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O sábado não leva ninguém para o céu, lembra teólogo adventista

Professora de teologia entende que o sábado não foi abolido, mas ampliado

Rodrigo Silva
Rodrigo Silva

Recentemente, o apresentador do “Bate-Papo” da Rede Super, Cássio Miranda, recebeu o arqueólogo e teólogo Rodrigo Silva em seu programa. Entre alguns temas abordados, eles falaram sobre a questão de “guardar o sábado”.

Rodrigo explicou que “o sábado não leva ninguém para o céu”, deixando claro que a única maneira de se alcançar a salvação é através da graça de Cristo aceita mediante a fé. “O único processo de salvação é esse, eu não conheço outro”, declarou.

Ele também explicou o motivo pelo qual guarda os sábados. “Porque foi a essa conclusão que cheguei através da Bíblia. Eu, particularmente, acredito que é o sábado que deve ser guardado. Mas, acredito também que os meus irmãos que guardam o domingo são tão fiéis a Deus (…) como eu”, explicou.

“Onde” e “quando” adorar a Deus

“O meu papel aqui é falar da minha convicção, respeitando a espiritualidade do meu irmão”, complementou o arqueólogo. A professora do Seminário Teológico Carisma em Belo Horizonte, MG, Silvia Lima, que participou do bate-papo fez algumas observações bíblicas.

Ao se referir ao sábado como um dia “intimamente ligado à adoração”, a professora disse que entende que “no tempo da lei existia um dia exclusivo para consagração ao Senhor e também existia um lugar, que era o templo”, especificou.

“Eu entendo que esse mandamento não foi abolido (referindo-se à guarda do sábado), ele foi ampliado. Pois quando perguntaram a Jesus onde se deve adorar, ele disse ‘em espírito e em verdade’, ou seja, não tem mais uma geografia para a adoração. Em relação ao ‘quando’ eu entendo que os demais dias foram levantados”, explicou a professora.

Contradição harmoniosa

Silvia detalhou: “Se o sábado era o dia de adoração e consagração a Deus, agora em Cristo Jesus, com a presença do Espírito Santo em nós, a segunda, a terça, a quarta… todos os dias se tornaram ‘sábado’, porque todos os dias se tornaram ‘dia do Senhor’. Hoje é o dia que o Senhor fez, nos alegremos nele”, enfatiza.

A professora concluiu seu raciocínio dizendo que “Cristo trouxe a plenitude da lei”. Rodrigo ressaltou em seguida que a perspectiva da professora, apesar de ser discordante, se conecta com a maneira que ele também vê.

“Em minha opinião, todos os dias realmente são de Deus”, disse. Usando o casamento como exemplo, o teólogo explica como interpreta o sétimo dia da semana. “O sábado é como uma comemoração do casamento que eu tenho com Cristo nos outros dias da semana”, ele usa esse exemplo comparando com as comemorações de bodas que os casais fazem todo ano.

Depois de um diálogo harmonioso, deixou um “puxão de orelha”, como ele mesmo disse, para todos os adventistas: “Se eu não me relaciono com Jesus domingo, segunda, terça, quarta, quinta e sexta, no sábado eu não tenho o que comemorar. Seria legalismo”, ele conclui.

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QUANDO SERÁ O FIM DO MUNDO?

 

Pastor adventista diz que a Bíblia não se refere ao calendário maia

     Quando o assunto é evangelismo e profecia, o pastor Luís Gonçalves é um verdadeiro especialista. Apaixonado pelos dois temas, ele respira ações evangelísticas há mais de 20 anos. Gonçalves aceitou o desafio de falar, pela primeira vez, em um programa pela web com uma linguagem diferente voltado especialmente a jovens em setembro. O orador oficial do Contagem Regressiva (que será transmitido pelos sites www.esperanca.com.br e www.esperanzaweb.com), da Igreja Adventista do Sétimo Dia, é autor da apostila “Tudo que você sempre quis saber sobre o Apocalipse” e das séries de estudos proféticos em VHS e DVD “Apocalipse, a resposta”, “O Grande Conflito” e “Os Dez Mandamentos”. Formado nos cursos, Estudos em Teologia e Estudos em Religião pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, (UNASP), organizou conferências proféticas em todo o Brasil e vários outros países. Hoje coordena a área de evangelismo da sede sul-americana adventista e é apresentador do programa Arena do Futuro, da TV Novo Tempo. A seguir, bate-papo rápido com ele, exclusivo para a ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) sobre profecias, uma prévia do que será o Contagem Regressiva de 20 a 23 de setembro em português e de 27 a 30 de setembro em espanhol.

     ASN – Na sua opinião, por que tanta gente tem medo do assunto fim do mundo ou profecias bíblicas?
     Pr. Luís Gonçalves – A sociedade criou uma imagem errada acerca do Apocalipse. Para muitos, esse nome está ligado somente às tragédias e a pessoas fanáticas que praticam suicídio coletivo. A falta de conhecimento é que leva as pessoas a ter essa postura. Como dizia um professor da faculdade “a ignorância é atrevida!”. Ou seja, não estudar as profecias bíblicas é um atrevimento cego que pode custar muito caro, pois estamos tratando da vida ou morte eterna.

     ASN – É verdade que os livros do Apocalipse e Daniel, por exemplo, podem ser entendidos com um estudo feito na própria Bíblia usando outros trechos? Dê um exemplo.
     Pr. Luís –  Sim, a Bíblia explica a si mesma! Essa é uma regra conhecida e aceita pelos teólogos. Existe na própria bíblia uma tabelinha de conversão profética que é a chave para entender as principais profecias de Daniel e Apocalipse. Vamos a alguns exemplos:
*Água = povos. Apocalipse 17:15.
*Mulher = Igreja. Efésios 5:23 e 32.
*Animal = Rei ou Reino. Daniel 7:17 e 23.
*Cauda = Falsidade, falso profeta. Isaías 9:15

     ASN – Existe algum fundo de verdade nessa profecia maia que possa ser harmonizado com a Bíblia? Qual sua opinião?
     Pr. Luís – Veja, a Palavra de Deus afirma que Jesus breve voltará a este mundo. Para  isso, veja, por exemplo, Lucas 21:25 a 28. Esse evento glorioso é chamado na Bíblia, também, de fim do mundo, conforme Mateus 24:14. Quando a Bíblia fala em fim, está se referindo ao fim deste mundo mal e o inicio de um novo céu e uma nova terra que serão implantados a partir da volta de Jesus. Em nenhum momento ou lugar a Bíblia, refere-se ao calendário Maia, nem a uma data para o fim ou para a volta de Jesus. Pelo contrário, em Mateus 24:36 está escrito que o dia e a hora da volta de Jesus e do fim ninguém sabe, somente Deus tem tal conhecimento. Existem três importantes acontecimentos na vida, que Deus não revelou o dia ao homem: (1) O dia da morte (2) O dia do fechamento da porta da graça (3) O dia da volta de Jesus. Por isso devemos estar preparados todos os dias!

     ASN-   Qual sua profecia preferida? E por quê?
     Pr. Luís – Minha profecia preferida é aquela que está em Apocalipse 21:4, onde diz que Deus enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Porque essa profecia está relacionada com a volta de Jesus (João 14:1-3) e com a promessa de um Novo Céu e uma Nova Terra (Apocalipse 21).

Data: 29/8/2012
Fonte: Advir

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Por que a Guarda do Sábado não é um Mandamento para os Cristãos?

 

Por Ciro Sanches Zibordi|Colunista Convidado do The Christian Post

Alguns internautas me fizeram as seguintes perguntas sobre a guarda do sábado: “Se guardar o sábado hoje é legalismo, por que o próprio Cristo o guardou, ao andar na terra? A instituição da guarda do sábado é anterior à lei mosaica; ocorreu em Genesis 2, quando ainda não existia Israel. Isso não significa que esse mandamento é para todos povos? Como defender que esse mandamento não é para a Igreja, se em êxodo 20 e Isaías 56 menciona-se o estrangeiro?

  • Ciro

é importante observar que o Senhor Jesus respeitava os costumes dos judeus, a ponto de ter sido circuncidado por seus pais ao oitavo dia! Por que os guardadores do sábado não fazem o mesmo? Guardar a lei não é apenas observar os dez mandamentos. Estes são apenas um resumo da lei mosaica. Veja o que o apóstolo Tiago disse:

A posição do Mestre sobre o sábado é clara. Leia Mateus 12.1-14. Ele nunca ensinou os seus discípulos a guardarem o sétimo dia. Por que Ele não fez isso, já que tal mandamento é tão relevante? Ao ser questionado pelos religiosos, Ele não fez a mínima questão de salientar que o tal mandamento é atemporal e aplicável à sua Igreja. Ele preferiu responder com outra pergunta: “é lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar? E eles [os fariseus] calaram-se” (Mc 3.4).

Note que a lei e os profetas duraram até João Batista (Lc 16.16). Este profeta viveu no período neotestamentário, mas seu ministério obedeceu aos parâmetros prevalecentes no Antigo Testamento. Com a manifestação do Verbo de Deus, além do ministério profético veterotestamentário, a lei mosaica deixou de vigorar. Ele inaugurou um novo tempo! A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo (Jo 1.17; Rm 10.4). Meditemos em Gálatas e tenhamos cuidado com o “outro evangelho” (1.6-12).

Quem disse que a instituição da guarda do sábado se deu em Gênesis 2? Ali, Deus apenas santificou o sétimo dia, após ter concluído a obra da Criação. A instituição da guarda do sábado se deu oficialmente depois da saída do povo de Israel do Egito (êx 16; 20). Uma coisa está atrelada à outra (Dt 5.12-15). Veja se os patriarcas guardavam o sábado! Abraão, Isaque, Jacó e José o guardaram? Aliás, será que os adventistas já observaram que Deus trabalhou no sétimo dia? “E, havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra […]” (Gn 2.2).

A guarda do sábado é um mandamento exclusivo para o povo de Israel (êx 31.13). Isso está escrito na Bíblia. Leia êxodo 20.1,2, com atenção: “Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. Quem foi tirado do Egito, da casa da servidão, a Igreja ou o povo de Israel?

Quanto ao estrangeiro, mencionado em êxodo 20 e em outras passagens correlatas, é óbvio que ele teria de guardar o sábado também! Todo estrangeiro deve cumprir a lei que vigora no país onde ele reside. Se eu for morar em algum país, como Estados Unidos ou Alemanha, por exemplo, será que viverei lá como se estivesse no Brasil? Claro que não! Terei de respeitar a lei vigente ali.

Aliás, já que estamos discutindo se êxodo 20 e passagens afins são para Israel ou para a Igreja de Cristo, gostaria de saber se os animais dos irmãos que seguem fielmente o Decálogo também guardam o sábado! Afinal, o mandamento em apreço era extensivo aos animais: “o sétimo dia é sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu […] nem teu animal” (êx 20.10).

O texto de Isaías 56 contém uma promessa para Israel a respeito da guarda do sábado. Essa passagem alude ao povo israelita, à semelhança de êxodo 20. Nesse caso, o que eu asseverei sobre os estrangeiros, acima, também se aplica a todas as passagens correlatas. O que os cristãos observadores do sábado precisam mostrar, na verdade, é o mandamento da guarda do sábado para a Igreja de Cristo, no Novo Testamento! Fica aqui o desafio.

Ciro Sanches Zibordi é pastor, escritor, articulista, palestrante em escolas bíblicas. Autor dos best-sellers “Erros que os pregadores devem evitar” e “Erros que os adoradores devem evitar”das obras, além de “Mais erros que os pregadores devem evitar”, “Evangelhos que Paulo jamais pregaria”, “Adolescentes S/A”, “Perguntas intrigantes que os jovens costumam fazer” e “Teologia Sistemática Pentecostal”. Acesse este link para obter maiores informações sobre os livros.