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Arqueólogos escavam a antiga Siló: “A Bíblia não é mitologia”

“Estamos lidando com pessoas reais, lugares reais, eventos reais”, afirma doutor, mostrando os achados.

Scott StriplingScott Stripling, líder das escavações em Siló. (Foto: CBN)

Geograficamente no coração do Israel bíblico, Siló – que hoje é um sítio arqueológico – foi a capital do país durante cerca de 300 anos. O motivo de sua importância para a história do país é que este é o lugar onde Josué distribuiu a Terra Prometida para as 12 tribos de Israel. E onde o Tabernáculo permaneceu, fazendo com seja considerada “solo sagrado”.

O Dr. Scott Stripling, arqueólogo que lidera as escavações arqueológicas em Siló, explica que: “Esta foi a primeira capital do antigo Israel. É um local sagrado porque o Mishkan [Tabernáculo] estava aqui, para onde as pessoas vinham esperando se conectar com Deus”.

“Estamos lidando com pessoas reais, lugares reais, eventos reais”, continuou ele. “Os relatos [bíblicos] não são mitologia. As moedas que escavamos hoje são de Herodes, o Grande; Pôncio Pilatos; Thestos; Félix; Agripa I e Agripa II. A Bíblia fala sobre essas pessoas. Nós temos a imagem bem aqui”.

Escavações em SilóEscavações em Siló. (Foto: CBN)

Essa “imagem” que ele se refere inclui um muro fortificado construído pelos cananeus. A equipe de arqueólogos encontrou um verdadeiro tesouro de artefatos ali, que inclui moedas antigas e cerca de 2.000 peças de cerâmica.

“Agora, este foi de ontem”, disse ele. “Essas são as alças dos vasos de pedra. Lembra do primeiro milagre de Jesus em Caná? Havia jarros de pedra cheios de água. Essa era a cultura ritual da pureza do primeiro século”.

Mesmo um arqueólogo como Dr. Stripling acredita que escavar locais bíblicos pode mudar sua vida. “Você pode ler a Bíblia, você pode andar pelos lugares da Bíblia, mas o último passo é cavar a Bíblia”, compara. “A areia está em nosso corpo, nossa boca e nariz… Ela se torna quase uma parte de você. É como se ao cavamos o solo, nos conectamos com Deus e uns com os outros, penso eu, de uma maneira muito importante.”.

Voluntários nas escavações em SilóVoluntários nas escavações em Siló. (Foto: CBN)

Abigail Leavitt, aluna da Universidade de Pikeville (EUA), é uma voluntária que trabalha na escavação como “registradora de objetos”. Ela testemunha: “Eu leio a Bíblia de uma forma totalmente diferente que fazia antes de vir para cá. Agora que conheço os lugares, sei o que está acontecendo. Eu entendo mais profundamente a Bíblia, especialmente os relatos sobre locais que os arqueólogos antigamente afirmavam que a arqueologia refuta. Mas quando cavamos aqui, descobrimos que tudo combina. Você lê na Bíblia, cava na terra e está tudo ali”.

Conforme lembra o Dr. Stripling, as descobertas mais recentes mudaram a compreensão histórica sobre vários relatos bíblicos que foram defendidas por muitos anos. “A arqueologia não se propõe a provar ou refutar a Bíblia. O que queremos é iluminar o texto bíblico, dar o pano de fundo do texto, para exibir a cultura do mundo real, no que chamamos de verossimilhança”, destaca.

Encerrou dizendo que, em última análise, “se a Bíblia é verdadeira, então o Deus da Bíblia tem uma reivindicação moral em nossas vidas. Quando estabelecemos a veracidade do texto bíblico – espero que todos pensem nisso – vemos que Deus nos ama e tem uma reivindicação moral em nossas vidas”. Com informações CBN

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“Terremotos são um alerta de Deus”, diz rabino-chefe de Jerusalém

Shlomo Amar afirma que “o povo judeu precisa acordar e voltar para Deus”

Shlomo AmarShlomo Amar, rabino-chefe de Jerusalém.

Uma onda de terremotos de baixa intensidade atingiu Israel nas últimas duas semanas. Além das conhecidas explicações científicas para o fenômeno, o rabino-chefe de Jerusalém acredita que há um aspecto espiritual.

Shlomo Amar, de 70 anos, líder maior dos sefarditas, assegura que esses terremotos mostram que o povo judeu precisa “acordar” e voltar para Deus. No seu entendimento, são mensagens claras para “para que o povo de Israel acorde”.

“Recentemente houve terremotos [em Israel]. Isso é Deus nos sacudindo, nos sacudindo para acordarmos”, disse o rabino ao jornal Arutz Sheva. “Como Ele vê que não estamos acordando, então Ele nos sacode e nos chama para despertarmos do sono profundo!”.

O líder religioso citou o profeta Jeremias: “Por que estamos esperando para acordar e retornar para Deus? Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o Senhor [Lamentações 3:40]”. Com informações do Gospel Prime-

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Israel reforça bloqueio da Faixa de Gaza devido a pipas incendiárias

Israel reforça bloqueio da Faixa de Gaza devido a pipas incendiárias

Militantes palestinos preparam em Gaza artefato incendiário para lançá-lo por cima do muro de separação com Israel, em 20 de abril de 2018 – AFP
AFP

Israel reforçou nesta terça-feira (17) o bloqueio da Faixa de Gaza em represália às pipas incendiárias lançadas nos últimos meses a partir desse território palestinos, que já causou importantes danos ao setor agrícola.

Três dias depois do pior confronto armado entre Israel e o movimento islamita Hamas desde a guerra de 2014, o Ministério da Defesa suspendeu as entregas de óleo combustível através de Kerem Shalom, o único ponto de passagem de mercadorias entre Israel e o território palestino.

Na semana passada, Israel anunciou o fechamento imediato desta passagem, o que o Hamas denunciou como um “crime contra a humanidade”.

Há mais de dez anos, a Faixa de Gaza, limitada por Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, está submetida a um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo imposto por Israel.

O endurecimento deste bloqueio intensifica a pressão contra o Hamas e deteriora ainda mais a já muito precária situação humanitária do território palestinos, onde 80% dos dois milhões de habitantes dependem das ajudas, segundo o Banco Mundial (BM).

Rafah, a outra passagem de mercadorias entre Gaza e Egito, também foi fechada nesta terça, constatou um jornalista da AFP, sem que uma confirmação oficial fosse dada.

Essa passagem é fechada quase de forma permanente há vários anos.

– Terroristas incendiários –

Há mais de uma semana, Israel intensificou sua resposta às pipas com balões incendiários lançados de Gaza, e que já arrasaram mais de 2.600 hectares de terras israelenses.

Depois das pedras, a versão incendiária das pipas se tornou símbolo da mobilização palestina e coloca pressão sobre os dirigentes palestinos que não conseguem conter os danos causados por esses artefatos caseiros.

As pipas incendiárias começaram a ser usadas desde 30 de março, durante os protestos dos habitantes de Gaza na fronteira com Israel contra o bloqueio e para reclamar a volta dos refugiados palestinos expulsos de suas terras em 1948, depois da criação do Estado de Israel.

Desde o início das manifestações, o Exército israelense matou ao menos 144 palestinos. Não houve baixas do lado militar israelense.

Em visita na segunda-feira às localidades vizinhas da Faixa de Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recordou que seu país considera essas pipas incendiárias uma violação ao cessar-fogo acertado com o Hamas.

“Se não entendem as palavras, a mensagem será enviada pelas ações do Exército”, alertou.

Seu ministro da Educação, Naftali Bennett, afirmou nesta terça que é necessário “matar os terroristas incendiários e apagar essa onda de terrorismo”.

Na segunda, o Exército israelense atacou duas posições do Hamas de onde, segundo os militares, foram lançadas as pipas com balões incendiários.

“A ocupação israelense exagerou os danos causados pelas pipas e balões para justificar seus ataques contra Gaza”, afirmou Sami Abu Zohri, um porta-voz do Hamas.

“A ocupação israelense brinca com fogo, se seus aviões de guerra tomarem como alvo os lançadores de pipas”, advertiu.