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Saiba como são as iniciações religiosas

Nosso país é majoritariamente cristão: os dados mais recentes do IBGE sobre declaração espontânea de confissão religiosa mostram que 64,6% dos brasileiros são católicos e 22,2% são protestantes. Ou seja, 86,8% das pessoas passam, em algum momento, pelo batizado (embora haja bastante diferença entre os ritos católicos e protestantes).
Mas há uma parcela que segue outras religiões ou doutrinas – 5,2% da população, já que 8% declararam não ter religião –, e para essas famílias a iniciação religiosa é completamente diferente.
Saiba, a seguir, como são as tradições (ou a ausência delas) nas religiões ou doutrinas mais significativas do Brasil.
Budismo
De modo geral, é na fase adulta que os budistas passam pela iniciação formal, chamada de “ordenação leiga”. É preciso cerca de um ano de preparação até a cerimônia, em que um mestre ou superior de templo dá à pessoa, que se veste de preto, um novo nome e sua ordem na linhagem de Buda. Amigos e familiares podem acompanhar o ritual.
Candomblé
Os membros do candomblé devem louvar seu orixá e isso só é possível depois da iniciação. No sétimo dia de vida para meninas, oitavo dia de vida para gêmeos ou nono dia de vida para meninos, é realizada a Ikomojádê, cerimônia em que o bebê recebe um nome religioso africano e em que o pai-de-santo é consultado para indicar qual é o orixá dessa criança. Uma mulher joga água por todos os lados enquanto reza em voz alta e é escolhido um casal de padrinhos para o bebê.
Catolicismo
A iniciação religiosa católica é o batismo, realizado no primeiro ano de vida do bebê. Nele, um padre unge o peito do bebê com óleo, faz o sinal da cruz sobre ele e, por fim, derrama água benta em sua cabeça. Há igrejas em que é feito o mergulho do bebê na pia batismal. O batismo é confirmado na primeira comunhão (por volta dos nove anos de idade) e na crisma (a partir dos 14 anos).
Espiritismo
A doutrina espírita não segue rituais e não adota o batismo. Segundo o Instituto Chico Xavier, a justiça divina para aqueles que foram caridosos e seguiram a vontade de Deus não está condicionada ao fato de eles terem sido ou não batizados.
Islamismo
A primeira coisa que um bebê muçulmano deve ouvir é a palavra de Deus. Por isso, logo após o nascimento, o pai fala ao ouvido do pequeno o azan – o pronunciamento dos fundamentos da religião. Quando o bebê completa uma semana de vida, seus cabelos são raspados e seu peso em prata é doado pelos pais a uma família menos favorecida. Nesta cerimônia é escolhido ou revelado o nome da criança. Logo depois é feito o akika, um banquete com carne de carneiro como prato principal.
Judaísmo
A menina judia recém-nascida recebe seu nome na sinagoga, perante a Torá (cinco livros que contêm o texto central do judaísmo); já o menino recebe seu nome durante a circuncisão, realizada na presença de dez homens. A iniciação religiosa, porém, vem só na adolescência, aos 12 anos para as meninas (no bat-mitzvá) e aos 13 anos para os meninos (no bar-mitzvá). Eles leem trechos da Torá e recitam orações em hebraico. Depois, é comum haver uma grande festa para familiares e amigos.
Protestantismo
A maior parte das igrejas evangélicas – batistas, adventistas, pentecostais, neopentecostais, etc. – seguem a mesma linha de iniciação religiosa: o batismo, realizado por volta dos 10 anos de idade ou já na vida adulta. O ideal é que cada um passe pelo ritual apenas quando manifestar vontade de fazê-lo, sem ser forçado. Na cerimônia, a pessoa é totalmente imersa na água, assim como Jesus Cristo foi batizado por João Batista no rio Jordão. O pastor faz algumas perguntas, que são respondidas pelo fiel, e orações são feitas pelos familiares e amigos presentes para abençoar o momento. Os protestantes históricos, presbiterianos, luteranos, anglicanos, tal como os católicos, batizam os bebês.
Testemunha de Jeová
Os testemunhas de Jeová estudam por bastante tempo até poderem ser batizados, normalmente já adolescentes ou adultos. Passa-se por um período de troca de conhecimentos, disseminação da palavra da religião e orientação até poder falar com o coordenador do corpo de anciãos da congregação sobre o desejo de ser batizado. Outros anciãos farão perguntas sobre os ensinos bíblicos e, se concordarem que a pessoa está habilitada, permitirão o batismo. Na cerimônia, a pessoa é totalmente mergulhada na água.
Umbanda
O pai-de-santo ou a mãe-de-santo do terreiro frequentado pela família celebra o batizado. Na cerimônia, o bebê recebe seu nome e é abençoado com óleo, sal e água corrente (de fonte ou de cachoeira). Todos devem se vestir de branco e o clima é de seriedade e respeito aos Babalorixás e Ialorixás.
Mórmons
Os mórmons batizam suas crianças a partir dos oito anos de idade. Uma de suas doutrinas ensina: “E seus filhos serão batizados para a remissão de seus pecados quando tiverem oito anos de idade.” Deste modo, eles argumentam que as crianças pequenas não são batizadas antes dessa idade porque não são capazes de pecar.
CONIC com informações de Bebe.com.br
Imagem: Reprodução
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Católicos e evangélicos estão mais “próximos” que imaginam, diz pesquisa

Após 500 anos, as ideias da Reforma parecem ter perdido grande parte da sua importância


         Católicos e evangélicos estão mais “próximos” que imaginam

À medida que os evangélicos se preparam para marcar o 500º aniversário da Reforma Protestante, duas novas pesquisas realizadas pelo Instituto Pewmostram que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, as diferenças teológicas que dividiram o cristianismo nos anos 1500 parecem ter perdido grande parte da sua importância.

Tanto para evangélicos europeus quanto para norte-americanos, eles e os católicos hoje possuem mais semelhanças que diferenças. Os ideais da Reforma liderada por Lutero e que deu origem ao movimento que mudaria a história do mundo, resultando em mais de um século de guerras devastadoras e perseguições na Europa, aparentemente ficaram no passado.

Em 2017, evangélicos e católicos na América do Norte e na Europa parecem ter chegado a um ponto onde não identificam mais claramente suas diferenças no aspecto teológico. Alguns dos principais pontos que guiavam os reformadores no século 16 são amplamente ignorados pelos cristãos atuais nesses locais.

Foram entrevistados pela Pew Research Center 24.599 pessoas em 15 países europeus. Nos Estados Unidos, a pesquisa foi realizada com 5.198 fiéis. Os resultados surpreendem.

Por exemplo, o ensinamento de que a salvação da alma é alcançada unicamente através da fé em Jesus (doutrina conhecida pelo termo latino sola fide) na maior parte dos países da Europa Ocidental não é mais amplamente defendida.

A maioria dos evangélicos europeus (47% na média geral) defende que a salvação depende tanto da fé quanto das obras, aproximando-se mais do entendimento católico. O percentual dos que “não sabem” é de 18%. O quadro é bem maior no Reino Unido (62%) e na Alemanha (61%). Enquanto isso, metade dos evangélicos dos Estados Unidos (52%) dizem o mesmo.

Os evangélicos norte-americanos também estão divididos sobre outra questão que desempenhou um papel fundamental na Reforma: 46% dizem que a Bíblia é a única orientação religiosa que os cristãos precisam, o ensino conhecido como sola scriptura. Mas 52% defendem que também devem buscar orientação nos ensinamentos e na tradição da igreja, ideia sempre ensinada pela Igreja Católica.

Somente 30% de todos os evangélicos dos EUA concordam tanto com a sola fide quanto com a sola scriptura. De modo geral, são altos os percentuais de evangélicos que dizem que suas crenças são “parecidas” com a dos católicos.

Um dos motivos para essa confusão doutrinária é a quantidade cada vez menor de evangélicos e católicos da Europa que frequentam igrejas: em média apenas 8% e 14%, respectivamente.

Questionados sobre se oram diariamente, disseram ‘sim’ 14% dos evangélicos e 12% dos católicos. Quando perguntados se a religião é importante em suas vidas, responderam positivamente (em média) apenas 12% dos evangélicos e 13% dos católicos.Com informações do Gospel Prime

Pai de santo invoca entidades na Alerj e pede que “igrejas não se apossem do Estado”

Idealizado pelo PSOL, evento também pediu “Fora Temer”

                                            Candomblecista invoca entidades na Alerj

A cerimônia de homenagem a Mãe Beata de Iemanjá, realizada na da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) foi idealizada pelo PSOL, partido do deputado estadual Marcelo Freixo.

A sessão solene, que ocorreu no mês passado incluiu a entrega da Medalha Tiradentes, a maior honraria da Casa de Leis, aos filhos da mãe de santo Beatriz Moreira Costa, falecida recentemente.

“Os 86 anos de vida e militância da líder religiosa foram celebrados ao som de atabaques, instrumentos típicos das religiões de matrizes africanas, durante a entrega da Medalha Tiradentes, mais alta condecoração concedida pela Alerj”, afirma o site oficial da Assembleia.

A homenagem póstuma foi entregue pelo deputado Marcelo Freixo aos filhos da mãe de santo. Na ocasião, o governador decretou luto oficial de três dias no estado pela morte da líder religiosa.

Para surpresa de muitos, o PSOL que é ardente defensor do Estado laico, deu o microfone para Aderbal Moreira Costa invocar as entidades do candomblé no plenário. O seguidor de Mãe Beata discursou contra os políticos evangélicos e atacou a “família Bolsonaro”.

“Que essa Casa aprenda com os povos originários o que é ética, o que é valor e o que é humanidade… Que essa Casa não permita mais que as igrejas se apossem do estado”, bradou, sendo aplaudido por dezenas de seguidores das religiões afro presentes, bem como dos deputados de esquerda que prestigiavam o evento.

Aderbal prosseguiu, apelando para “Que essa Casa não permita mais o crime de racismo religioso, de homofobia, de lesbofobia, não permita mais o genocídio do povo negro, não permita que essa família Bolsonaro tome conta do estado e continue a cometer crimes contra a humanidade”.

Após o evento, Freixo, derrotado por Marcelo Crivella (PRB) na disputa à prefeitura do Rio de Janeiro ano passado, afirmou que essa cerimônia foi “o dia mais bonito que já presenciei no Parlamento”.

Ficou claro, mais uma vez, que ele e seu partido mantém o famoso discurso de esquerda que usa “dois pesos e duas medidas”. Enquanto atacam qualquer manifestação religiosa cristã dentro das instituições públicas em nome da laicidade do Estado, dão espaço para religiões afro-brasileiras como legítimas.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) já fez o mesmo na Câmara dos Deputados. O ataque aos deputados evangélicos e o uso do discurso de homofobia revela mais uma vez a hipocrisia do discurso esquerdista.

Assista: