Nenhuma religião tem crescido tanto na Islândia quanto a religião nórdica: de 570 membros em 2002, o número de membros da Associação de Fé em Æsir (o clã de deuses que vivem em Asgard) saltou para 3900 atualmente. É a segunda crença mais popular no país, atrás do cristianismo.
E, até o fim de 2018, eles terão um templo para chamar de seu na capital do país, Reykjavik. É a primeira vez em mais de mil anos, desde que o cristianismo chegou aos países nórdicos e classificou a crença politeísta como pagã, que um templo é erguido em homenagem a Odin, Thor e os outros deuses no país.
“Eu não acho que ninguém acredita em um homem de um olho só cavalgando sobre um cavalo de 2,5 metros”, disse Hilmar Örn Hilmarsson, sacerdote que promove a religião nórdica. “Vemos essas histórias como metáforas poéticas e manifestações das forças da natureza e da psique humana”, completou.
Entre os seguidores do chamado paganismo nórdico, são promovidos valores tradicionais islandeses, como honestidade, tolerância e respeito ao meio ambiente. O templo, projetado pelo arquiteto Magnús Jensson, terá capacidade para 250 pessoas e foi desenhado para demonstrar a relação íntima entre terra, céu e sol.
O terreno foi doado pela prefeitura de Reykjavik, e outras cidades já demonstraram estar dispostas a fazer ações semelhantes, talvez de olho no atrativo turístico que a construção trará. O templo receberá cerimônias como casamentos e funerais, além de servir para batizados de crianças e para iniciar jovens na religião, assim como é comum em outras crenças.