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Líder da bancada evangélica quer explicações sobre doação para Palestina

Deputado notificou o Itamaraty e pede que doação seja revogada

          Takayama quer explicações sobre doação para Palestina

No último dia 26 foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória Nº 819, assinada por Rodrigo Maia, prevê a doação de R$ 792.000,00 para a Palestina.

O dinheiro deverá ser usado para a restauração da Basílica da Natividade, na cidade de Belém. Essa verba vem da dotação orçamentária do Ministério das Relações Exteriores. Contudo, há questões não esclarecidas e o presidente da Frente Parlamentar Evangélica pastor Hidekazu Takayama (PSC/PR) já se pronunciou contrário.

Ele enviou um ofício ao Ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes reiterando que o Brasil passa um “quadro de crise econômica” e, portanto, “torna extremamente relevante que seja feito o esclarecimento necessário de tal procedimento [de doação]”.

O parlamentar paranaense pede que “seja revista essa postura por parte do governo brasileiro para revogar tal determinação, e ainda, que sejam prestados esclarecimentos acerca das razões da edição de tal Medida Provisória”.

O deputado também gravou um vídeo, divulgado em suas redes sociais, onde mostra estar ciente das denúncias feitas por Roberto Grobman, colunista do Gospel Prime, que visitou a Basílica na semana passada e mostrou em um vídeo que as obras já estão concluídas. Uma placa na entrada do templo dá conta que a restauração teve início em setembro de 2013 e foi concluída em dezembro de 2017.

Takayama lembrou ainda que há várias denúncias de organismos internacionais de que a Autoridade Palestina estaria usando dinheiro recebido do exterior para financiar terroristas.

Até o momento, nem o Itamaraty nem o presidente da Câmara Rodrigo Maia se pronunciaram sobre o tema.

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Supremo Denuncia Pastor Deputado por Desvio de Salários

 

Por Amanda Gigliotti|Repórter do The Christian Post

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta quinta-feira uma ação penal contra o deputado federal Hidekazu Takayama (PSC-PR) por crime de peculato.

O deputado, que também é pastor da igreja Assembleia de Deus, foi acusado de ter desviado o salário de 12 pessoas nomeadas por ele, na Assembleia Legislativa do Paraná.

De acordo com Deborah Duprat, a vice-procuradora geral da República, as pessoas nomeadas por Takayama trabalharam para ele, em sua casa ou no estúdio de gravações do pastor evagélico.

“O caso é de extrema atualidade. Grande parte deles jamais teve um dia sequer de trabalho na Assembleia. São pessoas que dizem que trabalhavam na Assembleia duas vezes por semana, uma ou duas horas por dia e no restante do tempo faziam serviços particulares para o deputado”, disse a vice-procuradora, segundo o G1.

Entre as atividades realizadas pelos nomeados, estavam os serviços de motorista e produção de vídeos para a igreja do parlamentar. A acusação resultou de ações trabalhistas movidas por alguns dos nomeados, que reivindicaram salários que não receberam.

Os ministros decidiram por unanimidade que Takayama passa a ser réu em ação penal pelo crime de peculato, que prevê multa e 2 a 12 anos de prisão.

O advogado de Takayama, Luciano de Almeida Gonçalves, rejeitou a acusação e disse que “é comum” que sejam realizados trabalhos particulares para os deputados por servidores da Assembleia.

“Chegamos numa questão que é o limite em que um assessor parlamentar pode prestar serviços no ambiente externo ou deve-se prestar apenas no ambiente interno. Esta é uma prática comum. Muitos são nomeados e trabalham fora da Casa”, disse o advogado.

Ele ainda alegou que os nomeados receberam os vencimentos pela Assembléia Legislativa e pretendiam “duplicar” essas quantias, em ações trabalhistas. A defesa de Takayama afirma que o processo de mais de 3 mil páginas não comprova as acusações.