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Cresce o número de judeus messiânicos em Israel, indica pesquisa

Missão One for Israel apresenta dados sobre a evangelização no Estado judeu
por Jarbas Aragão – via gospelprime

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Através de uma parceria com o Israel College of the Bible, a missão One for Israel [Um por Israel] fez uma pesquisa junto aos líderes do movimento de judeus messiânicos, identificando um inegável crescimento no número daqueles que reconhecem a Jesus como o Messias prometido no Antigo Testamento.

De acordo com levantamentos anteriores, em 1948, quando Israel voltou a ser uma nação independente, haviam aproximadamente dez milhões de judeus em todo o mundo. Cerca de 600.000 moravam em Israel e eram conhecidos apenas 23 messiânicos. Havia algumas igrejas evangélicas e missionários operando em Israel, mas não havia congregações messiânicas.

Já em 1989, a população judaica de Israel havia crescido para 3,5 milhões. Naquela altura, o número estimado de judeus messiânicos chegava a 1.200, que pertenciam a 30 congregações. Dez anos depois, o número de judeus vivendo em Israel era 4,8 milhões, com 81 congregações messiânicas reunindo cerca de 5 mil messiânicos.

Em 2017, o número de congregações já chegava a 300. Embora haja dificuldades de identificar com precisão o número de judeus crentes em Jesus vivendo em Israel, uma estimativa conservadora é que sejam 30.000 atualmente.

Em termos matemáticos, trata-se de um crescimento exponencial. Do ponto de vista social, afirma o One for Israel, a atitude em relação aos messiânicos melhorou muito. Embora muitos judeus israelenses rejeitem a ideia de que aqueles que acreditam em Jesus continuem sendo judeus, a rejeição diminuiu bastante.

Quem são os messiânicos?

O estudo descobriu que 60% são crentes de “primeira geração”, ou seja, foram os primeiros em sua família a aceitar Jesus. Um grupo menor é de segunda geração, pois seus pais também são crentes.

O levantamento indica ainda que os messiânicos em Israel tendem a ser muito comprometidos: 95% vão aos cultos pelo menos 3 finais de semana por mês, e 60% também compareceram às reuniões no meio da semana.

Apesar das críticas sobre as igrejas serem muito “ocidentais”, 93% dos entrevistados dizem que suas congregações são “muito israelenses” e que há muito eles superaram as acusações de perda de identidade judaica.

Por exemplo, quase todas (92%) das congregações celebram em hebraico, embora a maioria oferecesse tradução (para russo, inglês, espanhol e outros idiomas). Da mesma forma, a imensa maioria celebra os feriados judaicos, sendo que 100% comemoram a Páscoa.

Há um forte sentimento nacionalista, uma vez que 99% disseram que são encorajados a servir no exército, o que em Israel é geralmente considerado uma marca de ser parte da sociedade israelense.

Nas Forças de Defesa de Israel (IDF), sabidamente há judeus messiânicos servindo como pilotos, oficiais, participando de unidades de elite e de unidades de inteligência.

Relacionamento com a igreja global

Os messiânicos de todo o mundo vivem em dois “mundos” simultaneamente, tendo dificuldades de aceitação tanto pelas comunidades judaicas quanto das cristãs. Tanto judeus tradicionais quanto alguns líderes cristãos acreditam que eles não podem mais ser chamado de judeus, e deveriam se denominar apenas “cristãos”.

Conforme lembra o One for Israel, “Alguns cristãos supõem erroneamente que o povo judeu de alguma forma deixa de ser judeu quando acredita em Yeshua, mas crer no Messias é a coisa mais judaica que poderíamos fazer”.

Outros dados da pesquisa mostram que 68% dos judeus messiânicos sentem uma identificação congregacional completa ou significativa com o povo judeu. Ao mesmo tempo, 63% identificam-se completa ou significativamente com a igreja evangélica, mostrando uma sobreposição de identificação com ambas as comunidades.

Evangelismo e perseguição no século XXI

Essa identificação, via de regra, é um problema para os messiânicos, que são constantemente lembrados que o povo judeu foi perseguido por cristãos ao longo da história da igreja. Os argumentos mais recorrentes são os massacres da Inquisição Espanhola, os pogroms da Europa Oriental e, obviamente as Cruzadas.

Contudo, há uma percepção crescente de que os evangélicos são atualmente os melhores amigos de Israel. Fato esse reconhecido inclusive pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Outro elemento a ser considerado é que 80% dos judeus messiânicos vivendo em Israel relataram histórias de algum tipo de perseguição, seja marginalização social, discriminação no local de trabalho, passando por intimidação e ameaças. Alguns viram cartazes com seus nomes e fotos exibidos em sua vizinhança, alertando o público que eles são “perigosos” e devem ser evitados. Há os que sofreram agressões físicas.

Existem grupos “antimissionários”, preocupados com o anúncio de que Jesus seria o Messias. Uma revista chamada Searching [Buscando], voltada para os judeus que “se perderam”, é enviada diretamente para os endereços pessoais dos messiânicos.

O One for Israel, em resposta, começou a publicar uma revista chamada Finding [Encontrando], onde oferece respostas a cada uma dessas críticas e objeções. Também produz vídeos mostrando o testemunho de judeus que encontraram a Jesus.

“Há pouco mais de sete milhões de judeus em Israel, mas nossos vídeos em hebraico foram vistos mais de quatorze milhões de vezes!”, comemora a missão.

O ministério identificou também que, em média, 22.000 israelenses procuram todos os meses por “Yeshua” ou “Messias” em hebraico, mostrando uma curiosidade contínua pelo tema. Com informações One for Israel

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Guerra do fim do mundo: alinhamento astral de conflito com Irã

Israel não pode se permitir aumento da influência de iranianos na Síria, Irã não pode engolir a seco mais pancadas e Trump não pode prorrogar acordo

De modo geral, tudo o que pode piorar no Oriente Médio, piora. E raramente o alinhamento de atores esteve tão perto de piorar tanto quanto agora. Os principais atores, que são as grandes potências regionais e as mundiais, estão dançando na beira do precipício.

A alternativa é igualmente estonteante: e se todos os prognósticos forem desmentidos e Donald Trump tirar de seu saco de mágicas um grande acordo de paz para a região? Um rápido resumo dos acontecimentos dá uma medida do grande e arriscado jogo que se desdobra no momento: Israel não vai aceitar que o Irã continue a expandir bases secretas de mísseis em território sírio. Israel, no caso, não é o governo de Benjamin Netanyahu, mas todos os principais
componentes do establishment político, militar e de inteligência.

Consolidou-se nessas diferentes e mutuamente belicosas esferas o consenso de que, com a “estabilização” na guerra civil da Síria, o regime iraniano tem que ser contido em seus planos de passar a usar o território que, na prática, reconquistou. O bombardeio de 28 de abril com mísseis projetados para detonar bunkers subterrâneos foi a mais grave escalada de um conflito que vem passado do estágio crônico para o agudo.

O alvo: bases secretas em Hama e Alepo, nas quais o Irã tinha aplicado o mesmo sistema instalado em seu território de enorme infraestrutura construída debaixo da terra para proteger mísseis a serem eventualmente dirigidos contra Israel ou outros inimigos.

Os mísseis israelenses, do tipo que penetra em estruturas de concreto, têm tamanha carga explosiva que provocaram um terremoto de 2,6 graus na escala mais usada. Segundo a avaliação israelense, que pode ou não ser exagerada, foram destruídos 200 mísseis iranianos.

2. O Irã sequer cogita de abrir mão da posição de força que conquistou com a consolidação do regime sírio. Ao contrário, trama a vingança pelas humilhações que vem sofrendo com os ataques israelenses.

Hoje, o país comanda diretamente cerca de 60 mil combatentes na Síria, entre suas próprias forças de elite e as milícias formadas por xiitas arrebatados em países como Paquistão e Afeganistão, onde sofrem perseguições por parte da maioria sunita, além do Iraque.

Tem também a palavra final sobre os combatentes do Hezbollah, vindos do Líbano, e, claro, umbocado de influência, para usar uma palavra elegante, sobre o Exército regular da Síria.

A série de vitórias eleitorais do Hezbolah no Líbano acrescenta um elemento ao expansionismo xiita e ao alinhamento astral que empurra para a guerra.

No comando de tudo está o general Qasem Soleimani, o mitológico líder da Força Quds – o nome de Jerusalém em árabe -, a tropa de elite da Guarda Revolucionária especializada em operações no exterior, abertas ou clandestinas, de forma direta ou através do Hezbollah, das milícias iraquianas ou de combatentes tribais no Afeganistão.

Soleimani é completamente sintonizado com o líder religioso supremo, o aiatolá Ali Khamenei, o que não impede conflitos com outras forças internas do regime.
Chamado obsequiosamente na imprensa americana antitrumpista de “leão no inverno” e outros adjetivos sicofantas, é classificado pela oposição iraniana de “nosso maior inimigo”. Ou de maior terrorista do mundo.

Tudo o que Soleimani faz é estrategicamente pensado como num jogo de xadrez contra Israel.

Muitos indícios apontam para uma possível aceleração desse momento, embora o regime iraniano pense num prazo de algumas décadas até o que imagina ser a eliminação de Israel.

Como ninguém tem controle em situações muito menos complicadas, vários sinais de alerta estão sendo acionados por gente que normalmente tem por obrigação não jogar palavras ao vento. “Nunca vi um mês de maio tão perigoso desde maio de 1967”, disse recentemente o general da reserva Amos Yadiln, referindo-se às circunstâncias que antecederam a Guerra dos Seis Dias.

Yadlin chefiou a inteligência militar do Exército israelense e comandou a operação de destruição do reator nuclear usado pelo regime de Saddam Hussein para um programa bélico secreto, em 1981.

Na reserva, entre para o antigo Partido Trabalhista, hoje chamado Campo Sionista. É, portanto,da esquerda que abomina Netanyahu.

3. Humilhação é uma palavra tão perigosa quando o mais letal dos mísseis, especialmentepara um país como o Irã, que se considera superior a todos os árabes e, ao mesmo tempoameaçado, por ser duplamente minoritário, como persa e xiita.

A fulminante operação do Mossad, que invadiu o depósito em Teerã onde ficavam guardadosos segredos nucleares mais recônditos do país, colocou um sapo gigantesco na água de beber dos mais importantes figurões do regime.

Outra humilhação, com potencial infinitamente mais venenoso, é o acordo nuclear que DonaldTrump pretende rejeitar, modificar ou renegociar.

O acordo favorece o Irã em praticamente tudo, especialmente na suspensão das sanções
econômicas.

4. A política interna americana, em estado de exacerbação acelerada desde a eleição deTrump, é o fator mais importante para definir o futuro do acordo com o Irã.
A guerra de foice no escuro era até agora travada nos bastidores. Algumas informações sobre ela estão aparecendo e ninguém fica bem na foto.

John Kerry, o último secretário de Estado do governo Obama, fez uma operação controlada devazamento preventivo sobre seus encontros secretos para “salvar” o acordo.

Atenção: Kerry não ocupa nenhuma posição oficial, embora seja o representante informal de todo o establishment antitrumpista. Mesmo assim, encontrou-se não apenas com o presidente francês Emmanuel Macron e o alemão, Frank-Walter Steinmeir.

Kerry reuniu-se à sorrelfa com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif. Atenção: com acordo e tudo, o regime iraniano continuou a promover manifestações sob o lema “Morte à América”.

Imaginem o que aconteceria se um ex-senador republicano se encontrasse com um membro do governo do Irã durante o governo Obama. No caso de Kerry, existe um agravante pessoal. A filha dele, Vanessa, é casada com um colega médico de família iraniana. A “diplomacia secreta” – clandestina seria o adjetivo mais
apropriado – reavivou todas as teorias conspiracionistas sobre conexões ilegítimas de Kerry com o Irã.

Para contrabalançar o estrago da revelação, foi feito outro vazamento bomba: o governo Trumpcontratou uma agência privada de inteligência de Israel (aquela que todo mundo sabe quem é,mas tem medo de dizer o nome) para levantar dossiês comprometedores sobre doisintegrantes do governo Obama, Ben Rhodes e Colin Kahl.

A ideia seria desacreditar o acordo com o Irã, no qual ambos tiveram participação importante -Rhodes é o mais conhecido, depois de se jactar, com razão, como plantou entre jornalistas complacentes a versão que o governo Obama queria moldar sobre o acordo com o Irã.

É difícil estabelecer qual a revelação mais escandalosa, mas a segunda acaba pesando mais,se confirmada, por envolver integrantes do governo.

5. Atacado em vários flancos, especialmente nos que abriu voluntariamente, como o acordo deconfidencialidade feito (e pago) com uma atriz pornô durante a campanha presidencial e agora a história dos espiões estrangeiros contratados para fazer serviço sujo, Trump pode fazer uma surpresinha.

Todos os seus movimentos em relação a Israel e ao Oriente Médio em geral indicam que está perto de tentar o que nenhum presidente americano antes dele conseguiu: um acordo de paz factível.

Muitas condições são favoráveis. Egito e Arábia Saudita, os dois países árabes mais importantes, estão alinhados com os Estados Unidos (e contra o Irã) de maneira que nunca aconteceu antes.

Os palestinos, divididos em facções fratricidas, podem estar perto de se dar conta que é melhor
ter um país longe do ideal do que nenhum país.

E Netanyahu pode se ver na posição de vender à direita contrária a qualquer concessão a ideia de que o pior dos mundos é aquele em que Israel tem a animosidade dos Estados Unidos.

Em lugar da guerra do fim do mundo, prevista em tantas profecias bíblicas, existiria apossiblidade de acontecer a paz trumpiana?

Em lugar das grandes tribulações proféticas, Netanyahu e Suleimani, o lobo e o lobo, enfrentariam os aborrecimentos menores dos líderes que quebram o padrão e ousam ir contra a corrente? Com informações Veja online

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Conflito na Síria já evoluiu para uma “miniguerra mundial”

São pelo menos 13 países envolvidos em 7 anos de confrontos

Conflito na SíriaConflito na Síria

Já são mais de sete anos de conflito na Síria, com um saldo superior a 400 mil mortos, segundo a ONU. Desde que teve início, o embate de forças já foi chamado de “primavera árabe”, “guerra civil”, “guerra contra o Estado Islâmico” e agora especialistas apontam que se trata de uma “miniguerra mundial”.

O fato é que 19 países participaram direta ou indiretamente nas batalhas que ainda causam muita confusão no Ocidente sobre quais as reais motivações e consequências, quando ela chegar ao fim.

No início, dizia-se que era um conflito interno, opondo as forças do presidente Bashar al-Assad, considerado um ditador por parte de seu povo, e as forças “rebeldes”, que visavam uma mudança no país marcado por grandes índices de desemprego e grande pobreza.

Desde seus primórdios, em 2011, 13 lançaram ataques diretos, enquanto outros seis ofereceram apoio bélico.

Entendo quem são eles e como é sua atuação:

Rússia

Desde os tempos da União Soviética Moscou apoia a Síria, tendo interesse na saída para o mar do país, que poderia facilitar o escoamento da produção de petróleo.

Sabe-se que o governo de Vladimir Putin é o principal apoio do governo sírio, enviando armas e soldados para lá. O argumento sempre foi que combatiam as forças rebeldes, sobretudo as do Estado Islâmico, que dominava mais de um terço do território sírio até o ano passado.

Desde setembro de 2015 a Rússia aumentou sua participação no conflito, fazendo seguidos ataques aéreos e bombardeios, o que deu sobrevida a Assad.

O problema é que, segundo uma comissão de inquérito da ONU, em meios aos ataques russos, morreu um grande número de civis.

Estados Unidos

Sob o governo do ex-presidente Barack Obama, os Estados Unidos faziam um discurso aberto sobre derrubar Assad e ajudar grupos islâmicos que chamava de “moderados”. Após o ataque químico de 2013, Washington prometeu um bombardeio em retaliação, mas nada fez.

Estima-se que, desde 2014, os EUA lideraram uma coalizão de países ocidentais e aliados regionais, em mais de 11 mil ataques aéreos em solo sírio.

Quando assumiu o poder, em 2017, o presidente Donald Trump afirmou que iria rever a participação dos americanos na guerra. No início deste mês chegou a prometer a retirada de suas tropas, por entender que o papel dos EUA estava “cumprido” após o fim do domínio do Estado Islâmico.

O ataque em conjunto com o Reino Unido e a França na semana passada mostram que a situação não tem prazo para mudar.

Reino Unido

Parte da coalizão de países que se opõe a Assad, desde 2015, os aviões de guerra britânicos concentravam seus bombardeios às posições do Estado Islâmico, incluindo os poços de petróleo sob o controle do grupo extremista.

Desde que surgiram novas acusações de ataque com armas químicas, o gabinete de Theresa May avisou que esse tipo de situação “não poderia ficar impune”.

França

A França tem ligações históricas com a Síria e um interesse no resultado da guerra civil desde seu início, sempre se opondo à continuidade do presidente Bashar al-Assad no poder.

Desde 2013 os franceses vêm dando armas e apoiando militarmente os rebeldes. Logo que assumiu o poder, o presidente Emmanuel Macron vem defendendo repetidamente uma intervenção para derrubar Assad definitivamente.

Canadá

Nos primeiros anos do conflito, o Canadá fez parte da coalizão liderada pelos EUA que enfrentou o Estado Islâmico no Iraque e também na Síria. Quando primeiro-ministro Justin Trudeau assumiu, em 2016, retirou seus soldados do terreno, mas continuou apoiando publicamente a coalizão.

Austrália

Assim como o Canadá, a Austrália fez parte da coalizão que bombardeou o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Quando um desses ataques resultou na morte de quase 90 soldados sírios, confundidos com as milícias do EI, o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, pediu desculpas pelo erro.

Holanda

Entre 2014, a Holanda aceitou participar da campanha militar contra o Estado Islâmico. O país realizou centenas de ataques aéreos com aviões F-16 contra as bases do EI. Desde 2016 decidiu intensificar sua participação, enviando mais soldados para a Síria.

Irã

O Irã é a maior nação xiita do mundo e tem interesse estratégico na Síria. Seu temor era que o país caísse sob o domínio da Arábia Saudita, que é sunita, que está aliada com os Estados Unidos.

Sua contribuição tem sido fundamental para o governo de Assad, com Teerã enviando tropas em solo e investindo bilhões em assistência técnica e financeira. Além disso, subsidia a participação do Hezbollah, grupo extremista libanês, no conflito.

Existem várias bases militares iranianas na Síria, que Israel vem denunciando como parte de um plano de dominação territorial.

Turquia

Não se sabe ao certo de que lado a Turquia está. O governo de Ancara sempre manteve o discurso de apoio à coalizão liderada pelos Estados Unidos, mas há registros de negociações para compra de petróleo quando o Estado Islâmico tinha dezenas de poços sob seu controle.

Desde o final do ano passado, o presidente Erdogan tem concentrado sua intervenção no norte da Síria, onde luta contra os curdos, a quem chama de “terroristas”.

Arábia Saudita

Os sauditas já enviaram, desde 2011, uma grande quantidade de armas para grupos rebeldes na Síria, fornecendo-lhes também inteligência e apoio estratégicos.

Participaram de vários ataques aéreos em estreita colaboração com os EUA. Também lutam veementemente para impedir o aumento da influência do Irã na região.

Israel

Ao longo desta guerra, aviões de guerra israelenses entraram no território sírio para bombardear alvos estratégicos que considera um perigo para sua segurança.

Embora tecnicamente neutro, Israel protege sua fronteira norte, opondo-se à influência do Irã e do Hezbollah, seus inimigos declarados.

Recentemente, Israel lançou um ataque aéreo “em grande escala” contra 12 alvos militares, onde afirma que destruiu metade das defesas aéreas sírias.

Bahrein e Jordânia

Bahrein e Jordânia são outros países do Oriente Médio que já realizaram ataques na Síria.

A Jordânia participou da coalizão liderada pelos EUA quando o EI ameaçou abertamente derrubar o rei Abdullah. Além de disparar foguetes contra o território jordaniano, os jihadistas conseguiram derrubar um avião militar, em 2014. O minúsculo Bahrein juntou-se aos ataques contra o EI na Síria em 2015.

Há registros de outras nações envolvidos de forma menos direta no conflito. A Alemanha enviou 1,2 mil soldados para a Síria, seu maior contingente militar em todo o mundo.

A Noruega participa oficialmente da coalizão liderada pelos EUA, apoiando os rebeldes que se antagonizam a Assad. A Líbia, após a queda de Muammar al-Gaddafi, enviou tropas e armas em apoio às forças rebeldes por um curto período de tempo.

A situação do Iraque era muito semelhante à da Síria quando tinha parte de seu território dominado pelo Estado Islâmico. Recentemente, abriu seu espaço aéreo para a passagem de aviões iranianos em apoio a Assad. Com informações BBC e Washington Post