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Diocese pede falência após inundação de processos por abuso sexual

Bispo Salvatore R. Matano, da Diocese de Rochester. | Captura de tela: YouTubeBispo Salvatore R. Matano, da Diocese de Rochester. | Captura de tela: YouTube
Semanas após ter sido atingida por dezenas de ações por abuso sexual, a Diocese Católica Romana de Rochester, em Nova York, entrou com pedido de falência.
“Esta é uma decisão muito difícil e dolorosa”, disse o bispo de Rochester, Salvatore R. Matano, em uma carta aos fiéis, juntamente com uma mensagem de vídeo.
“Depois de avaliar todas as possibilidades razoáveis ​​para satisfazer as reivindicações, a reorganização é considerada o melhor e mais justo curso de ação para as vítimas e para o bem-estar da diocese, suas paróquias, agências e instituições. Acreditamos que esta é a única maneira de fornecer uma compensação justa para todos os que sofreram o pecado flagrante de abuso sexual, garantindo o compromisso contínuo da diocese com a missão de Cristo.”
Os processos estão sendo movidos como resultado da nova Lei de Vítimas de Crianças, que estende o prazo de prescrição para um sobrevivente de abuso sexual de crianças em casos criminais e civis em Nova York. Também permite uma janela de um ano, a partir de 14 de agosto, para  as vítimas de abuso sexual de crianças entrarem com uma ação sem um estatuto de limitações.
Pelo menos 47 processos de abuso sexual foram movidos no Condado de Monroe na semana passada, informa a estação de notícias local WHAM. Desses 47 processos, 45 apontam a diocese de Rochester como réu.
As informações do processo de falência, informa o WHAM, mostram que a diocese tem menos de 1.000 credores, com entre US $ 50 e US $ 100 milhões em ativos e entre US $ 100 e US $ 500 milhões em passivos. “Vários requerentes de abuso sexual” representam 264 dos credores da diocese.
O advogado Leander James, que representa vítimas em Rochester, observou: “A falência é uma ferramenta da lei e, como qualquer outra ferramenta, pode ser usada para o bem ou para o mal. Espero que o bispo e seus advogados usem essa ferramenta para o bem das pessoas sobreviventes, a comunidade e a proteção das crianças”.
A diocese, de acordo com o WHAM, já pagou US$ 4,27 milhões a 43 vítimas de abuso do clero. James, que representou milhares de casos em estados onde leis semelhantes entraram em vigor, estima que o número de casos contra a diocese de Rochester provavelmente esteja entre 250 e 300.
Folha Gospel com informações de The Christian Post
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Papa diz que pedofilia na Igreja Católica se compara a sacrifício de humanos

Papa Francisco na abertura da cúpula histórica, no Vaticano, sobre abusos sexuais na Igreja CatólicaPapa Francisco na abertura da cúpula histórica, no Vaticano, sobre abusos sexuais na Igreja Católica

(Cidade do Vaticano – AFP) – O papa Francisco comparou neste domingo a “praga” dos abusos sexuais de menores de idade com as práticas religiosas do passado de oferecer seres humanos em sacrifício, em seu discurso de encerramento na reunião sobre a pedofilia celebrada no Vaticano.

“Me traz à mente a cruel prática religiosa, difundida no passado em algumas culturas, de oferecer seres humanos -frequentemente crianças – como sacrifício nos rituais pagãos”

Segundo o papa, a Igreja se compromete a combater este fenômeno com “a máxima seriedade”.

“Gostaria de reafirmar com clareza: se na Igreja for descoberto um só caso de abuso – que em si mesmo já representa uma monstruosidade -, este caso será enfrentado com a máxima seriedade”, completou em um longo discurso para os líderes das 114 conferências episcopais de todo o mundo, secretários de congregações, bispos e cardeais reunidos na Sala Regia do Vaticano.

O pontífice disse que o abusador “é um instrumento de satanás”, antes de recordar que a Igreja está diante de uma manifestação do mal “descarada, destrutiva e agressiva”.

Em seu discurso, Francisco citou as estatísticas a nível mundial e garantiu que a Igreja se compromete a aplicar as estratégias das organizações internacionais, incluindo a ONU e a Organização Mundial da Saúde, para erradicar a pedofilia.

“Não se pode, portanto, compreender o fenômeno dos abusos sexuais contra menores sem levar em consideração o poder, o quanto estes abusos são sempre a consequência do abuso de poder, aproveitando uma posição de inferioridade do indefeso abusado”, afirmou.

“O abuso de poder está presente em outras formas de abuso dos quais são vítimas quase 85 milhões de crianças, esquecidas por todos: os meninos soldados, os menores prostituídos, as crianças desnutridas, as crianças sequestradas e frequentemente vítimas do monstruoso comércio de órgãos humanos, ou também transformados em escravos, as crianças vítimas da guerra, os menores refugiados, as crianças abortadas e assim sucessivamente”, disse o pontífice.

“Diante de tanta crueldade, diante de todo este sacrifício idolátrico de crianças ao deus do poder, do dinheiro, do orgulho, da soberba, não bastam meras explicações empíricas, estas não são capazes de nos fazer compreender a amplitude e a profundidade do drama”, admitiu.

Fonte: AFP via UOL

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Damares estreia no Twitter e diz que “nenhuma criança mais vai chorar nessa nação”

Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos HumanosDamares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, estreou neste domingo (13) o seu perfil oficial no Twitter, abrindo assim um canal direto o público.

Em quase seis horas, ela já tinha mais de 16 mil seguidores na rede social, que se tornou um dos principais meios de comunicação do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Na primeira publicação, ela deu as boas vindas ao seu Twitter oficial e informou que qualquer outro com o seu nome é “fake” (falso).

Damares pediu aos usuários que denunciem uma conta de paródia que, disse, não tem qualquer relação com ela ou com o ministério.

Já no segundo tuíte, ela tratou de um dos temas mais presentes em seus discursos e entrevistas: a pedofilia.

Depois de anunciar o início de “uma nova era!”, Damares decretou o fim de “pedófilos, consumidores de pornografia infantil, traficantes e exploradores de crianças”, justificando a constatação pelo fato de Bolsonaro ser presidente e de o ex-juiz federal Sergio Moro ser ministro da Justiça.

“Nenhuma criança mais vai chorar nessa nação. Não mediremos esforços para amá-las e protegê-las!”, escreveu.

A descrição do perfil informa que ela é “mãe, pastora evangélica, educadora e advogada”.

Na foto de capa da página, ela aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL), no dia da posse, ao lado do título “Dra. Damares Alves”.