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A jornada de Enoque: lugares visitados pelo profeta no céu e na terra

 

Enoque descobriu lugares secretos da mitologia do mundo antigo, lugares terrestres e celestes, como o Abismo, moradas de anjos caídos e Sheol(submundo judeu).

A jornada de Enoque lugares visitados pelo profeta

A história de Enoque diz que o profeta viajou com anjos para descobrir lugares misteriosos e ocultos na Terra e no Céu, como Sheol, além do Abismo, montanhas sagradas gigantes, moradas de anjos e anjos caídos, portas do céu e dez céus ou dimensões celestiais.

E quando Enoque viu isso, ficou com a alma amargurada e chorou por seus irmãos; e disse aos céus: Recusar-me-ei a ser consolado; mas o Senhor disse a Enoque: Anima-te e alegra-te; e olha.”

(Gênesis)

Existem muitos livros que foram banidos da bíblia por serem considerados apócrifos (incultos ou não inspirados por Deus).

Em sua considerável maioria eram justamente os mais reveladores, trazendo importantes informações sobre uma série de acontecimentos ligados aos contatos das divindades com o homem.

A jornada de Enoque para os céus foi liderada pelo arcanjo Uriel e começou com um tipo de nave espacial.

O profeta foi em uma especie de carro alegórico que emitia fogo e raios. Os Céus são descritos como um lugar inóspito e assustador, cheio de fogo e gelo.

A jornada de Enoque lugares visitados pelo profeta

Lá, ele encontrou estruturas ou templos feitos de fogo, gelo, estrelas cadentes e raios. Enoque também visita alguns portais dos quais surgem; chuva e neve, e no capítulo 33: 3-4 são notados os portões do céu e as estrelas que saem deles.

O Segundo Livro de Enoque é um texto pseudoepígrafo do século I a. C., falsamente atribuído ao profeta, mas baseado em tradições judaicas relacionadas a ele.

Neste livro, ele expande a jornada de Enoque para os dez céus:

O Primeiro Céu está acima do céu, onde os anjos controlam fenômenos atmosféricos, como chuva e neve.

No Segundo Céu, há uma “escuridão” onde os anjos rebeldes são torturados.

O Terceiro Céu mostra o Jardim do Éden. Mais ao norte desse céu, há um inferno onde os injustos e aqueles que viviam em pecado são torturados.

Enoque sobe ao Quarto Céu, onde observa o movimento do Sol e da Lua.

A jornada de Enoque lugares visitados pelo profeta

O Quinto Céu mostra muitos Grigori, alguns Vigias ou Anjos Caídos.No Sexto céu, Enoque encontra alguns arcanjos. Entre eles estão sete Phoenixes, sete querubins e sete seres com seis asas.

No Sétimo Céu; outro lugar cheio de anjos, Enoque consegue contemplar, à distância, o próprio Deus Javé sentado em seu trono, iluminado de uma maneira surpreendente e sobrenatural.

No Oitavo Céu vive Muzalot, que move o zodíaco e as constelações.

O nono céu é o mero firmamento superior, onde está o zodíaco estelar.

E no décimo céu está o trono do Senhor. Ali Enoque foi transformado em arcanjo (em Metatron, de acordo com as tradições judaicas).

O Abismo, o Sheol e outros lugares misteriosos da Terra

A jornada de Enoque lugares visitados pelo profeta

No capítulo 20 do Livro de Enoque (Livro I), Enoque observa o Abismo, um “poço escuro” cheio de fogo celestial. Uriel explica que é o lugar onde os Anjos Caídos serão presos. No lado oeste de uma grande montanha há um lugar onde as almas dos mortos se reúnem , esperando o Dia do Julgamento. É o Sheol, o submundo da mitologia judaica, onde humanos justos e injustos aguardam.Nos capítulos 24-25, a visita a outro local terrestre é narrada com uma colossal montanha de fogo e outras montanhas feitas de pedras preciosas. O maior deles é o trono onde Deus Yahweh se sentaria quando visitar a Terra no futuro.

Nesse trono está a Árvore da Vida do Paraíso.

Esotericamente, Enoque cita o período final da Atlântida, antes de seu afundamento devido à sua extrema corrupção. Os grandes Iniciados atlantes começaram a se degenerar (anjos unindo-se a mulheres) e isso não foi bem-visto pela Justiça Divina.

Atlantis de Platão

No capítulo 26, Enoque visita o “centro da Terra”, que tem uma corrente de água junto a uma “montanha sagrada”. A partir desse ponto de observação, localizou uma terra desolada, onde estão os que insultaram ou blasfemaram ao Senhor.

O Livro de Enoque e os outros dois atribuídos a ele (Segundo e Terceiro Livro) são leituras fascinantes de experiências extraordinárias desse profeta antigo.

De acordo com o Mestre Samael Aun Weor, o profeta Enoque foi na verdade uma das encarnações do poderoso Anjo Metraton, tão citado na Angelologia.

Posteriormente, no período áureo do Egito Antigo, esse profeta encarnou-se e se chamou Tehuti, mais conhecido entre nós como Hermes Trismegisto.

A jornada de Enoque lugares visitados pelo profeta

E entre os fenícios, foi Cadmos, o criador da escrita. Acompanhemos a seguir os dizeres de Samael sobre o Patriarca Enoque.

Talvez sim, esses lugares são reais, e apenas alguns humanos, como Enoch, foram capazes de testemunhar.

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Charles Spurgeon e o dom de profecia

Veja alguns relatos do próprio Spurgeon que atestam o dom de profecia

Do início ao fim de sua vida, o pregador inglês Charles Spurgeon (1834-1892), considerado por muitos reformados como “o príncipe dos pregadores” no século 19, esteve rodeado pelo dom de profecia. Embora Spurgeon não se declarasse continuísta e algumas vezes até tenha feito declarações sobre a restrição de alguns dons à era apostólica, fato é que na prática Spurgeon recebeu profecias, fez profecias e viveu profecias. Isso demonstra o quanto Deus é soberano na concessão dos seus preciosos dons! Se alguém duvida disso, então que leia os relatos a seguir. Na verdade, seria ingênuo dizer que Spurgeon foi cessacionista nos moldes como tomamos esta palavra hoje. A teologia cessacionista (ou cessacionismo) propriamente, que é militante e adversária do continuísmo (crença na continuidade dos dons espirituais), estava ainda sendo formulada (bebendo fortemente no racionalismo alemão) pelo famoso teólogo calvinista B.B. Warfield, considerado “o pai do cessacionismo”, que somente em 1918 é que publicaria sua obra Counterfeit Miracles (Milagres falsificados). Ou seja, 25 anos depois da morte de Spurgeon é que podemos encontrar uma teologia protestante cessacionista.

Leia os relatos abaixo e perceba o porquê de acreditarmos piamente na ocorrência do dom de profecia na vida de Charles Spurgeon.

I. Profecia na infância de Spurgeon

No capítulo V do 1° volume da Autobiografia de Spurgeon, material compilado por sua esposa e por sua secretária, o próprio Spurgeon descreve uma profecia que ele recebeu quando era uma criança, através de um amigo da família, o Sr. Knill.

Richard Knill (1787-1857), ex-missionário na Índia e na Rússia, profetizou que Charles Spurgeon, sendo ele ainda uma criança de 10 anos apenas, seria um pregador do Evangelho e um ganhador de almas e que pregaria na famosa capela de Rowland Hill na Inglaterra. Com a criança no colo, o missionário Knill disse a seus cuidadores: “Não sei como, mas tenho um solene pressentimento de que este menino pregará o Evangelho a milhares e que Deus o abençoará com muitas almas. Estou tão seguro disto, que quando meu pequeno homem pregar na capela de Rowland Hill gostaria que cantasse o hino que começa assim: ‘Deus se move de maneira misteriosa, para suas maravilhas efetuar’”.

Spurgeon reconheceu a autenticidade da profecia e a mencionou quando aos 21 anos de idade pregou na capela de Rowland Hill e cantou o hino que o velho missionário lhe tinha pedido 11 anos atrás na casa de seu avô: “Deus se move de maneira misteriosa”.

E antes que alguém suponha que esta história não tenha passado de uma lenda ou que não se trate exatamente de uma palavra de profecia, deixemos que o próprio Spurgeon diga do que se trata, conforme consta em sua Autobiografia: “A história do senhor Knill profetizando que eu deveria pregar o evangelho na Capela de Rowland Hill e nas maiores congregações do mundo, foi considera por muitos como lenda, mas era estritamente verdade (os grifos são meus)

Quem quiser descrer desta profecia, descreia. Spurgeon, porém, cria piamente nela!

II. Profecia na juventude de Spurgeon

Dois dias antes de completar 21 anos, em 17 de junho de 1855, pregando na Capela de New Park Street, em Londres, Spurgeon fez a seguinte declaração em seu sermão “O Poder do Espírito Santo” (grifos meus):

“Outra grande obra do Espírito Santo que não está cumprida ainda, é trazer a glória do último dia. Em alguns anos, não sei quando, não sei como, o Espírito Santo será derramado em uma forma mui diferente que no presente. Há diversidade de operações. E durante os últimos anos tem ocorrido das operações diversificadas consistirem muito pouco derramamento do Espírito. Os ministros seguem em sua rotina monótona, continuam pregando, pregando, pregando e pouco bem tem causado. Tenho a esperança de que talvez uma nova era tenha amanhecido sobre nós e que haverá maior derramamento do Espírito Santo agora. Porque chega a hora e pode ser justamente agora quando o Espírito Santo será derramado outra vez, de uma maneira tão maravilhosa que muitos correrão de um lado a outro e se encherá de conhecimento! (…) Meu coração se alegra e meus olhos brilham com o pensamento de que muito provavelmente viverei para ver como ele assim derramará o Espírito quando, ‘os filhos e filhas de Deus outra vez profetizarão e os jovens terão visões e os velhos sonharão sonhos’”.

Qualquer avivamento que se possa ser registrado, nas proporções e brevidade preditas por Spurgeon, será um avivamento do Espírito no final do século 19 e início do século 20. Seria o avivamento das curas, liderado pelo presbiteriano A.B. Simpson? Seria o avivamento no país de Gales em 1904, encabeçado pelo avivalista Evan Roberts? Ou seria o grande avivamento pentecostal da Rua Azusa, em Los Angeles, liderado pelo negro descendente de escravos William Seymour, cujas proporções são inimagináveis, tendo influenciado fortemente até mesmo igrejas tradicionais?

Com toda certeza, foram os avivamentos carismáticos que tiraram as igrejas de sua “rotina monótona”, que rapidamente disseminaram o conhecimento do Senhor pelo mundo (hoje já são 700 milhões de pentecostais e carismáticos no mundo, em cem anos de pentecostalismo!), e nos quais se pode ver filhos e filhas profetizando!

III. Profecias ao longo da vida adulta de Spurgeon

Spurgeon não só foi alvo de profecia em sua infância, nem apenas fez uma profecia única em sua juventude. O dom operava nele regularmente, e pelo dom de profecia, a partir dos púlpitos em que pregava, declarava coisas íntimas sobre pessoas em seu auditório. O apóstolo Paulo disse que quando a igreja usa o dom de profecia no culto, “os segredos do seu [do indouto ou infiel] coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós” (1Co 14.25).

Percebamos se não era exatamente isso o que ocorria durante as pregações de Spurgeon, conforme ele mesmo relata no volume 2 de sua Autobiografia (grifos meus):

“Houve muitos casos de conversões notáveis no Music Hall; uma especialmente era tão singular que eu muitas vezes relatava como uma prova de que Deus às vezes orienta Seus servos para dizer o que eles próprios nunca imaginavam proferir, a fim de que Ele possa abençoar o ouvinte para quem a mensagem se destina pessoalmente. Enquanto pregava no salão, em uma ocasião, deliberadamente apontei para um homem no meio da multidão, e disse: ‘Há um homem sentado ali, que é um sapateiro, ele mantém a sua loja aberta aos domingos; estava aberta no último domingo pela manhã; ele recebeu nove pence, e ganhou quatro pence de lucro. Sua alma está vendida a Satanás por quatro pence!’. Um missionário da cidade, que fazia sua caminhada, aproximou-se deste homem, vendo que ele estava lendo um dos meus sermões, e lhe perguntou: ‘Você conhece o Sr. Spurgeon?’, ‘Sim’, respondeu o homem, ‘Tenho todas as razões para conhecê-lo. Eu fui ouvi-lo; e, sob sua pregação, pela graça de Deus eu me tornei uma nova criatura em Cristo Jesus. Quer que lhe diga como isso aconteceu? Eu fui para o Music Hall, e sentei no meio do auditório; o Sr. Spurgeon olhou para mim como se me conhecesse, e em seu sermão, ele apontou para mim e disse à congregação que eu era um sapateiro, e que eu mantinha minha loja aberta aos domingos; e eu fiz isto, senhor. Eu não deveria me perturbar com aquilo; mas ele também disse que eu recebi nove pence no domingo anterior, e que tinha lucrado quatro pence. Eu de fato recebi nove pence naquele dia, e apenas quatro pence de lucro; mas como ele devia saber daquilo, eu não poderia dizer. Logo percebi que foi Deus quem tinha falado com a minha alma através dele, então eu fechei minha loja no domingo seguinte. No início, eu estava com medo de ir novamente para ouvi-lo, para que ele não dissesse às pessoas mais sobre mim; mas depois eu fui, e o Senhor se encontrou comigo, e salvou a minha alma”.

E antes que alguém insista na teimosia (ou incredulidade) e diga ter sido esse um caso isolado no ministério do pregador inglês e que não deve significar muita coisa, pergunto: quem realmente conhece a vida de Charles Spurgeon, e já tenha lido ao menos meia dúzia de livros sobre ele, que ainda não tenha ouvido falar sobre a vez em que ele apontou para um jovem no meio do salão e, não sabendo absolutamente nada daquele jovem, disse-lhe: “As luvas que você está usando não foram pagas, você as roubou de seu patrão!”, e de fato o jovem foi até ele no final do culto, trêmulo para se confessar? Este fato também está lá n Autobiografia de Spurgeon, e é recontada por muitos carismáticos sérios como Wayne Grudem e Jack Deere. Ademais, se pensam serem casos isolados, deixemos que Spurgeon mesmo ressalte:

Eu poderia falar de muitos, uma dúzia de casos semelhantes em que apontei para alguém no corredor, sem ter o menor conhecimento da pessoa, ou qualquer ideia de que o que eu disse estava certo, exceto que eu acreditava que era movido pelo Espírito para dizer isso; e tão marcante tem sido a minha descrição, que as pessoas foram embora, dizendo a seus amigos, ‘Venham ver um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; não tenho dúvida, ele deve ter sido enviado por Deus à minha alma, senão ele não poderia me descrever exatamente assim’. E não somente isso, mas eu tenho conhecido muitos casos em que os pensamentos dos homens foram revelados a partir do púlpito. Tenho visto algumas vezes pessoas cutucarem seus vizinhos com o cotovelo, porque tinham sido vividamente impactadas, e elas cochichavam entre si quando estavam saindo: ‘O pregador disse-nos exatamente o que dissemos um ao outro quando estávamos na porta’”.

Conclusão

Sim, Spurgeon não era só um expositor das Escrituras. Ele era também um profeta de Deus ao modo do Novo Testamento: falível e passível do julgamento da igreja. Mas era um profeta. Como dezenas de outros que o antecederam desde os dias da Reforma Protestante (John Knox, Samuel Rutherford, John Welch, Alexander Peden, e muitos outros) e como milhares que o sucederam após os grandes avivamentos espirituais do início do século 20. O Espírito ainda é o mesmo!

“Filhos e filhas profetizarão” (Joel 2.28)

Referências

Charles Spurgeon. The Autobriography of Charles H. Spurgeon, vol. 2 (Curts & Jennings, 1898), p. 226-227

Martin Lloyd-Jones. O comportamento cristão, exposição sobre o cap. 12 de Romanos, PES, pp. 279-283,

Samuel Storms. Dons Espirituais, pp. 104,109, Anno Domini

Wayne Grudem. O dom de profecia no Novo Testamento e hoje, Carisma, pp. 252-261

Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros: A Mensagem da cruz: o amor que nos redimiu da ira (2016), Biblifique-se: formando uma geração da Palavra (2018), Reflexões contundentes sobre Escola Bíblica Dominical (versão e-book, 2019), e Poder, poder pentecostal: reafirmando nossa doutrina e experiência, à luz das Escrituras Sagradas (lançamento previsto para final de 2019).

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Unção ou desequilíbrio espiritual?

Que Deus possa nos dar sabedoria e compreensão com discernimento espiritual.

por Leandro Bueno-via gospelprime
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Uma das características, a meu ver, mais marcantes de nossos tempos é a utilização de vários termos totalmente fora dos seus devidos contextos, apesar de repetidos à exaustão pela população, tais como fundamentalista, homofóbico, fascista, etc.

No meio cristão, isso ocorre também e um exemplo do que estou dizendo se dá com a palavra UNÇÃO. Analisando o que a Bíblia nos ensina sobre o assunto e como vemos tal termo sendo utilizado em muitas igrejas, chega a dar calafrios, tal é o nível de heresias, falta de sabedoria e maturidade especial. Vejamos algumas das situações a que me refiro.

No período do Antigo Testamento, tínhamos a época da lei, da Antiga Aliança, quando, como regra, somente reis e sacerdotes eram ungidos. Tal ato era o símbolo de uma suposta autoridade divina que recaía sobre esses indivíduos, a ponto de muitos ali não poderem ser questionados acerca de seus atos.

Interessante é que, mesmo no ambiente secular, vimos isso ocorrer ao longo da História política, quando na época do Absolutismo, tínhamos a máxima “The King can do no wrong”, ou seja, o rei, o imperador, não podiam errar, não poderiam nem ser responsabilizados por seus atos.

E hoje quem são, no meio religiosos, esses “reis” e “sacerdotes”? Eu diria que são muitos destes auto-proclamados apóstolos, pai-póstulos e que adoram ostentar esses títulos, mas não só eles, mas todo aquele cristão que, ensimesmado na sua vaidade e altivez, se coloca em um nível superior aos outros, muitas vezes querendo agir como moralistas de plantão ou de forma extremamente autoritária, dizendo o que os outros devem ou não fazer.

Ora, isso não significa dizer que não acredito que existam, sim, pessoas que tenham uma maior intimidade com Deus, por buscarem todos os dias, por terem uma vida onde a santidade é um alvo perseguido, etc. Porém, é importante nunca perder de vista o fato de que todos somos imensamente carecedores da graça de Deus e que o orgulho e a empáfia são o caminhão da perdição, da queda.

E o que seria então a unção? A unção é o próprio Espírito Santo habitando na pessoa regenerada. Com efeito, todo verdadeiro cristão é ungido por Cristo, com o Espírito de Deus. E, penso, que somente olhando, para Gálatas 5:22, temos condições de entender como esse Espírito se manifesta em nós.

Ele se manifesta por meio de seus frutos que são o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Assim, torna-se um tanto questionável, principalmente por parte de alguns que se colocam como “ungidos de Deus”, se você olhando para a vida destas pessoas, não consegue detectar nenhum destes frutos ali presentes e o cristão ele tem o dever de, em sua jornada, buscar ser coerente.

Daí, ser algo pra lá de questionáveis, para não dizer anti-bíblicos, esses modismos que vemos no Brasil do Gospel, onde temos unções ao gosto do freguês: unção do riso, unção apostólica, unção do cachorro, unção dos quatro seres viventes, unção do anjo, unção do tombo, unção da águia, unção da loucura, etc. A criatividade é o limite.

A questão é que a maioria destes modismos infelizmente são baseados em versículos isolados e totalmente fora do contexto atual, com uma teologia paupérrima, e muitas vezes servem apenas para encher templos, quando não vender produtos, como toalhinhas, terra e óleo que seriam de Israel, pedrinhas com letras em Hebraico, copos, etc.

Ou seja, é o mesmo mercantilismo no templo, tão repudiado por Jesus, que se revoltou com isso, a ponto de expulsar muitos ali por não tolerar tal prática, como lemos no final dos Evangelhos sinóticos (Marcos 11:15-19, Mateus 21:12-17 e Lucas 19:45-48) e perto do início do Evangelho de João (João 2:13-16).

Chega-se ao ponto de termos até transferência de unção, entre um crente e outro, com imposição de mãos. Pergunta-se: Em que lugar no Novo Testamento isso ocorreu? Alguém consegue conceber o apóstolo Paulo ministrando que unção e dons espirituais podem ser transferidos? Ou Jesus orientando seus discípulos desta maneira?

Concluindo, que Deus possa nos dar sabedoria e compreensão com discernimento espiritual. SOLI DEO GRATIA.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.