Eclética - Ad Majorem Dei Gloriam -Shema Yisrael Adonai Eloheinu Adonai Ejad, = "Ouve Israel! O Senhor é Nosso Deus e Senhor, o Senhor único." PIX: 61986080227
Nosso país é majoritariamente cristão: os dados mais recentes do IBGE sobre declaração espontânea de confissão religiosa mostram que 64,6% dos brasileiros são católicos e 22,2% são protestantes. Ou seja, 86,8% das pessoas passam, em algum momento, pelo batizado (embora haja bastante diferença entre os ritos católicos e protestantes).
Mas há uma parcela que segue outras religiões ou doutrinas – 5,2% da população, já que 8% declararam não ter religião –, e para essas famílias a iniciação religiosa é completamente diferente.
Saiba, a seguir, como são as tradições (ou a ausência delas) nas religiões ou doutrinas mais significativas do Brasil.
Budismo
De modo geral, é na fase adulta que os budistas passam pela iniciação formal, chamada de “ordenação leiga”. É preciso cerca de um ano de preparação até a cerimônia, em que um mestre ou superior de templo dá à pessoa, que se veste de preto, um novo nome e sua ordem na linhagem de Buda. Amigos e familiares podem acompanhar o ritual.
Candomblé
Os membros do candomblé devem louvar seu orixá e isso só é possível depois da iniciação. No sétimo dia de vida para meninas, oitavo dia de vida para gêmeos ou nono dia de vida para meninos, é realizada a Ikomojádê, cerimônia em que o bebê recebe um nome religioso africano e em que o pai-de-santo é consultado para indicar qual é o orixá dessa criança. Uma mulher joga água por todos os lados enquanto reza em voz alta e é escolhido um casal de padrinhos para o bebê.
Catolicismo
A iniciação religiosa católica é o batismo, realizado no primeiro ano de vida do bebê. Nele, um padre unge o peito do bebê com óleo, faz o sinal da cruz sobre ele e, por fim, derrama água benta em sua cabeça. Há igrejas em que é feito o mergulho do bebê na pia batismal. O batismo é confirmado na primeira comunhão (por volta dos nove anos de idade) e na crisma (a partir dos 14 anos).
Espiritismo
A doutrina espírita não segue rituais e não adota o batismo. Segundo o Instituto Chico Xavier, a justiça divina para aqueles que foram caridosos e seguiram a vontade de Deus não está condicionada ao fato de eles terem sido ou não batizados.
Islamismo
A primeira coisa que um bebê muçulmano deve ouvir é a palavra de Deus. Por isso, logo após o nascimento, o pai fala ao ouvido do pequeno o azan – o pronunciamento dos fundamentos da religião. Quando o bebê completa uma semana de vida, seus cabelos são raspados e seu peso em prata é doado pelos pais a uma família menos favorecida. Nesta cerimônia é escolhido ou revelado o nome da criança. Logo depois é feito o akika, um banquete com carne de carneiro como prato principal.
Judaísmo
A menina judia recém-nascida recebe seu nome na sinagoga, perante a Torá (cinco livros que contêm o texto central do judaísmo); já o menino recebe seu nome durante a circuncisão, realizada na presença de dez homens. A iniciação religiosa, porém, vem só na adolescência, aos 12 anos para as meninas (no bat-mitzvá) e aos 13 anos para os meninos (no bar-mitzvá). Eles leem trechos da Torá e recitam orações em hebraico. Depois, é comum haver uma grande festa para familiares e amigos.
Protestantismo
A maior parte das igrejas evangélicas – batistas, adventistas, pentecostais, neopentecostais, etc. – seguem a mesma linha de iniciação religiosa: o batismo, realizado por volta dos 10 anos de idade ou já na vida adulta. O ideal é que cada um passe pelo ritual apenas quando manifestar vontade de fazê-lo, sem ser forçado. Na cerimônia, a pessoa é totalmente imersa na água, assim como Jesus Cristo foi batizado por João Batista no rio Jordão. O pastor faz algumas perguntas, que são respondidas pelo fiel, e orações são feitas pelos familiares e amigos presentes para abençoar o momento. Os protestantes históricos, presbiterianos, luteranos, anglicanos, tal como os católicos, batizam os bebês.
Testemunha de Jeová
Os testemunhas de Jeová estudam por bastante tempo até poderem ser batizados, normalmente já adolescentes ou adultos. Passa-se por um período de troca de conhecimentos, disseminação da palavra da religião e orientação até poder falar com o coordenador do corpo de anciãos da congregação sobre o desejo de ser batizado. Outros anciãos farão perguntas sobre os ensinos bíblicos e, se concordarem que a pessoa está habilitada, permitirão o batismo. Na cerimônia, a pessoa é totalmente mergulhada na água.
Umbanda
O pai-de-santo ou a mãe-de-santo do terreiro frequentado pela família celebra o batizado. Na cerimônia, o bebê recebe seu nome e é abençoado com óleo, sal e água corrente (de fonte ou de cachoeira). Todos devem se vestir de branco e o clima é de seriedade e respeito aos Babalorixás e Ialorixás.
Mórmons
Os mórmons batizam suas crianças a partir dos oito anos de idade. Uma de suas doutrinas ensina: “E seus filhos serão batizados para a remissão de seus pecados quando tiverem oito anos de idade.” Deste modo, eles argumentam que as crianças pequenas não são batizadas antes dessa idade porque não são capazes de pecar.
“Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.” (Ef 4:30,31)
por Orlando Martins
Este é um tema muito debatido em círculos cristãos, e aqui apresento uma visão panorâmica à luz da Bíblia do que são os pecados contra o Espírito Santo.
Resistência ao Espírito Santo
Este pecado contra o Espírito Santo pode ser compreendido pelo modo como Estevão terminou o seu sermão: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo” (At 7:51). Resistir ao Espírito Santo é recusar, de forma consciente, a sua vontade divina transmitida por Ele.
Entristecer ao Espírito Santo
Na epístola aos efésios está escrito: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.” (Ef 4:30,31)
Como podemos entristecer o Espírito Santo?
Entristecemos o Espírito Santo quando estimulamos as obras da carne por meio da conversação maligna e corrupta, da linguagem impura e pecaminosa. Ademais, muitos entristecem o Espírito Santo quando se esquecem que Ele nos convence do pecado, levando-nos próximos à justiça e ao juízo, e assim, quando não aceitamos a correção do Espírito e insistimos em praticar coisas que entristecem o Espírito de Deus, Ele se entristece, afinal, Ele é uma Pessoa.
Mentir ao Espírito Santo
A mentira ao Espírito Santo está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo Espírito, denuncia a mentira de Ananias e Safira:
“Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5:3)
O sentido da palavra “mentira” em Atos 5:3 corresponde a “contar uma falsidade como se fosse verdade”. Quem mente ao Espírito Santo menospreza a sua deidade. Ele é Deus!
Extinguir o Espírito
O apóstolo Paulo, escrevendo aos tessalonicenses, exortou-os: “Não extingais o Espírito” (I Ts 5:19). Assim acerta o pastor e escritor Hernandes Dias Lopes, quando em seus livros e palestras afirma que deve haver um equilíbrio entre fervor espiritual e conhecimento teológico, pois quando temos conhecimento sem fervor, pode-se gerar em nós certo formalismo. Já fervor sem conhecimento pode gerar fanatismo. Desta feita, muitos nos últimos anos têm escrito acerca deste equilíbrio que deve haver na Igreja, entre a exposição da Palavra e a ação do Espírito Santo. Se por um lado não podemos concordar com as meninices e com o fanatismo, por outro não haveremos de nos conformar com um cristianismo ritualista e árido, que anule a ação do Espírito.
Como crentes fundamentados na Palavra e no equilíbrio, devemos buscar a ação do Espírito, baseado na Palavra, pois ela é a voz do próprio Espírito. Em suma, quando se perde a essência do cristianismo, apaga-se o amor, o que, por conseguinte, gera uma vida cristã apática, sem vida no Espírito. Para que não venhamos a extinguir a ação do Espírito, devemos sempre permanecer como os apóstolos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2:42).
Blasfêmia contra o Espírito Santo
“Portanto, eu vos digo: toda forma de pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra oEspírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.” (Mateus 12.31-32)
A orientação apresentada por Jesus neste relato difere a blasfêmia contra o Espírito Santo de todos os outros tipos de pecado dentro da narrativa bíblica. Desta feita, é preciso analisar, à luz da exegese do Novo Testamento, a relação das expressões usadas neste período. A tradução da versão inglesa King James traduz a expressão passa hamartia por “toda forma de pecado”.
É evidente, no entanto, que o sentido da expressão é “toda outra espécie de pecado”. Portanto, a blasfêmia contra o Espírito Santo não está inclusa nesta expressão. As traduções de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil (Sociedade Bíblica do Brasil) e Revista e Corrigida, vindo literalmente do grego, trazem-nos que todo pecado, obscurece o sentido mais amplo. Todavia, existem várias possibilidades sobre o que realmente é blasfemar contra o Espírito Santo. Acerca deste tema tão difícil, começam a surgir várias opiniões, como por exemplo, o que ocorre entre alguns dos pentecostais extremados, os quais afirmam que “blasfemar contra o Espírito Santo” é:
1) Descrer, duvidar de alguém que fala em línguas;
2) Rir ou escarnecer;
3) Não crer na ação do Espírito Santo durante o culto;
4) Duvidar de qualquer coisa que seja sobrenatural.
Por outro lado, os cessacionistas (os que não creem em dons), ou os mais tradicionais, chegam a afirmar que os exageros do movimento pentecostal ou do neopentecostalismo não deixam de ser uma espécie de blasfêmia contra o Espírito Santo. Contudo, tanto os ultrapentecostais como os cessacionistas, ou tradicionais extremados, demonstram muito exagero e até mesmo fanatismo na exposição destas opiniões, ausentes de coerência teológica. Poucos se detêm a examinar o contexto das passagens bíblicas alusivas à blasfêmia contra o Espírito Santo, como acontece na maioria dos casos dos assuntos aparentemente divergentes na Bíblia.
A análise do texto elucida alguns pontos aos quais devemos nos atentar. Os textos relevantes são encontrados nos três primeiros evangelhos, chamados “evangelhos sinóticos” (que devem ser vistos em conjunto). Em Mateus 12, as afirmações de Jesus sobre blasfemar contra o Espírito Santo ditas foram quando Ele curou um homem possesso de demônios cujo domínio o havia feito cego e mudo. Em Marcos 3, a cura não é mencionada; Lucas registra a cura no capítulo 11, e menciona a blasfêmia contra o Espírito Santo em 12:10.
Considerar o mal como bem ou que luz eram trevas, era prática comum entre os fariseus. Esse ato traz em si mesmo um alerta anunciado pelo profeta Isaías (Is 5:20), e agora reinterpretado por Jesus como blasfêmia contra o Espírito Santo.
Ao longo da história, muitos estudiosos emitiram sua opinião sobre este tema. Segundo Irineu, blasfêmia contra o Espírito Santo seria a rejeição do evangelho. Para Atanásio, a negação da divindade de Cristo, a qual teve sua evidência ao homem pela concepção do Espírito Santo. Já para Orígenes, toda a quebra da lei após o batismo. Finalmente, Agostinho acreditava que a blasfêmia contra o Espírito representada era pela dureza do coração humano, rejeitando a obra de Cristo.
Vemos que a acusação feita contra Jesus em Mateus 12:24 (“Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios”) denuncia, erroneamente, que ele não passa de um simples curandeiro, cujos exorcismos são feitos pelo poder do Maligno, acusação que se repete nos evangelhos. Contesta-se, assim, o verdadeiro significado e a semântica do poder e das obras do Messias. Não vemos, no texto, a negação da realidade do milagre, mas a acusação de que o mesmo é diabólico, negando-o como sinal do poder soberano de Deus.
A reação de Jesus acontece por meio de uma série de parábolas rápidas que demonstram ser ilógico pensar que Satanás daria poderes a
Jesus a fim de destruir a si próprio. A última parábola (Mt 12:29), acerca de apoderar-se dos bens do valente, pode ser uma alusão a Isaías 49:24-25, em que Deus descreve a salvação futura com o mesmo tipo de figura de linguagem.
A existência de um pecado imperdoável tem mexido com a mente dos cristãos em todo mundo e em todos os séculos do cristianismo. Podemos observar, no contexto apresentado pelo evangelista, que a advertência de Jesus dirige-se contra os que rejeitam sua mensagem, ao chamá-la de satânica. No entanto, vemos que, se há preocupação pelo fato de que algo possa eliminar o ato do perdão de Cristo, isso é, ironicamente, evidência de que o homem crê em Cristo, e que o mesmo fora enviado por Deus, provando que tal pessoa, Jesus, não cometera o pecado contra o qual o Senhor adverte.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é rejeitar a Graça preciosa para a salvação em Jesus Cristo.
Desta forma, podemos concluir que apenas aqueles que se declaram apáticos às boas novas do Cristo poderiam blasfemar contra o Espírito Santo, e não os cristãos, conforme recomendação do apóstolo Paulo em Efésios 4:17-22: “E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano (…)”.
Acerca desse terrível pecado, o mundialmente pregador Billy Graham declara em seu livro “OEspíritoSanto“, nas páginas 134 e 135, o seguinte: “O pior pecado que um ser humano pode cometer contra o Espírito Santo é blasfemar contra Ele. A razão disto é clara: para este pecado não há perdão. Todos os outros pecados contra o Espírito Santo são cometidos por crentes. Podemos nos arrepender deles, receber perdão, e fazer um novo começo. Com a blasfêmia contra o Espírito Santo é diferente. Este pecado, chamado de “o pecado imperdoável”, é cometido por descrentes Os inimigos de Jesus, quando O acusaram de expulsar demônios pelo poder de Satanás apesar de Ele ter dito antes que os expulsava pela poder do ‘Espírito de Deus’, cometeram este pecado. Então Jesus continuou: ‘Por isso vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isto perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isto perdoado, nem neste mundo nem no porvir’ (Mt 12:31, 32)”.
Enquanto o Espírito estiver se ocupando de uma pessoa, esta não comete tal pecado imperdoável. Porém, quando alguém tanto se opõe ao Espírito Santo que Este o deixa de lado, então esta pessoa está em perigo. Noutras palavras, o pecado imperdoável implica na rejeição total e irrevogável de Jesus Cristo. Creio que é sobre isso que Estevão estava falando no sermão que pregou pouco antes de ser martirizado: “Homens de dura cerviz [teimosos, BLH]! Vós sempre resistis ao Espírito Santo” (Atos 7:51).
Portanto, acredito que a chave está na afirmação de Billy Graham: “o pecado imperdoável implica na rejeição total e irrevogável de Jesus Cristo (…)”.
Louis Berkhof, em sua “Teologia Sistemática”, página 249, expressa: “Não é tanto um pecado contra a pessoa do Espírito Santo, como contra a Sua obra oficial, que consiste em revelar, tanto objetiva como subjetivamente, a Graça e a Glória de Deus em Cristo. A raiz desse pecado é o consciente e deliberado ódio a Deus e a tudo quanto se reconhece como divino. É imperdoável, não porque a sua culpa transcende os méritos de Cristo, ou porque o pecador esteja fora do alcance do poder renovador do Espírito Santo, mas, sim porque há também no mundo de pecado certas leis e ordenanças estabelecidas por Deus e por Ele mantidas. E, no caso de pecado particular, a lei é que ele exclui toda a possibilidade de arrependimento, cauteriza a consciência, endurece o pecador e, assim, torna imperdoável o pecado. Daí, nos que cometeram esse pecado podemos esperar ver um pronunciado ódio a Deus, uma atitude desafiadora para com Ele e para com tudo quanto é divino, um prazer em ridicularizar e difamar aquilo que é santo, e um desinteresse absoluto quanto ao bem-estar da alma e à vida futura. Em vista do fato de que esse pecado não é seguido pelo arrependimento, podemos estar razoavelmente seguros de que os que receiam havê-lo cometido e se preocupam com isso, e desejam as orações doutras pessoas por eles, não o cometeram.”
Referências
GRAHAM, Billy. O Espírito Santo. Edições Vida Nova, São Paulo.
MARTINS,Orlando. Diaconia Cristã. AD Santos, Curitiba, 2016.
MARTINS, Orlando. Um presente de Deus para você. Editora Candeia. São Paulo, 2014.
NORDSTOKKE, Kjell (Org). A Diaconia em perspectiva bíblica e histórica. Tradução de Werner Fuche. Escola Superior de Teologia/ Ed. Sinodal. São Leopoldo, RS. 1ª Edição, 2003.304 p.
OLIVEIRA, Raimundo. A Doutrina Pentecostal hoje. Edições CPAD. Rio de Janeiro, 1983.
SILVA, José Apolonio. Grandes perguntas pentecostais. Edições CPAD. Rio de Janeiro, 2004.
STOTT, John. Batismo e plenitude do Espírito Santo. Edições Vida Nova. São Paulo.
Vice-presidente da AD Mais de Cristo em Florianópolis, Pastor-Auxiliar, Bacharel em Teologia e Jornalismo. Especialista em Educação, Mestrando em Teologia na EST. Escritor, Diretor da Faculdade Mais de Cristo. Professor universitário e de matérias teológicas em seminários e faculdades no estado de Santa Catarina. Casado com Cleusa de Oliveira Martins. Pai de Larissa Eduarda de Oliveira Martins.
Devido à má resposta de líderes mundiais às ameaças de uma guerra nuclear e às mudanças climáticas, um grupo de cientistas dos Estados Unidos ajustou nesta quinta-feira (25/01) em 30 segundos o “Relógio do Juízo Final” (Doomsday Clock, em inglês) e colocou o ponteiro marcando 23h58. O gesto representa o aumento das possibilidades de a humanidade chegar à sua destruição total.
Essa é a segunda vez que o relógio, criado pelo Comitê do Boletim de Cientistas Atômicos como indicador da suscetibilidade do mundo ao cataclismo, foi adiantado desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016.
A dois minutos da meia-noite, o relógio indica que humanidade está no ponto mais próximo do apocalipse registrado desde 1953, em meio à corrida armamentista nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética, quando os ponteiros estiveram pela última vez nesta mesma posição.
Segundo a organização, esse ajuste foi necessário devido aos riscos de uma catástrofe nuclear representados pelo programa armamentista da Coreia do Norte, aos conflitos envolvendo a Rússia e à tensão no Mar do Sul da China, além de outros fatores.
“A retórica hiperbólica e ações provocativas de ambos os lados aumentaram as possibilidades de uma guerra nuclear por acidente ou erro de cálculo”, afirmou o comitê, em comunicado, numa clara referência à troca de hostilidades entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
O perigo desenfreado das mudanças climáticas foi outro fator que pesou na decisão dos cientistas para adiantar os ponteiros.
Símbolo apocalíptico
Em 1947, o Comitê do Boletim de Cientistas Atômicos, criou o “Relógio do Juízo Final”, um símbolo apocalíptico que nasceu no contexto da corrida nuclear que se materializou em agosto de 1945 com as bombas lançadas pelos EUA sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
No primeiro ano, o ponteiro do relógio, uma metáfora visual do perigo de uma destruição deliberada do planeta, marcava sete minutos para a meia-noite. Em 1949, com o primeiro teste nuclear da União Soviética, os ponteiros começaram a ser adiantados para o ponto final.
Desde então, o relógio foi ajustado em 20 ocasiões, variando entre dois minutos para meia-noite e 17 minutos para a meia-noite, em 1991. Normalmente, os cientistas ajustavam apenas minutos completos, mas, em 2017, após o triunfo de Trump nas eleições presidenciais dos EUA, surpreenderam ao adiantarem o relógio em 30 segundos, marcando dois minutos e meio para a meia-noite.Nesta quinta-feira, o relógio voltou a ser ajustado em 30 segundos.