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Papa Francisco diz que comunistas pensam como os cristãos

Maior preocupação do pontífice é o drama dos refugiados e imigrantes

 

Papa Francisco diz que comunistas pensam como os cristãosPapa diz que comunistas pensam como os cristão
Na entrevista publicada nesta sexta-feira (11) pelo jornal italiano La Repubblica, o papa Francisco foi questionado, entre outras coisas, se gostaria de uma sociedade de inspiração marxista. Sua resposta foi dúbia.
Ele, que já foi acusado no passado de ter ideias nesse sentido, afirmou: “Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a liberdade”.

Jorge Bergoglio em seguida acrescentou esperar que os Movimentos Populares entrem na política. “Não no político, nas lutas de poder, no egoísmo, na demagogia, no dinheiro, mas na política criativa e de grandes visões”, justificou.

Disse ainda que aos políticos só interessa “os sofrimentos que sua maneira de proceder podem causar aos pobres e aos excluídos”.

O pontífice ressaltou que sua maior preocupação é a crise dos refugiados e imigrantes,  reiterando que é necessário “acabar com os muros que dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar… construir pontes que permitam diminuir as desigualdades e dar mais liberdade e direitos”.

Questionado sobre  a oposição a suas ideias no seio da Igreja Católica, Francisco minimizou, dizendo que não tem inimigos pois “a fé une todos, embora naturalmente cada um veja as coisas de maneira diferente”. Com informações Gospel Prime.

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Vaticano tem dificuldades de achar exorcistas: “Os padres têm medo”

Exorcista veterano Vincenzo Taraborelli reclama que não encontra sucessores

 

 

Vaticano tem dificuldades de achar exorcistas: “Os padres têm medo”Vaticano tem dificuldades de achar exorcistas: “Os padres têm medo”
Frei Vincenzo Taraborelli conta que recebe dezenas de pessoas diariamente que buscam por libertação. Aos 79 anos, ele lembra que vem praticando exorcismos – rituais para a expulsão de demônios – há 27 anos. Passou a exercer essa atividade “por acaso”, quando foi procurado para ajudar um colega padre.
“Não sabia o que era, não tinha estudado isso”, resume. “Ele me disse o que fazer, eu era completamente ignorante”, contou ele à BBC.

Apesar do início inesperado, Taraborelli continua sendo um dos exorcistas mais ocupados de Roma. Trabalha três dias por semana em uma sala sem janelas no fundo de sua igreja, que fica próxima da Santa Sé. Na parede, está visível um documento oficial que atesta suas qualificações como exorcista. Ele explica que consegue atender até 30 pessoas por jornada.

Sua reclamação agora é que o Vaticano está com dificuldades em achar sacerdotes mais jovens para praticar a atividade. A maioria dos padres não parecem atraídos pela ideia de enfrentar    fiéis perturbados e lidar com espíritos do mal. “Eu disse ao bispo que não consigo encontrar ninguém que queira fazer isso. Muitos têm medo. Mesmo padres têm medo… é uma vida difícil”, reclama Taraborelli.

Há muitos dentro da própria Igreja que são céticos, argumentando que a “possessão” não passa de uma superstição medieval ou um mito. Para eles, as pessoas que alegam estar possuídos por demônios na verdade sofrem de problemas psicológicos ou psiquiátricos

“Antes de fazer exorcismos, insisto com as pessoas para que procurem um psicólogo ou um psiquiatra. Tenho contato com muitos psicólogos, que mandam seus pacientes para cá”, esclarece.

Em geral, ouve o que os fiéis que o procuram têm a dizer, depois os convida a rezar. “Se a pessoa não está muito bem, tento acalmá-la. Convido-a rezar comigo. Mas muitas dessas pessoas já estão perturbadas quando chegam aqui”, conta.

Existem rituais específicos para o exorcismo da Igreja Católica. Em meio à pilha de papéis sobre  sua escrivaninha, mostra a cruz que usa para expulsar os espíritos do mal. Entre as muitas histórias que coleciona a mais notável é de uma mulher casada que ele acompanhou durante  13 anos.

“Um outro homem, um satanista, queria essa mulher”, recapitula o Frei. “Ela disse não. Então esse homem disse a ela: ‘Você vai pagar por isso.’ Duas vezes por semana ele lançava feitiços para atraí-la. Então eles (marido e mulher) vieram me procurar”, recorda. Na primeira sessão de exorcismo, “Eu disse ao demônio ‘Em nome de Jesus, eu ordeno que você se vá’, ela começou a vomitar pequenos alfinetes de metal, cinco de cada vez”. Também regurgitou  tranças de cabelo, pedrinhas, pedaços de madeira. Parece algo do outro mundo, não? Mas é coisa desse mundo.”

A ideia de que uma pessoa ser possuída por demônios é antiga, sendo relatada várias vezes na Bíblia, mas no cenário contemporâneo europeu é visto com ceticismo. O recente assassinato do padre francês Jacques Hamel, de 85 anos, teve um relato curioso. Enquanto ele celebrava a missa em sua igreja na cidade de Rouen, na França, em julho, dois militantes do Estado Islâmico invadiram o local.

Enquanto esfaqueavam Hamel, testemunhas contam que o padre se defendeu gritando “Vá embora, Satanás!”, numa tentativa de fazer um exorcismo. A suposta possessão dos jihadistas é usada para explicar seu comportamento.

Frei Taraborelli parece concordar. “Quem tem fé sabe que o demônio existe, você pode ler nos textos sagrados. Depois, você só precisa olhar (à sua volta) e ver como o mundo está hoje em dia. As coisas nunca estiveram tão ruins. Esses atos de violência não são humanos. Tão terríveis, como o Estado Islâmico”, conclui. Com informações do Gospel Prime.

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Série de TV mostra como próximo papa pode ser um tirano

Estrelada por Jude Law, seriado fala sobre um órfão norte-americano que desde criança foi preparado para assumir o trono da Igreja Católica.

 

papa1-tiranoEstrelado por Jude Law, a série de “The Young Pope” [O Papa Jovem] chega à televisão em outubro. Os dois primeiros episódios exibidos no Festival de Cinema de Veneza, na Itália, chamaram a atenção da mídia por seu tom provocador.
Criada pelo diretor italiano Paolo Sorrentino, os 10 episódios vão contar a história fictícia do papa Pio XIII, um órfão norte-americano que desde criança foi preparado para assumir o trono da Igreja Católica.

Diane Keaton interpreta a irmã Mary, uma freira nascida nos EUA que educou Lenny (nome de nascimento de Pio), e serve como sua secretaria e conselheira. Em uma das cenas ela olha para o jovem e diz “posso ver a face de Cristo em você”. Num outro momento ela diz que “mais de um bilhão de pessoas estão esperando que ela lhes diga o que fazer”.

As cenas exibidas em Veneza mostram uma figura autoritária e cínica, que sabe a extensão do seu poder, mas não parece se importar muito com Deus na equação. Em um dos diálogos, ele afirma com um sorriso: “Não tenho pecados”.

“O personagem do filme é diametralmente oposto ao papa atual, mas parece apontar que o sucessor de Jorge Mario Bergoglio poderá ser um Pontífice mais conservador”, acredita Sorrentino. Em um momento onde Francisco faz uma campanha mundial pela união de todas as religiões, a imagem de um papa com vocação para tirano que fala sobre guerras é um grande contraste.

Ganhador do Oscar por “A Grande Beleza”, o diretor italiano aborda na série temas que podem ser considerados tabus, como violação de segredos confessionais, marketing religioso, masturbação, casamento gay e acúmulo de riquezas dentro da Igreja Católica. “É ilusão pensar que a Igreja sofreu mudanças com o papa Francisco. Meu papa fictício pode se tornar, no futuro, algo muito verossímil”, provoca.

Um tipo de Anticristo

Para alguns analistas cristãos, a imagem, ainda que fictícia, colabora na preparação para a vinda de um líder religioso carismático que encarnará o mal. Não está claro se o final da série mostrará que ele é um tipo de Anticristo – não o próprio –, mas o material divulgado chamou a atenção da revista pentecostal Charisma, que seguidamente analisa as mensagens subliminares em programas de TV.

Na trama, Lenny foi eleito por uma articulação do cardeal vivido por James Cromwell. Astuto, irônico, pedante, amargurado e cruel, Pio XIII tem um discurso que mostra como o poder eclesiástico não significa que exista temor de Deus. Para os críticos, a produção irá mostrar os bastidores do Vaticano, de modo similar como House of Cards revelou o jogo de poder político.

De acordo com Belfast Telegraph, a coprodução da HBO com a Sky e o Channel+, deve chegar ao Brasil no início de 2017. Com informações do Gospel Prime

Confira o trailer: