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Coreia do Norte tem mais medo de cristãos do que de armas nucleares, revela pastor

Pastor Kenneth Bae contou sua história na Cúpula de Genebra sobre Direitos Humanos e Democracia em 2018. (Foto: Geneva Summit)Pastor Kenneth Bae contou sua história na Cúpula de Genebra sobre Direitos Humanos e Democracia em 2018. (Foto: Geneva Summit)

Em um país onde milhares de pessoas nunca ouviram o nome de Jesus, o cristianismo é o movimento mais temido pelo governo.

Este foi um dos debates realizados sobre a Coreia do Norte no encontro ministerial para o avanço da liberdade religiosa, promovido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em Washington.

Segundo o relatório da Comissão de Inquérito da ONU de 2014, os norte-coreanos que fugiram para a China e foram repatriados deveriam responder a duas perguntas: se tiveram contato com sul-coreanos ou com missionários cristãos. Se eles respondessem “sim” a qualquer uma dessas questões, estariam sujeitos a tortura e prisão.

“Isso é emblemático do que significa ser um cristão dentro da Coreia do Norte”, disse Olivia Enos, analista de política em estudos asiáticos da Heritage Foundation, ao ler os dados do relatório. “O regime de Kim Jong-un vê a religião como potencialmente ameaçadora para sua liderança”.

Isso foi confirmado pelo pastor coreano-americano Kenneth Bae, que foi mantido como refém na Coreia do Norte entre 2012 e 2014 por ser considerado parte de uma “conspiração cristã” para derrubar o regime.

“Eles diziam: ‘Nós não temos medo de armas nucleares, temos medo que alguém como você traga a religião para o nosso país e a use contra nós; então todos se voltarão para Deus e este se tornará um país de Deus e nós cairemos’”, relatou Bae ao público do evento.

Pyongyang já foi conhecida como a “Jerusalém do Extremo Oriente” e tinha uma forte presença cristã, explicou Bae. Mas hoje, exceto pela fé dos poucos cristãos que foram forçados à clandestinidade, a maioria dos norte-coreanos nunca ouviram falar do nome de Jesus.

Em todas as centenas de refugiados que Bae conheceu, ele nunca se deparou com um fugitivo da Coreia do Norte que tenha ouvido falar de Jesus. Quando Bae começava a evangelizar os norte-coreanos, eles costumavam perguntar se Jesus morava na Coreia ou na China.

“A Coreia do Norte não é um país onde os cristãos estão sendo perseguidos; é um país onde o cristianismo foi eliminado”, alerta o pastor. “E se você é cristão, eles matam você, eles matam seus pais”.

Ideologia norte-coreana

A ideologia oficial da Coreia do Norte é chamada “Juche”, que em coreano poderia ser traduzido como “autossuficiência”. Segundo o governo norte-coreano, a ideia central do Juche baseia-se no princípio filosófico de que o homem é o mestre de tudo e tudo decide,

Quando essa filosofia foi instituída na década de 1960, o nome de Jesus Cristo foi apagado da cultura e da história do país. Bae acredita que o governo fez isso porque a Bíblia diz, em João 14, “que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém vai ao Pai senão por Ele”.

Estimativas indicam que cerca de 80.000 a 120.000 pessoas estão atualmente detidas em campos de trabalho forçado dentro da Coreia do Norte, segundo Enos. “Indivíduos podem ser enviados para esses campos de prisioneiros por coisas simples como ter lido a Bíblia, assistido a uma peça sul-coreana, escutado K-pop”, disse ela.

Não existem estimativas definitivas sobre quantas pessoas morreram nos campos políticos norte-coreanos, mas alguns acreditam que o número varia de 400.000 a milhões, segundo Enos.

Hoje Bae se empenha em enviar Bíblias em garrafas de arroz para a Coreia do Norte e ajudar os norte-coreanos a escapar, incluindo aqueles que estão presos na escravidão sexual na China. Um de seus objetivos é imprimir 1 milhão de Bíblias e colocá-las no país.

“Precisamos nos preparar quando a Coreia do Norte se abrir. Se o regime norte-coreano de repente cair, estamos temos Bíblias suficientes para que eles conheçam a verdade e saibam como encontrá-la?”, questionou.

Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post

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Seita ‘Jesus Army’ praticava lavagem cerebral, estupro e agressão contra crianças

Noel Stanton, fundador da seita 'Jesus Army', pregava sobre os pecados da carne (Imagem: John Angerson)Noel Stanton, fundador da seita ‘Jesus Army’, pregava sobre os pecados da carne (Imagem: John Angerson)

Alegando ter sido vítimas de abusos dentro da seita religiosa Jesus Army (Exército de Jesus, em tradução livre), centenas de ex-membros estão pedindo indenização.

Ex-integrantes relataram à BBC que crianças foram alvo de abuso sexual, físico e emocional em “grande escala”. A maioria das denúncias são referentes a incidentes ocorridos nas décadas de 1980 e 1990.

Essa seita deve ser fechada, mas está no centro de uma investigação policial. A Jesus Army pediu desculpas a qualquer um “que sofreu danos no passado” e pediu às vítimas que contassem o que sofreram às autoridades.

Dez pessoas da Jesus Fellowship Church (Igreja da Irmandade de Jesus, em tradução livre) – que mais tarde viria a ser conhecida como Jesus Army – foram condenadas por vários crimes de natureza sexual.

‘Espancado com varas’

Criada no presbitério de uma pequena capela em Northamptonshire, na Inglaterra, em 1969, a Jesus Army cresceu rapidamente tanto em patrimônio quanto em número de membros. No seu auge, tinha mais de 2.000 integrantes, centenas dos quais viviam em casas comunitárias no centro da Inglaterra.

Oferecia às pessoas desabrigadas ou vulneráveis ?? e às famílias tementes a Deus a promessa de transformação por meio de um modo de vida devoto.

Os moradores eram submetidos a um intenso regime de trabalho e culto. Toda sua renda era direcionada a um fundo comum, e tudo era compartilhado – das roupas íntimas às responsabilidades parentais.

As crianças podiam ser disciplinadas por qualquer adulto, enquanto jovens e recém-chegados eram designados a um pastor do sexo masculino que supervisionava seu desenvolvimento espiritual.

Aos 12 ou 13 anos de idade, as crianças eram frequentemente separadas dos pais. Ex-membros dizem que era um comportamento comum entre os adultos entrar em seus quartos enquanto se despiam ou assistir aos mais jovens tomar banho.

A BBC ouviu relatos de que crianças de até três anos que se comportavam mal podiam ser despidas da cintura para baixo, obrigadas a se curvar e a segurar seus tornozelos enquanto eram espancadas com uma vara.

Estupro, intimidação, lavagem cerebral

Os membros da comunidade viviam sob a autoridade inconteste do criador do movimento, Noel Stanton (1926-2009). Ele pregava diariamente sobre os pecados da carne e amaldiçoava os membros rebeldes como “apóstatas” e dizia que seu destino seria o inferno.

Stanton fundou a Jesus Fellowship Church baseada em um grande conjunto de lojas e outros negócios, além de duas fazendas, que geravam milhões de libras em faturamento anual.

Após sua morte em 2009, a igreja informou à Polícia de Northamptonshire sobre denúncias de crimes sexuais contra Stanton e outros membros. Ao todo, 43 pessoas que estavam ativas na igreja foram ligadas a um histórico de relatos de abusos sexual e físico.

Outras acusações também vieram à tona, como estupros, intimidação, lavagem cerebral, trabalho forçado, servidão financeira e “surras bárbaras” de meninos por grupos de homens.

Foi aberta uma ampla investigação sobre o histórico de abusos cometidos dentro da igreja e evidências de que cinco ex-líderes agiram para encobrir as denúncias.

Um grupo de vítimas insatisfeito com as indenizações propostas pela igreja está agora preparando uma ação legal coletiva envolvendo centenas de pessoas.

British MuseumOs ônibus coloridos do Exército de Jesus levavam membros para recrutar novos integrantes Imagem: British Museum

Segundo um porta-voz da Jesus Fellowship Church, há um plano de reparação formal sendo criado “para fornecer dinheiro e aconselhamento” para “aqueles que haviam sofrido maus tratos no passado”.

Ele disse que o plano foi estabelecido com os envolvidos para garantir que todos fossem tratados de maneira “transparente e imparcial”.

A história de Rose

“Não me lembro de me sentir segura quando criança, acho que as pessoas imaginavam que Deus protegeria seus filhos”, diz Rose*, uma das mulheres que contaram à BBC sobre suas experiências na Jesus Army.

Rose era bebê quando sua família se mudou para uma casa comunal da seita nos anos 1980. Ela diz ter sido um lugar assustador para alguém crescer, com “exorcismos barulhentos e aterradores” praticados em todas as reuniões. “Lembro-me muito bem, quando criança, de um homem ao meu lado que gritava e vomitava no chão.”

Fervorosas sessões de adoração eram realizadas à noite com canções, orações e conversas em línguas, enquanto, na maioria dos fins de semana, campanhas de recrutamento em vilas e cidades eram realizadas. Os seguidores vestiam uniformes de estilo militar e dirigiam ônibus coloridos.

Rose explicou que um dos principais ensinamentos era “não há nada de bom em você como pessoa”. “Tudo em nós era resultado do pecado, e desenvolvi uma completa aversão a mim mesma por causa dessa mensagem”, relata.

Segundo ela, as crianças eram regularmente “disciplinadas” por adultos, incluindo sem-tetos e viciados em drogas tirados das ruas. “Este método de disciplina em público, ser espancado na frente de toda uma congregação de pessoas, era muito humilhante.”

Ela diz que, quando tinha 12 anos, um homem mais velho em sua casa comunitária começou a assediá-la e molestá-la “todo fim de semana”. Rosie afirma que ele costumava tocar a perna dela sob a mesa de jantar ou acariciar seus seios enquanto dava dinheiro para ela comprar sorvete.

“Na época, eu não sabia o que estava acontecendo. Não tinha pensado ou falado sobre meu corpo, e ele usou isso para me molestar todo fim de semana.” Rosie afirma que sabia que a situação era “estranha e desconfortável”, mas sentia “ele deveria ter uma razão para fazê-lo”.

Quando tinha 15 anos, ela diz que outra figura proeminente na igreja a conduziu para trás de um prédio e a forçou a realizar um ato sexual com ele. “Eu sabia que havia acontecido algo errado e sentia muita vergonha”, diz Rose, acrescentando que “as mulheres estavam lá para servir”. “Sempre fomos inferiores.”

Era comum mulheres serem vistas como seres sedutores que corrompiam membros do sexo masculino, disseram antigos integrantes da seita. Então, quando seu agressor contou à igreja o que havia acontecido, Rose disse que ela foi considerada culpada por isso.

Ela agora espera receber uma indenização da igreja e considera denunciar à polícia seus supostos abusadores.

A história de Ben

Ben* nasceu na comunidade nos anos 1980. Quando tinha seis anos, diz que ficou na casa comunitária com um membro do sexo masculino que se despiu e abusou sexualmente dele.

“A mãe do meu pai costumava que eu era muito feliz e sorridente, mas [depois de ser abusado] não me lembro de alguém dizer isso de novo. Minhas memórias posteriores depois são todas de isolamento. Eu me recolhi e não tinha amigos.”

Ele se distanciou de sua família e deixou a igreja quando tinha 17 anos. Recentemente, descobriu que seus irmãos haviam passado por experiências semelhantes, incluindo um de seus irmãos que ele diz ter sido estuprado durante grande parte de sua adolescência.

“Acredito que pelo menos cinco de nós foram abusados ?? de uma forma ou de outra. Tenho raiva da igreja por causa do que fizeram com minha família. Se eles escolheram ignorar isso ou deixar a cargo de Deus, ainda são culpados por terem deixado acontecer. Ainda há pessoas boas na igreja que tem as melhores intenções. Mas tudo foi ofuscado pelo que aconteceu nas casas comunitárias.”

Ben tem falado com a polícia sobre a investigação criminal contra seu agressor, mas diz ter havido pouco progresso até agora.

A história de Philippa

A família de Philippa Muller mudou-se de Surrey para o local onde a Jesus Fellowship Church foi criada, o New Creation Hall, em Northamptonshire, quando ela tinha sete anos.

Seu pai trabalhava no escritório de impostos local e entregava cada centavo de seus ganhos ao fundo comunitária da igreja. A mãe de Philippa, como a maioria das outras mulheres, era uma “serva” e passava seu tempo cozinhando e limpando para garantir que os homens da casa pudessem fazer seu “trabalho piedoso”. “Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher”, diz Philippa.

Os jovens eram instados a falar de seus pecados – reais ou imaginários -, ensinados sobre manifestações demoníacas e a estar presentes durante exorcismos.

BBCO Jesus Center foi a sede do grupo em NorthamptonImagem: BBC

Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher’, diz Philippa ? Foto: BBC Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher’, diz Philippa ? Foto: BBC

Philippa ficou cada vez mais isolada. “Você não podia simplesmente ir tomar um café com alguém, ou ir ao cinema. Tudo era proibido. Não nos permitiram socializar. Não tínhamos TVs. As coisas eram censuradas, pedaços dos jornais eram cortados.”

Um dos amigos íntimos de Philippa fugiu da igreja depois que ela foi agredida por um ancião do sexo masculino.

Philippa tornou-se uma testemunha chave no processo judicial – no qual o ancião foi condenado – mas diz que ela foi “perseguida” pela comunidade da igreja, que a tratou como traidora e mentirosa. Ela saiu da igreja pouco depois.

Agora, à beira do fechamento da Jesus Army, a seita tem um patrimônio acumulado no valor de 50 milhões de libras (R$ 233,2 milhões). Mas deixa um legado angustiante – e um futuro incerto para Philippa e muitas outras vítimas.

*Os nome dos entrevistados foram alterados para preservar a identidade

Fonte: Gazeta Web e BBC News

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Médico afirma que complexidade do corpo humano prova existência de Deus

“Não há possibilidade de que seja um acidente”, disse o Dr. Tommy Mitchell em entrevista

Dr. Tommy Mitchell. (Foto: Reprodução / Facebook)

O médico norte-americano Tommy Mitchell defende o criacionismo e tem afirmado que a complexidade do corpo humano é a prova da existência de Deus.

Antes ele era um defensor da evolução teísta, uma ideia filosófica criacionista que concilia a ideia da criação divina com a teoria da evolução, mas ele passou por uma “evolução espiritual” e agora acredita na teoria da Terra Jovem (com idade entre 5.700 a 10.000 anos).

Como articulista do site Answers in Genesis, o doutor foi entrevistado recentemente no programa “Answering Atheists”, do PureFlix.com, onde listou as partes mais complexas do corpo humano que justificam sua crença na existência de um Deus criador.

“Quando você para e realmente considera as complexidades do corpo – sejam os mecanismos homeostáticos que permitem que a temperatura permaneça constante, ou os níveis ácido-base permaneçam dentro de limites muito restritos, ou a forma como o rim ajuda a regular a pressão sanguínea e o equilíbrio de fluidos, ou as proteínas de coagulação do sangue e todos eles têm que estar exatamente no mesmo lugar[…]”, declarou.

O médico disse que esses detalhes não podem ser considerados como frutos de um acidente. “Quando você realmente para e dá um passo para trás e considera como o corpo é extremamente complexo, não há possibilidade de que seja um acidente”.

Para deixar de acreditar na evolução teísta e se tornar um criacionista ele precisou passar por mudanças em seu coração e disse que foi necessário “desaprender muitas coisas” do que aprendeu em toda a sua formação.