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Quase 40% dos católicos avaliam deixar a igreja após casos de abuso sexual

Padre com crianças
Padre com crianças

Mais de um terço dos católicos moradores dos Estados Unidos (37%) consideram abandonar a igreja após a série de escândalos de abusos sexuais relatados por padres, de acordo com um estudo feito pelo instituto de pesquisa norte-americano Gallup.

O resultado atual é 15 pontos percentuais superior ao registrado em 2002, quando as notícias do abuso levavam 22% dos fiéis a questionar a permanência na igreja.

A pesquisa surge após a condenação do cardeal australiano George Pell, que chegou a ser o terceiro mais importante da hierarquia do Vaticano. Ele foi condenado na última terça-feira (12) a seis anos de prisão por cinco crimes de abuso sexual contra dois menores, cometidos há mais de 20 anos.

O analista do instituto de pesquisa, Jeffrey M. Jones, afirma que a condenação do cardeal tem afetado mais os sentimentos dos católicos norte-americanos do que a descoberta do jornal The Boston Globe, que revelou, em 2002, o abuso generalizado de integrantes da igreja católica na região de Massachusetts. O caso é tema central do filme Spotlight: Segredos Reveladosvencedor do Oscar de Melhor Filme em 2016.

O levantamento aponta ainda que os católicos menos assíduos eram os mais propensos a reconsiderar sua afiliação à igreja (46%). Dos católicos que comparecem mensalmente às missas, 37% afirmam que questionaram se deveriam seguir na doutrina.

No geral, 62% dos católicos pesquisados em 2019 disseram que não questionaram seu compromisso. Na avaliação de Jones, deve ser notado que só porque alguém questiona se deve permanecer na igreja não significa que ela decidirá abandoná-la.

“Muitos católicos podem considerar deixar a igreja, mas acabam decidindo não fazer isso. Eles também podem não ter intenção de ir embora, mas simplesmente responder a essa pergunta como uma forma de expressar sua frustração com o modo como a igreja lidou com o problema”, avalia Jones.

A pesquisa aponta ainda que mais de 40% dos católicos norte-americanos entrevistados disseram ter “muita fé” no Papa Francisco e nos padres de sua igreja. Ao mesmo tempo, apenas 20% disseram ter a mesma quantidade de fé em bispos dos EUA e outros líderes católicos nos EUA e padres católicos no país.

O estudo da Gallup foi realizado a partir de entrevistas com 581 católicos norte-americanos entre os dias 21 e 27 de janeiro e 12 a 28 de fevereiro, época em que o papa convocou líderes de igrejas de todo o mundo para uma cúpula de quatro dias sobre abuso sexual.

Fonte: R7

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A hipocrisia da extrema imprensa

Aplaudiram homem nu tocado por criança, mas fazem cara de nojo por tuíte presidencial

 

  – Gospel Prime
Tuíte de Jair Bolsonaro

Tuíte de Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O Brasil que eu quero não é o Brasil do vídeo que o presidente compartilhou. Há problema um chefe de estado publicar algo tão escatológico e obsceno? A meu ver, sim. No entanto, há um problema infinitamente maior neste episódio do tuíte presidencial: o conteúdo e o contexto do vídeo.

Não vamos generalizar, mas o que muitos blocos de carnaval podem nos oferecer é isso e algo mais. Violência nos trios elétricos em Salvador, briga generalizada que antecipa o fim do show de uma cantora de funk no Centro do RJ, além deste espetáculo dantesco proporcionado por dois homossexuais em SP.

Quero dar um recado à grande mídia, liderada pela TV Globo: deixem de ser hipócritas!

Outro recado importante: as últimas eleições provaram que não estamos mais reféns da grande mídia. Vocês não ditam mais as regras do jogo e as redes sociais continuarão a todo vapor. Acostumem-se com este dado da realidade!

Vocês estão completamente descredibilizados. Precisamos recordar o fato de que vocês aplaudiram o homem nu que – “em nome da arte” – foi tocado por uma criança. Vocês silenciaram com a peça “Macaquinhos”, onde homens e mulheres introduzem o dedo no ânus uns dos outros, e isso porque a crítica em torno disso possuía um viés progressista, que é a categoria epistemológica majoritária entre os profissionais da comunicação pertencentes à grande mídia nacional.

Vocês mesmos são aqueles que difundem com normalidade relativizações morais como, por exemplo, a de um cantor famoso aos 40 anos fazer sexo com uma criança de 13 anos ser considerada absolutamente normal e socialmente aceitável, só porque “depois ele se casou com ela”.

O deus de vocês é o deus da libertinagem, coisa que vocês propagam a torto e direito e sempre usam como subterfúgio o argumento de que é em nome da arte.

Vão dizer que as crianças que estavam passando naquela rua no momento do acontecido podiam assistir àquela aberração pornográfica da pior e mais nojenta estirpe?

Desde quando vocês da grande mídia estão preocupados com as crianças ou com a moralidade brasileira? Desde quando pensam na imagem do país para o mundo? O nome disso é mau caratismo e incoerência pessoal deliberada.

Enquanto a ala progressista da sociedade cai em cima do presidente – dando um show de hipocrisia –, eu quero cair em cima da ala progressista da sociedade, pois o assunto “moralidade” nunca foi do interesse de vocês.

Portanto, deixem de ser cínicos e parem de coar um mosquito enquanto engolem camelos e mais camelos.

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Papa diz que pedofilia na Igreja Católica se compara a sacrifício de humanos

Papa Francisco na abertura da cúpula histórica, no Vaticano, sobre abusos sexuais na Igreja CatólicaPapa Francisco na abertura da cúpula histórica, no Vaticano, sobre abusos sexuais na Igreja Católica

(Cidade do Vaticano – AFP) – O papa Francisco comparou neste domingo a “praga” dos abusos sexuais de menores de idade com as práticas religiosas do passado de oferecer seres humanos em sacrifício, em seu discurso de encerramento na reunião sobre a pedofilia celebrada no Vaticano.

“Me traz à mente a cruel prática religiosa, difundida no passado em algumas culturas, de oferecer seres humanos -frequentemente crianças – como sacrifício nos rituais pagãos”

Segundo o papa, a Igreja se compromete a combater este fenômeno com “a máxima seriedade”.

“Gostaria de reafirmar com clareza: se na Igreja for descoberto um só caso de abuso – que em si mesmo já representa uma monstruosidade -, este caso será enfrentado com a máxima seriedade”, completou em um longo discurso para os líderes das 114 conferências episcopais de todo o mundo, secretários de congregações, bispos e cardeais reunidos na Sala Regia do Vaticano.

O pontífice disse que o abusador “é um instrumento de satanás”, antes de recordar que a Igreja está diante de uma manifestação do mal “descarada, destrutiva e agressiva”.

Em seu discurso, Francisco citou as estatísticas a nível mundial e garantiu que a Igreja se compromete a aplicar as estratégias das organizações internacionais, incluindo a ONU e a Organização Mundial da Saúde, para erradicar a pedofilia.

“Não se pode, portanto, compreender o fenômeno dos abusos sexuais contra menores sem levar em consideração o poder, o quanto estes abusos são sempre a consequência do abuso de poder, aproveitando uma posição de inferioridade do indefeso abusado”, afirmou.

“O abuso de poder está presente em outras formas de abuso dos quais são vítimas quase 85 milhões de crianças, esquecidas por todos: os meninos soldados, os menores prostituídos, as crianças desnutridas, as crianças sequestradas e frequentemente vítimas do monstruoso comércio de órgãos humanos, ou também transformados em escravos, as crianças vítimas da guerra, os menores refugiados, as crianças abortadas e assim sucessivamente”, disse o pontífice.

“Diante de tanta crueldade, diante de todo este sacrifício idolátrico de crianças ao deus do poder, do dinheiro, do orgulho, da soberba, não bastam meras explicações empíricas, estas não são capazes de nos fazer compreender a amplitude e a profundidade do drama”, admitiu.

Fonte: AFP via UOL