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Católicos não devem tentar converter os judeus, decide Vaticano

Se o papa é, como diz a tradição católica, o sucessor do Pedro, ação contraria o livro de Atos

por Jarbas Aragão-gospelprime-

 

Católicos não devem tentar converter os judeus, decide Vaticano
Católicos não devem tentar converter judeus, diz Vaticano

Os católicos não devem tentar converter judeus. Além disso, devem trabalhar com eles para combater o antissemitismo, afirmou um documento publicado pelo Vaticano nesta quinta (10).

Redigido pela Comissão de Relações Religiosas do Vaticano com os judeus, e sancionado pelo pontífice, o documento afirma que o cristianismo e o judaísmo estão correlacionados, e Deus nunca anulou sua aliança com o povo judaico.

“A Igreja Católica é, portanto, obrigada a ver a evangelização de judeus, que acreditam no Deus único, de uma maneira diferente daquela de pessoas de outras religiões e visões de mundo”, afirma o texto.

O pedido é para que os católicos sejam mais sensíveis ao significado do Holocausto para os judeus e se comprometam a “fazer todo o possível com nossos amigos judeus para repelir tendências antissemitas”.

Parte das ações que lembram o 50º aniversário da Nostra Aetate – declaração do Vaticano que repudiou o conceito de culpa coletiva dos judeus pela morte de Jesus – o material assevera: “Um cristão nunca pode ser antissemita, especialmente por causa das raízes judaicas do cristianismo”.

O Vaticano lançou um diálogo teológico com os judeus a partir do Concílio Vaticano II, que é rejeitado pela linha mais tradicionalista dos católicos. Segundo especialistas, esta é a primeira vez que o repúdio à conversão de judeus foi tão claramente exposto em um documento papal.

Um alto funcionário do Vaticano afirmou à imprensa que “Em termos concretos, isto significa que a Igreja Católica não realiza nem apoia qualquer trabalho missionário institucional específico entre os judeus”.

Os termos do novo documento, lançado nesta quinta resumem-se a afirmar que os católicos devem dar testemunho de sua fé em Jesus Cristo aos judeus “de maneira humilde e sensível, reconhecendo que os judeus são portadores da Palavra de Deus…”.

De acordo com os rabinos ortodoxos, no entanto, isso deve levar hoje os judeus também a questionarem-se sobre quem são os cristãos no plano de Deus para o mundo: “Como já fizeram Maimonide e Yehudah Halevi – continua o documento – reconheçamos que o cristianismo não é nem um incidente ou um erro, mas fruto da vontade divina e um dom para as nações. Separando entre eles o judaísmo e o cristianismo Deus quis criar uma separação entre companheiros com significativas diferenças teológicas, e não uma separação entre inimigos”.

Uma espécie de resposta foi dada por 25 rabinos ortodoxos. Eles pedem que os judeus questionem-se sobre quem são os cristãos no plano de Deus para o mundo: “Como já fizeram Maimonide e Yehudah Halevi, reconheçamos que o cristianismo não é nem um incidente ou um erro, mas fruto da vontade Divina e um dom para as nações. Separando entre eles o judaísmo e o cristianismo Deus quis criar uma separação entre companheiros com significativas diferenças teológicas, e não uma separação entre inimigos”.

Caminho para o ecumenismo mundial

Se o papa é, como diz a tradição católica, o sucessor do Pedro, esse tipo de ação contraria o relato do Livro de Atos, onde apóstolo é visto repetidas vezes pregando aos judeus. Iniciando no Pentecostes, milhares deles aceitaram a Cristo como salvador. A Igreja Primitiva era formada, majoritariamente, por judeus convertidos.

Além disso, o papa Francisco disse poucos dias atrás que cristãos e mulçumanos são “irmãos”. Embora seja bonito para os padrões politicamente corretos do mundo atual, também contraria a revelação bíblica.

Não por acaso, cresce no mundo a tentativa de união de todas as religiões em uma só (ecumenismo), partindo do princípio que todos servem ao mesmo Deus. Com informações de Jerusalém Post

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Papa Francisco visita mesquita e diz que “cristãos e muçulmanos são irmãos”

Pontífice está na República Centro-Africana, que vive guerra religiosa há dois anos

por Jarbas Aragão-gospelprime-

 

Papa Francisco visita mesquita e diz que “cristãos e muçulmanos são irmãos”
“Cristãos e muçulmanos são irmãos”, diz papa

Nesta segunda (30), o papa Francisco visitou a mesquita central de Bangui, capital da República Centro-Africana. Diante de uma multidão, voltou a afirmar que cristãos e mulçumanos são “irmãos”. Aproveitou para pedir o fim da violência no país, que nos últimos dois anos vive um conflito religioso que deixou milhares de mortos.

Sua viagem à África incluiu visitas a Quênia e Uganda, mas a chegada à República Centro-Africana era vista com temor pelas autoridades de segurança. A Organização das Nações Unidas (ONU) deslocou cerca de 300 soldados para o país visando proteger o pontífice. Francisco não abriu mão do papamóvel nem quis usar colete a prova de balas durante a visita.

Desde 2013 a República Centro-Africana vive um conflito violento, pois muçulmanos derrubaram o governo de François Bozizé e passaram a perseguir e matar cristãos. Grupos minoritários das milícias denominadas Antibalaka, de maioria cristã, reagiram.

A mesquita visitada pelo papa Francisco fica em um bairro muito perigoso, de maioria islâmica. Ali, se encontrou com líderes mulçumanos no que chamou de ato simbólico de sua primeira viagem à África.

“Juntos digamos ‘não’ ao ódio, à vingança, à violência, em particular à que se comete em nome de uma religião ou de Deus. Deus é paz”, pediu o papa. Defendeu que cristãos e mulçumanos devem “permanecer unidos para que acabe toda ação que, venha de onde vier, desfigura o rosto de Deus e, no fundo, tem como objetivo a defesa com veemência de interesses particulares em prejuízo do bem comum”.

Antes de retornar ao Vaticano, o papa irá rezar uma missa para milhares de católicos no estádio nacional da República Centro-Africana.

Em 2014, durante visita à Turquia, Francisco defendeu veementemente o aumento das relações inter-religiosas. Ao falar sobre a guerra no Iraque e na Síria, onde membros do Estado Islâmico rotineiramente matam cristãos, enfatizou seu desejo de ver “a solidariedade de todos os crentes”, equivalendo fiéis católicos e muçulmanos.

Pediu ainda que “fosse mais fácil verem uns aos outros como irmãos e irmãs que estão viajando pelo mesmo caminho”. Tal declaração seria vista com horror durante boa parte da história, principalmente na Idade Média quando os dois grupos travaram guerras sangrentas, chamando-se mutuamente de “infiéis”. Com informações de BBC

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Freiras se passam por prostitutas para salvar vítimas do tráfico sexual

Grupo denuncia que Brasil é propenso ao tráfico humano

por Jarbas Aragão-gospelprime-Freiras se passam por prostitutas para salvar vítimas do tráfico sexual

Freiras “viram” prostitutas para salvar vítimas do tráfico sexual

Um verdadeiro exército de freiras se organiza para resgatar vítimas do tráfico de pessoas. Elas se passam por prostitutas, infiltrando-se em bordéis para conhecer a realidade. Em alguns casos, compram crianças mantidas em regime de escravidão.

O nome do ministério é Thalita Kum, inspirada nas palavras de Jesus em Marcos 5:41. A organização filantrópica já se expande por 80 países. Organizado em 2004, atualmente o grupo é composto 1100 freiras, mas necessita de mais gente por causa da expansão global do tráfico de pessoas. Estimam que 1% da população global é cooptado pelo tráfico, ou quase 73 milhões de pessoas. Dessas, 70% são mulheres com 16 anos ou menos.

John Studzinski, banqueiro e filantropo que representa o Thalita Kum, disse recentemente: “Não estou tentando ser sensacionalista, mas quero ressaltar que… as forças do mal estão por aí”.

“Esses são problemas causados pela pobreza e pela desigualdade, mas vai muito além disso”, afirmou Studzinski durante uma Conferência que discute os direitos e o tráfico de mulheres. São várias as histórias tristes ouvidas das mulheres resgatadas, que ficaram presas, foram violentadas, torturadas e constantemente acabam como escravas sexuais.

“Elas [as freiras] não confiam em ninguém. Não confiam no governo, não confiam nas corporações privadas, nem na polícia local. Em alguns casos, dizem que não podem confiar sequer no clero”, por isso estão agindo afirmou Studzinski.

As freiras que ‘viram’ prostitutas trabalham em cooperação com uma rede que atua no combate ao tráfico de crianças, vendidas como escravas, sobretudo na África, nas Filipinas, no Brasil e na Índia. As religiosas arrecadam dinheiro de várias maneiras para tentarem recuperar essas crianças.

Possuem várias ‘casas de crianças’ espalhada pelo mundo. “São crianças que, se não forem resgatadas, serão vendidas como escravas, às vezes pelos próprios pais. É chocante, mas é real”, insiste o representante da organização.

A freira italiana Gabriella Bottani revela que o Brasil é um país onde todas as fases do percurso das vítimas de exploração coexistem. É um país de origem, trânsito e destino de pessoas exploradas, e destacou que a maior parte destas são mulheres jovens, vindas de famílias pobres e com baixos níveis de escolaridade.

A freira Estrella Castalone, uma italiana que coordena a rede Talitha Kum no Brasil explicou que, procurando sair da pobreza, estas meninas “acabam sendo enganadas ou se transformam em vítimas de diferentes formas de exploração”. Com informações de Christian Today