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Falar em línguas – Uma experiência não obrigatória ao cristão

O Falar em línguas

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.“É apenas uma virtude espiritual – você deseja falar e simplesmente fala. Não é necessário se emocionar ter um “chilique” qualquer e pronto falei em línguas. .

Falar em línguas, ou “glossolalia”, não é própria por todos os cristãos, alguns acreditam que a habilidade de falar em outras línguas humanas ou uma oração inteligível foi inspirada pelo Espírito Santo somente entre os cristãos do primeiro século da igreja quando da formação da igreja e para aquele determinado fim.

“São váras as formas utilizadas pelo Espírito Santo. Não importa como você recebe”. A minha experiência aconteceu enquanto orava pela madrugada, nasci em um lar cristão batista tradicional e meu pai era Pastor hoje sou pastor batista renovado.

Enquanto orava, de repente me vi falando em língua estranha..Em meio a oração senti alguma coisa diferente e meu linguajar mudou. Eu não sabia o que estava falando mas, entendia em minha mente o que eu falava. Isso não alterou meu emocional, pois com meus conhecimentos bíblicos e estudos teológicos eu sabia muito bem o que estava acontecendo.

O dom de falar em línguas estranhas.nada altera ao  crist!ao, como dizem alguns pregadores porque ele só serve para quem o usa e para se relacionar com Deus através da oração, tanto é que o Apóstolo Paulo diz que quando alguém orar em línguas que haja interprete para que todos entendam.

O Espírito Santo dá os dons conforme ele quer e pra quem ele quer, na hora que ele deseja e para o fim especifico que ele determinar. Estamos aqui como servos para obedecer ao comando do Espírito Santo.

O dom de línguas é uma das manifestações do Espírito Santo que mais causam controvérsias entre os cristãos por ser complexo e porque envolve doutrinas teológicas baseadas em interpretações do Novo Testamento.

Não existe, a meu ver, embasamento no Novo Testamento para constante busca desse dom da forma como ocorre hoje em muitas igrejas. Trata-se de experiência pessoal com o Espírito Santo, e, neste caso em especial, o dom de línguas, segundo o apóstolo Paulo em sua carta aos Coríntios, ele sugere que não se deixem levar pela emoção e que o dom seja usado em benefício da igreja.

Na verdade, Paulo estava aborrecido pela ênfase que o dom havia ganhado, e no capítulo 12 da primeira carta aos Coríntios ele colocou limites a respeito do dom de línguas Eu, particularmente, não acredito na doutrina pentecostal que exige o falar em línguas como sinal de que você está cheio do Espírito Santo, ou como demonstração de que você é verdadeiramente um cristão cheio do Espírito Santo..Sou contra a forma como esse dom é usado publicamente, como um êxtase coletivo, isso não tem base no Novo Testamento”.

Não existe nenhum mandamento para que não busquemos esse ou outro dom. Na verdade, Paulo nos ensina a fazê-lo”,

Há duas aplicações para o dom de línguas: a manifestação do Espírito Santo em um idioma conhecido por todos, mas desconhecido pelo profeta – e que seria usada na entrega de uma mensagem a alguém que entende tal idioma; e através da língua dos anjos, em um momento espiritual. Nesse  caso, Paulo diz que, para que toda a igreja seja beneficiada, é indispensável que haja um intérprete, pois em caso contrário, ninguém entenderá o que foi dito por isso o alerta do apóstolo Paulo para que “se não houver intérprete presente, não fale em línguas em público”.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Unção ou desequilíbrio espiritual?

Que Deus possa nos dar sabedoria e compreensão com discernimento espiritual.

por Leandro Bueno-via gospelprime
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Uma das características, a meu ver, mais marcantes de nossos tempos é a utilização de vários termos totalmente fora dos seus devidos contextos, apesar de repetidos à exaustão pela população, tais como fundamentalista, homofóbico, fascista, etc.

No meio cristão, isso ocorre também e um exemplo do que estou dizendo se dá com a palavra UNÇÃO. Analisando o que a Bíblia nos ensina sobre o assunto e como vemos tal termo sendo utilizado em muitas igrejas, chega a dar calafrios, tal é o nível de heresias, falta de sabedoria e maturidade especial. Vejamos algumas das situações a que me refiro.

No período do Antigo Testamento, tínhamos a época da lei, da Antiga Aliança, quando, como regra, somente reis e sacerdotes eram ungidos. Tal ato era o símbolo de uma suposta autoridade divina que recaía sobre esses indivíduos, a ponto de muitos ali não poderem ser questionados acerca de seus atos.

Interessante é que, mesmo no ambiente secular, vimos isso ocorrer ao longo da História política, quando na época do Absolutismo, tínhamos a máxima “The King can do no wrong”, ou seja, o rei, o imperador, não podiam errar, não poderiam nem ser responsabilizados por seus atos.

E hoje quem são, no meio religiosos, esses “reis” e “sacerdotes”? Eu diria que são muitos destes auto-proclamados apóstolos, pai-póstulos e que adoram ostentar esses títulos, mas não só eles, mas todo aquele cristão que, ensimesmado na sua vaidade e altivez, se coloca em um nível superior aos outros, muitas vezes querendo agir como moralistas de plantão ou de forma extremamente autoritária, dizendo o que os outros devem ou não fazer.

Ora, isso não significa dizer que não acredito que existam, sim, pessoas que tenham uma maior intimidade com Deus, por buscarem todos os dias, por terem uma vida onde a santidade é um alvo perseguido, etc. Porém, é importante nunca perder de vista o fato de que todos somos imensamente carecedores da graça de Deus e que o orgulho e a empáfia são o caminhão da perdição, da queda.

E o que seria então a unção? A unção é o próprio Espírito Santo habitando na pessoa regenerada. Com efeito, todo verdadeiro cristão é ungido por Cristo, com o Espírito de Deus. E, penso, que somente olhando, para Gálatas 5:22, temos condições de entender como esse Espírito se manifesta em nós.

Ele se manifesta por meio de seus frutos que são o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Assim, torna-se um tanto questionável, principalmente por parte de alguns que se colocam como “ungidos de Deus”, se você olhando para a vida destas pessoas, não consegue detectar nenhum destes frutos ali presentes e o cristão ele tem o dever de, em sua jornada, buscar ser coerente.

Daí, ser algo pra lá de questionáveis, para não dizer anti-bíblicos, esses modismos que vemos no Brasil do Gospel, onde temos unções ao gosto do freguês: unção do riso, unção apostólica, unção do cachorro, unção dos quatro seres viventes, unção do anjo, unção do tombo, unção da águia, unção da loucura, etc. A criatividade é o limite.

A questão é que a maioria destes modismos infelizmente são baseados em versículos isolados e totalmente fora do contexto atual, com uma teologia paupérrima, e muitas vezes servem apenas para encher templos, quando não vender produtos, como toalhinhas, terra e óleo que seriam de Israel, pedrinhas com letras em Hebraico, copos, etc.

Ou seja, é o mesmo mercantilismo no templo, tão repudiado por Jesus, que se revoltou com isso, a ponto de expulsar muitos ali por não tolerar tal prática, como lemos no final dos Evangelhos sinóticos (Marcos 11:15-19, Mateus 21:12-17 e Lucas 19:45-48) e perto do início do Evangelho de João (João 2:13-16).

Chega-se ao ponto de termos até transferência de unção, entre um crente e outro, com imposição de mãos. Pergunta-se: Em que lugar no Novo Testamento isso ocorreu? Alguém consegue conceber o apóstolo Paulo ministrando que unção e dons espirituais podem ser transferidos? Ou Jesus orientando seus discípulos desta maneira?

Concluindo, que Deus possa nos dar sabedoria e compreensão com discernimento espiritual. SOLI DEO GRATIA.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Unção demais estraga

Quanto mais conhecemos a Palavra de Deus menos unção necessitamos

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É de fazer qualquer pai da Igreja rolar no túmulo as heresias que estamos testemunhando no que toca à compreensão da “Unção”.

A mais recente está relacionada a uma Bíblia que ficou imersa em “óleo puro de oliva”, detalhe, óleo de “Israel”, por um longo tempo. Após retirarem o Livro do recipiente escorreram o excesso do azeite em outra vasilha e este azeite extraído da Bíblia Sagrada viria “imantado “ com a unção das oito mil promessas nela existentes. No final do ano seria distribuído entre os membros para com ele besuntarem o que quiserem: casa, carro, cachorro, periquito, garrafa de cachaça, órgãos genitais (é isso mesmo), etc.

É muita criatividade.

Infelizmente todos estes ensinamentos insanos tem origem no desconhecimento das Sagradas Escrituras. Não basta ler a Bíblia para compreendê-la. Jesus determinou que a “examinássemos”. Um exame requer esmiuçar, selecionar, avaliar, estudar, relacionar o texto com os contextos utilizando de técnicas responsáveis de hermenêutica, história, línguas originais etc.

Inventa-se unção para tudo: “Unção de vitória”, “Unção de ousadia”, “ Unção de conquista”, “Unção de Multiplicação” , “Unção financeira” , e por aí vai.

A Bíblia Sagrada não faz menção a nenhuma “unção” maluca destas, mas sim que temos “uma Unção única dada por Deus”, como registrado em I Jo 2 20;27:

Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento. Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês, e não precisam que alguém os ensine; mas, como a unção dele recebida, que é verdadeira e não falsa, os ensina acerca de todas as coisas, permaneçam nele como ele os ensinou.

Nem mesmo para a ordenação Pastoral a Palavra de Deus determina que se unja o candidato, mas que se “imponha as mão” ou não, simples assim.

O problema reside em que os charlatães aventureiros precisam dar um ar de misticismo em todas as sua deturpações escriturísticas, uma vez que lhes falta conteúdo e apoio bíblico.

Outro absurdo foi um suposto representante de uma “nova visão” ministerial que resolveu se ungir com uma tal de “unção de Arão”. Desta vez deixou registrado todo o episódio circense onde doze litros de azeite foram despejados sobre sua cabeça. Para dar um teor clássico ao drama ele bradava em latim:

“ – ex nusquam (do nada),  se não havia salvação agora vai ter, dinheiro que não vinha vai vir, demônios vocês estão derrotados em nome do Deus de Arão.” Quase sofre afogamento por excesso de besunte.       Ora, só o nome de Jesus já é o suficiente para alcançarmos toda a sorte de bênçãos, todo o resto do teatro está dispensado.

A conclusão que chegamos em meio a tanto desvio doutrinário é o seguinte: “Quanto mais conhecemos a Palavra de Deus menos unção necessitamos”.Unção demais estraga! – por Armando Taranto Neto – gospelprime –

As inserções, negritos e sublinhados foram inseridos pelo autor do site

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.