.

Fonte: Folha de São Paulo