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Racha na AD – Pastor Samuel Câmara e mais de 25 mil pastores se preparam para deixar a CGADB

Pastor Samuel Câmara
Pastor Samuel Câmara

O Pastor Samuel Câmara, presidente Assembleia de Deus em Belém do Pará e mais de 25 mil pastores estariam se preparando para deixar a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) para se filiarem a uma nova convenção nacional que está sendo criada.

Uma fonte não identificada, confirmou a saída do pastor que está há 33 anos na CGADB e declarou que pastores de todo o Brasil já estão se reunindo para formar esta nova convenção. “É um caminho inevitável”, declarou a fonte citando os problemas gerados na CGADB por conta das últimas eleições para presidente.

O entendimento a esse respeito, já acontece há dois meses e várias reuniões aconteceram em diferentes estados brasileiros e em uma delas, em Belém do Pará, já teriam criado o Estatuto da nova Convenção Assembleiana – cujo nome não foi divulgado.

Entre as principais mudanças estará a ordenação de pastoras, algo não permitido atualmente na CGADB. A nova convenção também terá uma editora para produzir e distribuir o material da Escola Bíblica Dominical, livros, além de ter um curso básico de teologia com certificado do MEC.

André Câmara, filho do pastor Samuel Câmara, afirmou que  o entendimento para a criação da nova convenção partiu de diversas lideranças evangélicas do país.

“Isso é um movimento de todos os pastores do Brasil, é um movimento do Brasil, não é do pastor Samuel Câmara viu. O pastor Samuel Câmara não tem ingerência nisso, é uma coisa muita espontânea” , disse André Câmara ao site JM Notícia.

Demandas judiciais

Em abril de 2013, pastor Samuel Câmara concorreu à eleição da CGADB e perdeu para José Wellington por um placar apertado. Dentre os 16.410 votos válidos, José Wellington obteve 9.003 votos (54%) e contra 7.407 (46%) de Câmara. O resultado da eleição de 2013, foi questionado na justiça, e em consequência, a CGADB foi multada a pagar mais de R$ 9 milhões de reais, porque não demonstrou em juízo os comprovantes de pagamentos de inscrições dos ministros que votaram na eleição de 2013.

Após acordo entre Câmara e o ex-presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, a ação judicial foi retirada e José Wellington fez o compromisso de que na eleição de 2017, Samuel Câmara teria acesso a todo o processo eleitoral da entidade, o que de fato, não aconteceu.

Em 2017, após várias demandas judiciais, envolvendo supostas inscrições de pastores desligados e até mortos, a CGADB anunciou em abril deste ano, a vitória do pastor Wellington Júnior como o novo presidente da CGADB, obtendo 14.675 votos, contra 8.145 votos do pastor Samuel Câmara.

No dia da eleição, pastor Samuel Câmara afirmou que foi impedido de ter acesso ao local da apuração. “Nós viemos aqui para participar da eleição e lamentavelmente a empresa Scty não deixou nem a gente chegar perto e mudaram tudo para aquele Hotel…e nem deixou a gente entrar… só tínhamos uma coisa a fazer… orar”.

Propostas

Entre as propostas que Câmara sempre defendeu enquanto candidato à presidente da CGADB, foi alternância de Poder na Presidência e Mesa Diretora, a criação da Rede Assembleia de Deus de TV, Rádio e Internet. Ele tinha defendido ainda que, a CPAD estivesse presente em todos estados e com valores acessíveis, prestasse atendimento Jurídico, Contábil e previdenciário aos pastores da CGADB e a criação de impactos sociais, de evangelismo e Missionários no Brasil e Exterior.

Fonte: JM Notícia

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Teólogo aponta para fatores que formam o “sistema do Anticristo”

Mark Biltz diz que ecumenismo do papa Francisco, globalismo político e novas tecnologias preocupam
Papa Francisco e Ahmed al-Tayeb

Papa Francisco e Ahmed al-Tayeb. (Foto: CNS /Paul Haring)

Muitos cristãos ficaram indignados no início deste mês quando o papa Francisco se reuniu com um imã e assinou um “pacto religioso” que apara muitos é o ponto de partida para uma religião mundial.

Teólogo especialista em escatologia, Mark Biltz diz que esse é apenas um dos fatores que mostra como o mundo está se preparando para o Anticristo.

Em seu novo livro, “Decodificando o Anticristo e o Fim dos Tempos” [Decoding the Antichrist and End Times], ele explica como a tríade religião mundial, globalismo político e as novas tecnologias são a base para o domínio mundial. Conforme observa Biltz, esses três fatores estão bem desenvolvidos em nossos dias.

“É como um tripé”, diz Biltz. “Observe as mudanças na maneira das pessoas verem a religião, toda a tecnologia que está agora disponível para implementar essa ordem mundial, o globalismo político, onde você vê os papéis claros de Rússia, China e Irã, Síria e Israel. Essas três bases de sustentação estão se unindo ao mesmo tempo “.

O teólogo exemplifica que o governo já tem meios de acesso para monitorar suas casas e todos os nossos passos, por causa do celular. Mesmo algo tão inofensivo quanto testes de DNA poderiam dar ao Anticristo meios para tentar eliminar o povo judeu. Segundo ele, essas são as coisas que precisamos observar.

“É incrível como estamos sob vigilância – e não estou falando sobre uma teoria da conspiração”, esclarece. “Eu estou falando sobre como eles podem nos rastrear através de nossos telefones. … Realmente não há mais privacidade.”

O estudioso reconhece que, quando se trata do fim dos tempos, os cristãos passaram a maior parte do tempo tentando descobrir quem é o Anticristo. Durante a Reforma, a Igreja achava que o papa era o Anticristo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos pensaram que era Hitler. Mais recentemente surgiram teorias de apontam para outras figuras públicas.

No entanto, Biltz sempre entendeu que era muito mais importante descobrir o que esse homem faria. Passou então a estudar as Escrituras a fundo para descobrir a verdade sobre o sistema que o Anticristo colocará em prática e como ele conseguirá controlar e manipular o mundo inteiro.

“Eu senti que era mais importante traçar o perfil do Anticristo, tentar descobrir como ele opera, qual o seu modus operandi e reconhecer que o sistema do Anticristo está trabalhando entre nós agora, hoje”, diz ele no livro.

Embora o Anticristo se levantará apenas no fim dos tempos, o espírito do Anticristo já está conosco desde o início da Igreja (1 João4: 1-3). Biltz diz que esse espírito se manifesta no que ele chama de “legalização da imoralidade”.

Entre outras coisas, ele coloca nesta lista a legalização de pautas como aborto, casamento gay e drogas. “Para mim, o espírito do Anticristo é um sistema em que tentamos legalizar a imoralidade, pensando que isso justifica tudo”, encerra.

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Padre católico gay diz que a igreja nos EUA “não é um armário, é uma gaiola”

Gregory Greiten, padre católico da igreja americana que assumiu ser homossexualGregory Greiten, padre católico da igreja americana que assumiu ser homossexual
 The New Yor Times

Era 1982 e ele estava fazendo um retiro com seus colegas de classe do seminário católico St. Lawrence.

Os líderes pediram que cada garoto classificasse o que preferiria que lhe acontecesse: sofrer queimaduras em 90% do corpo, virar paraplégico ou ser gay.

Todos os meninos optaram por ficar queimados ou paralíticos. A brincadeira ganhou o nome de Jogo da Vida.

Sete anos mais tarde ele subiu na janela de seu dormitório no seminário e passou uma perna sobre o parapeito.

Hoje padre em Milwaukee, Greiten se recorda de ter pensado claramente pela primeira vez: “Sou realmente gay”. “Foi como uma sentença de morte”, comenta.

O armário da Igreja Católica depende de uma contradição.

Há anos os líderes da igreja afastam os fiéis gays. Mas milhares de padres são gays.

Menos de dez padres até agora nos EUA ousaram sair do armário publicamente.

Mas gays compõem no mínimo 30% a 40% do clero católico americano, segundo dezenas de estimativas de pesquisadores e de padres gays. Para alguns clérigos, o número real é mais próximo de 75%.

Falando com o The New York Times ao longo dos últimos dois meses, duas dúzias de padres e seminaristas gays de 13 estados compartilharam detalhes sobre sua vida no armário católico.

Quase todos exigiram anonimato total para falar, temendo ser castigados por seus bispos ou superiores.

A maioria deles exerce o sacerdócio ativamente; se eles forem denunciados, podem perder mais que seu emprego.

A igreja quase sempre controla a moradia, o seguro-saúde e a aposentadoria dos padres.

Eles podem perder tudo isso se seu bispo considerar que sua sexualidade os desqualifica do sacerdócio, mesmo que eles sejam fiéis aos votos de celibato.

Para os padres gays, o ambiente vem ficando cada vez mais perigoso.

A queda do antes poderoso cardeal Theodore McCarrick, afastado da igreja na semana passada pelo abuso sexual de garotos e rapazes, inflamou as acusações de que a homossexualidade seria a culpada pela crise ressurgente de abuso sexual na igreja.

Estudos repetidos concluíram que não existe ligação entre ser gay e cometer abuso sexual de crianças.

Mesmo assim, bispos destacados apontam para sacerdotes gays como estando à raiz do problema.

Mesmo o papa Francisco vem ficando mais crítico nos últimos meses.

Ele descreveu a homossexualidade como algo “na moda”, recomendou que homens que têm “essa tendência arraigada” não sejam aceitos no sacerdócio.

Esta semana o papa vai presidir uma reunião de cúpula muito aguardada sobre abuso sexual, com a participação de bispos de todo o mundo.

A discussão promete tratar não apenas da cobrança de responsabilidade dos bispos, mas também da própria homossexualidade.

Convertidos em bodes expiatórios, muitos padres se enfiaram mais fundo no armário.

“A grande maioria dos padres gays não está em segurança”, disse o padre Bob Bussen, de Park City, Utah, denunciado como gay há 12 anos depois de celebrar uma missa para a comunidade LGBTQ.

“Viver no armário é pior do que ser feito de bode expiatório”, ele opinou. “Não é um armário, é uma gaiola.”

Antes mesmo de se saber gay, um padre talvez já conheça o armário. A lição sobre isso é ensinada desde cedo, muitas vezes no seminário.

“Numquam duo, semper tres”, reza o aviso. Nunca em duplas, sempre em grupinhos de três.

Os padres nos EUA tendem a assumir sua condição gay para eles mesmos em idade muito superior à média nacional dos homens gays, que é 15 anos.

Muitos padres gays contaram que se alternaram entre negação e confusão durante anos, finalmente se reconhecendo como gays apenas na casa dos 30 ou 40 anos.

Greiten tinha 24 anos quando entendeu que era gay e pensou em se jogar da janela de seu dormitório.

Ele não o fez, mas contou a um colega de classe sobre o desespero que sentia.

Seu amigo se assumiu como gay, ele próprio. Foi uma revelação para Greiten: havia outras pessoas estudando para ser padres que eram gays.

A questão era apenas que ninguém falava disso. Um ano atrás, Greiten decidiu que era hora de encerrar seu silêncio.

Durante a missa de domingo ele anunciou para sua paróquia que era gay e celibatário. Os fiéis se levantaram para aplaudi-lo.

Sua história viralizou. Um padre de 90 anos telefonou a Greiten para lhe dizer que passou sua vida inteira no armário e que sonhava que o futuro seria diferente.

Para alguns líderes da igreja, essas manifestações de apoio podem ter sido representado uma ameaça ainda maior que a sexualidade de Greiten.

Ele havia cometido o pecado cardeal: abrira a porta para discussões. Seu arcebispo, dom Jerome Listecki, de Milwaukee, divulgou comunicado dizendo que queria que Greiten não tivesse ido a público.

Choveram cartas chamando Greiten de “satânico”, “escória gay”, “monstro” que sodomiza crianças.

É quase certo que um dos grandes tópicos desta semana no Vaticano será atribuir a culpa pelos abusos sexuais na igreja a homens gays.

“Em vez de os bispos assumirem mais responsabilidade pelo que ocorreu, podemos assistir mais uma vez à condenação de lésbicas, gays e transexuais na igreja”, opinou John Coe, 63, diácono gay do Kentucky que saiu do armário no ano passado.

“O problema não é apenas a crise do abuso sexual”, disse Greiten, que que gostaria de ter podido falar com o papa Francisco.

“Estão ferindo e traumatizando sexualmente mais uma geração. Precisamos nos posicionar e dizer ‘chega de abuso sexual, chega de traumatização sexual, chega de inflingir feridas sexuais.”

Fonte e tradução: Folha de S. Paulo