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Igreja Universal é condenada a indenizar empregado que desempenhou função de pastor

 Fachada de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus

Fachada de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus

Exercendo função religiosa de pastor até o ano 2000, aproximadamente, um empregado da Igreja Universal do Reino de Deus ingressou com uma reclamação trabalhista pleiteando reconhecimento de vínculo empregatício e das verbas decorrentes dessa relação.

Em suas manifestações, a Universal afirmou que o autor da reclamação, um “pastor evangélico” que fazia parte da instituição religiosa, é “pessoa alheia ao quadro de funcionários da Contestante, jamais havendo qualquer vínculo empregatício entre as partes”.

Como é sabido, a função do culto é religiosa e não gera vínculo empregatício, por ser voluntária. No entanto, para o juízo de 1º grau do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, o autor da reclamação passou a trabalhar no setor de obras (construções) da igreja, exercendo função desvinculada das atividades religiosas e mediante recebimento de valores, descaracterizando o trabalho religioso voluntário.

Sobre a alegação da igreja de que o trabalho desempenhado pelo empregado era religioso negando a existência de vínculo empregatício, a sentença destacou que “o trabalho religioso é voluntário e não oneroso”. Para o magistrado ficou comprovado que, no caso analisado, havia onerosidade, entendendo assim que todos os elementos para a caracterização da relação de emprego estavam presentes.

Em depoimento, o preposto da Universal confessou que o empregado “foi convidado para representar essa área de manutenção dentro da Igreja desde 2000 até 2014” e “que nos últimos anos o reclamante recebia R$ 8.083,00”. Além disso, a testemunha da igreja declarou que ajudava o empregado no departamento de obras da igreja.

Assim, o juízo de 1º grau reconheceu o vínculo empregatício entre o gestor de obra e a Igreja Universal do Reino de Deus, a partir do ano 2000, e julgou os pedidos da ação parcialmente procedentes. Desse modo, a igreja foi condenada a pagar R$ 170 mil reais decorrentes da relação contratual. Inconformados, o empregado e a Igreja Universal interpuseram recursos contra a referida sentença.

Para os magistrados da 8ª Turma do TRT-2, a igreja negou o vínculo de emprego, porém admitiu que o empregado exerceu o sacerdócio como pastor evangélico. Todavia não provou que a relação jurídica não foi a de emprego.

Ademais, segundo o acórdão de relatoria da desembargadora Silvia de Almeida Prado, o preposto confessou, em seu depoimento, os requisitos da relação de emprego.

A decisão declarou ainda inválido o pedido de demissão apresentado pela igreja “em razão da revelação trazida pela testemunha da reclamada de que ‘o reclamante foi desligado e não pediu para sair’”.

Assim, converteu o pedido de demissão em dispensa injustificada e condenou a Universal a pagar as verbas rescisórias decorrentes do desligamento. No mais, manteve a sentença de origem, inclusive na determinação de expedição de ofício à Delegacia Regional do Trabalho, ao INSS e à Caixa Econômica Federal.

(Processo nº 00016939120155020008)

Fonte: TRT – 2ª Região (Silvana Costa Moreira – Secom/TRT-2)

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Cultos

Benny Hinn admite ter exagerado com a Teologia da Prosperidade

Benny Hinn é famoso pastor televangelista neopentecostalBenny Hinn é famoso pastor televangelista neopentecostal

Enquanto refletia sobre a vida e a morte do evangelista Billy Graham em um vídeo publicado no Facebook, o evangelista Benny Hinn admitiu que “foi longe demais” com a teologia da prosperidade.

“Nós somos atacados por pregar prosperidade. Bem, está na Bíblia, mas acho que alguns chegaram ao extremo com isso, e a palavra de Deus não ensina assim. Acho que eu sou tão culpado quanto os outros”, disse ele.

“Às vezes você vai um pouco além do que realmente precisa ir e, então, Deus o traz de volta à normalidade e à realidade”, disse Hinn, de 65 anos, em sua conversa com um colega do ministério. O vídeo completo pode ser visto no final dessa matéria, em inglês.

“Quanto mais você conhece a Bíblia, mais você se torna biblicamente embasado e equilibrado em suas opiniões e pensamentos, porque somos influenciados. Quando eu era mais novo, fui influenciado pelos pregadores que ensinavam naquela época. Mas como vivi mais tempo, fico pensando: ‘Você sabe que isso não se encaixa totalmente com a Bíblia e com a realidade’. Então, o que é prosperidade?”, questiona.

Hinn falou sobre o ensino que diz que os cristãos podem obter bênçãos de saúde e riqueza através de confissões positivas de fé e “plantar sementes” através de pagamentos de dízimos e ofertas.

“Será que Elias, o profeta, tinha um carro? Nem sequer tinha uma bicicleta. Ele não tinha falta alguma. Jesus dirigiu um carro ou vivia em uma mansão? Não. E os apóstolos?”, questionou Hinn, explicando sua interpretação sobre o que é sentir falta de algo. “Hoje, a ideia é abundância e casas palacianas, carros e contas bancárias. O foco está errado. Tão errado”, ressaltou.

O evangelista, que já foi apanhado em controvérsias sobre as riquezas em seu ministério, disse que vive muito mais humildemente agora. “Quero me perdoar. As pessoas me acusaram de coisas que nem sequer são reais. Um cara escreveu: ‘Oh, ele vale 40 milhões’. Como eu gostaria! Eu daria tudo ao Reino diante de Deus”, disse.

“Ele voa em jatos particulares”, continuou Hinn, imitando seus críticos. “Não, eu não. Eu não viajei em voos privados nestes anos. Eu vôo em viagens comerciais como qualquer outra pessoa”, explicou.

“Nós cometemos o erro de pensar que isso é o que Deus quer e Deus diz: ‘Não, isso não é o que Eu quero’. É hora de viver biblicamente. Você sabe que tudo se resume a uma coisa. Nós amamos Jesus, sim ou não? Se amamos a Jesus, é tudo sobre Ele. Se não amamos Jesus, então é sobre outras coisas”, salientou. Em última análise, Hinn disse que quer que sua vida “termine bem” com Deus.

Ministério e o divórcio

Em 2015, durante o evento “Escola Profética” conduzido pelo Ministério Joel Engel, Benny Hinn revelou que chegou a pregar separado de sua esposa. “Em 2010, eu passei por um desafio na minha vida, e isso pode acontecer com qualquer um. Minha esposa vem de uma grande família, muito ricos no espírito. O pai dela acabou perdendo o ministério por causa de uma mulher”, disse ele.

Depois do escândalo na família de sua esposa, Suzanne Hinn, um período turbulento marcou o processo de separação do casal. “Minha esposa começou a ter lutas com a identidade dela. Eu estava viajando, pregando e ministrando, enquanto minha esposa estava emocionalmente morrendo. Acabamos enfrentando o divórcio”, conta o pregador.

O casal ficou separado durante três anos, causando grande polêmica no meio evangélico e um abalo na vida familiar, ministerial e espiritual de Benny. “Esses três anos foram muito terríveis. Um dia, eu e minha esposa fomos ter uma longa conversa, e foi horrível, uma guerra. E como resultado desse divórcio, minha força espiritual começou a ser afetada”, conta.

Mesmo com todos os acontecimentos em sua vida pessoal, a unção permaneceu sobre o ministério de Benny Hinn. “Isso começou a mexer comigo. Eu perguntava: ‘Senhor, por que está me ungindo sabendo que eu estou lutando pela minha vida?’. De início Ele não me respondeu, mas eu comecei a perceber, dia após dia, o perigo em que eu estava.”

“Comecei a entender que a unção do meu ofício não tem nada a ver com a unção na minha vida. A unção na minha vida é o que mantém o fogo de Deus na minha alma. É essa unção nos nosso corações que precisa ser cuidada”, disse. “A unção no ministério é como um peso que você carrega. Se a unção do seu coração começar a enfraquecer, a unção que está no seu ministério vai te destruir”.

Casamento restaurado

Benny Hinn contou que sua entrega a Deus foi a chave para a restauração de sua família. “Foi isso que curou a minha família. Minha esposa olhou no meu rosto, e disse: ‘Benn, eu vejo Jesus nos seus olhos. Vamos ficar juntos novamente’. Graças a Deus, hoje, o Senhor curou o meu casamento”.

“Vou dizer algo: no nosso caso, o divórcio foi a melhor coisa que nos aconteceu. Alguns pastores aqui estavam no meu casamento – o segundo casamento, com a mesma mulher. O Senhor curou o nosso relacionamento e a minha esposa completamente”, disse na época.

Confira o vídeo em inglês:

Fonte: Guia-me

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católicos

Padre Reginaldo Manzotti critica as igrejas evangélicas

Padre Reginaldo ManzottiPadre Reginaldo Manzotti

Durante entrevista ao programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, o padre Reginaldo Manzotti fez duras críticas aos métodos da igreja evangélica quando foi questionado sobre a diminuição do número de católicos e consequente aumento da população evangélica.

O  religioso justificou fazendo referência à chamada teologia da prosperidade.

“É engraçado fazer uma proposta assim ‘me dá seu Fusca que Deus te devolve uma Limusine’. Isso atrai, né? Ou ‘vem para cá que resolvo todas as suas crises’. Eu não falaria que Deus vai curar suas doenças. Isso chama teologia da prosperidade. Nós, católicos, não fazemos isso por que não é verdade. É uma forma de ludibriar as pessoas. Então o número de evangélicos cresce porque, em um momento de crise, alguns líderes oferecem respostas fáceis para problemas graves”, declarou o padre.

Ainda durante a entrevista, Manzotti foi abordado sobre o tema da homossexualidade. Segundo ele, a igreja não mudou suas regras, mas está aprendendo a lidar com a questão.

“Ainda acredito na criação. Deus fez o ser humano. Quando a grávida faz um exame na barriga e ele mostra um ‘pipi’, o bebê é homem! Não pode chegar uma lei de gênero e passar isso goela abaixo de todos. A igreja tem regras claras. Mas repito que isso não significa exclusão”, garantiu o sacerdote.

Reginaldo Manzotti também aproveitou para defender a postura da igreja católica no combate a casos de pedofilia dentro da instituição.

“É de fato uma ferida. Começou a mudar com o Papa Bento XVI, que teve coragem de colocar a mão ali e dizer ‘tolerância zero’. Acontece que esses casos são exceções. Qual instituição que não tem problemas? A igreja está cuidando das vítimas e dos padres”, destacou Manzotti.

Fonte: Pleno News