Em resposta curta e direta o pastor Caio Fábio D’Araújo Filho, que escreve todas as quartas-feiras para a sua coluna “Reflexão”, aqui no FolhaGospel, respondeu à nossa equipe sobre recentes boatos de que seu filho, Ciro D’Araújo, estaria pastoreando uma igreja gay.
A equipe do portal FolhaGospel entrou em contato com o pastor Caio Fábio, depois de recebermos alguns e-mails e lermos na Internet, inclusive em alguns sites evangélicos, notícias de que seu filho, Ciro D’Araújo, teria se tornado pastor de um igreja para homossexuais e que teria se declarado gay.
Na intenção de levar aos seu assinantes, a verdade, ou pelo menos, o fato, sem boatos, o portal FolhaGospel entrou em contato com o pastor Caio Fábio para saber a resposta do pastor sobre estes recentes boatos a respeito do seu filho.
A resposta do pastor Caio, que não quis se prolongar sobre o assunto foi a que segue abaixo:
“Ë mentira. Meu filho é músico, cantor de Ópera do Municipal, e regente de coral; e a única igreja que ele vai, é a Catedral do Rio, quando lá prego, ou aqui no Caminho, sempre que vem. E mais: tem pavor de “igreja gay”. Esta é a verdade. O mais vem do maligno.
A Fundação católica Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) na Itália apresentou em Roma as conclusões de seu estudo “Perseguidos mais do que nunca. Relatório sobre a perseguição anticristã entre 2017 e 2019”.
Este relatório apresentado em 24 de outubro examina o desenvolvimento dos 20 países mais afetados por essa violação dos direitos humanos, de julho de 2017 até hoje, e demonstra que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido e que o eixo do fundamentalismo islâmico mudou da África e sul e leste da Ásia.
O cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, descreveu o relatório apresentado pela Ajuda à Igreja que Sofre como “um instrumento precioso”.
Esta fundação católica denunciou que existem quase 300 milhões de cristãos vivendo em países onde há perseguição. No período estudado, a situação não melhorou e os países de Camarões, Burkina Faso e Sri Lanka se juntaram à lista dos cristãos que sofrem.
Esses dois últimos países representam, de acordo com Alessandro Monteduro, diretor da ACN Itália, os exemplos mais dramáticos desse cenário em mudança da perseguição anticristã, que encontra novas formas e novos territórios devido à ineficiência das estratégias implementadas até agora.
“Infelizmente, o estudo da ACN demonstra que a resposta militar não é suficiente. De fato, desde 2017, desde a derrota do ISIS no norte do Iraque e em grande parte da Síria, assistimos a migração do terrorismo em outras partes do mundo, especialmente na África e no sul e leste da Ásia”, destacou Monteduro.
Além disso, explicou que “os 20 países que Ajuda à Igreja que Sofre mostra como territórios nos quais as minorias cristãs sofrem perseguição, reúnem mais de 4 milhões de pessoas. A defesa da liberdade religiosa deveria ser mais prioritária do que nunca na agenda das grandes potências nacionais e das instituições supranacionais. No entanto, ainda não é assim”, destacou o diretor da ACN Itália.
Embora as relações diplomáticas tenham melhorado entre os chefes das nações ocidentais e os mandatários de nações como Coreia do Norte ou China, isso não significa uma melhoria nas condições dos cristãos nessas áreas, como destacou Alfredo Mantovano, presidente da ACN Itália.
“Não podemos nos enganar que a possível redução de armamento ou a assinatura de tratados de cooperação econômica dentro das fronteiras corresponde a uma diminuição da perseguição religiosa. A rota da seda também é facilmente percorrida por armas e dinheiro. Enquanto países como a Itália aceitam os acordos com o subcontinente chinês, os cristãos lá sofrem uma redução de suas possibilidades de realizar manifestações públicas de fé, assim como privadas, que não sejam controladas por estruturas do partido”, assegurou Mantovano.
Este relatório também mostra que no sul e leste da Ásia, no período em análise, foram verificados alguns ataques anticristãos mais fortes, como o que ocorreu no Sri Lanka no dia da Páscoa e deixou 258 mortos.
Durante a apresentação deste relatório, esteve presente o reitor do Santuário de Santo Antônio, em Colombo, Pe. K. A Jude Raj Fernando, que contou os trágicos momentos nos quais sua igreja foi atacada.
“Eu não podia acreditar no que estava vendo com meus olhos. Vi meus paroquianos mortos e ensanguentados e me perguntava, ‘meu Deus! Por quê?’. Mas, apesar da grande ferida que isso causou, permanecemos fortes em nossa fé, o que nos permite perdoar nossos perseguidores. Perdoamos e continuamos pedindo justiça para nossas vítimas. É por isso que rezamos todos os dias”, assegurou Pe. Jude Raj Fernando.
Este relatório da ACN também denuncia a dramática situação na África, onde nos últimos anos houve um aumento nas formações jihadistas que atacaram os cristãos em mais lugares.
Na violência anticristã, o preço mais alto é pago por sacerdotes e religiosos. De fato, dos 18 sacerdotes e 1 religiosa mortos no mundo durante o ano de 2019, 15 deles morreram na África, em concreto, 3 em Burkina Faso.
Neste país, segundo contou Roger Kologo, sacerdote de Burkina Faso, “é um ato de verdadeira caça aos cristãos, que são atacados durante procissões e manifestações públicas de sua fé e são até procurados em suas próprias casas para serem executados. Desde o início do ano, mais de 60 fiéis foram mortos”.
O presbítero explicou a trágica escalada de ataques anticristãos iniciados em sua própria diocese na última Sexta-feira Santa e lembrou o sacerdote sequestrado Joel Yougbare.
“Na noite anterior ao sequestro, tínhamos jantado juntos. Disse-me que ia visitar uma comunidade em uma área remota. Sabia que era perigoso, os jihadistas o tinham controlado e mais de uma vez o tinham seguido, mas ele não queria abandonar seus fiéis. É um homem muito corajoso e nós continuamos orando para que ele continue com vida”.
Se foi Deus quem criou o sexo, por que as igrejas tratam o assunto como tabu? Quem passou por todos os corredores da 15ª Expo Cristã viu um estande pequeno com um grande cartaz da sexóloga Aryanne Marques.
Simpática e muito comunicativa, ela mostrava seu trabalho como palestrante para líderes evangélicos e ainda comercializava produtos sensuais.
Muitas pessoas se interessaram e entraram no estande. Outras fizeram careta e acharam que ela não deveria estar em um evento evangélico.
Aryanne sabe que existe preconceito dos evangélicos com a sua profissão, tanto que ela estudou sexologia por cinco anos escondida da sua igreja.
“As pessoas se assustam, mas a gente vai conhecendo a palavra e entendendo. A Bíblia diz ‘conhecereis a verdade e ela vos libertará’ e é conhecendo a verdade que a gente se liberta. Salmo diz ‘quando ocultei os meus pecados, apodreceram os meus ossos’ e tem muita gente ocultando o pecado”.
Ela revela que há muita ligação de problemas sexuais com suicídio. Homens e mulheres que sofrem e não sabem onde procurar ajuda para estes problemas e as igrejas anda velam esses temas, tornando ainda mais difícil conseguir apoio.
Aryanne também estudou teologia e trata o assunto sexo dentro da Palavra de Deus. “Falo de intimidade à luz da Bíblia sem negociar princípios. Prezo pela base que o Senhor criou”.
Isso quer dizer que ela fala de sexo para casados. Homem e mulher.
A sexóloga iniciou um canal no Youtube para falar diretamente com evangélicos que estão com problemas nessa área e por conta deste trabalho, ela passou a ser convidada para ministrar em igrejas, congressos e dar palestras em todo o Brasil.
Foi em uma dessas palestras que ela conheceu Adriana Barros, da Rede do Bem Group, organizadora da Expo Cristã, que fez o convite para que ela estivesse na feira deste ano.
“Eu costumo brincar: quem criou o sexo? Deus ou o diabo? Foi Deus e a gente tem que viver o melhor disso porque é a criação dele para os casados”.
“É desafiador [falar sobre sexo na igreja]. Às vezes a pessoa me trata mal, às vezes ela me julga, mas eu vou dentro da Bíblia porque uma coisa é a pessoa ir contra a minha opinião, mas contra a Palavra do Senhor não dá para ela falar nada”, disse.
Ela cita o texto de Eclesiastes 9:9 que diz: “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol”.
Em seu entendimento, a Bíblia diz que o sexo é a boa porção para os casados. E ela tem focado seu trabalho em mostrar aos cristãos que faz parte da plano de Deus que o casal tenha prazer.
Mudanças hormonais, traumas, problemas de disfunção, entre outros podem impedir que o casal viva esse prazer e, além de oferecer informações para ajudar essas pessoas, ela também oferece produtos para auxiliar como géis lubrificantes, produtos para ejaculação precoce e outros.
“Precisamos quebrar o tabu: quem criou o sexo não foi o diabo, foi Deus”, revelou ela ao dizer que não trata de produtos de sex shop para não ferir seus princípios e que trabalha com uma marca que só oferece produtos feitos com produtos naturais que não causam alergia.
Aryanne entende que é necessário falar cada vez mais sobre o assunto nas igrejas, pois não é admissível ver casais cristãos se separando por traição, um problema que, para ela pode ser evitado quebrando os preconceitos sobre sexo dentro do casamento.
“O sistema neural do homem funciona assim: quando eu chego em casa com muita fome eu como pouco ou muito? Muito. Com fome a gente come muito. Mas se eu estou saciado e saio na rua e alguém me oferece um sanduíche ou uma batata eu vou recusar. Assim é o sistema neural do homem”.
Ela ensina que pelo sistema neural do homem ele só consegue se sentir amado e saciado através do sexo.
“Deus criou o homem assim. Tem coisas que a gente só vai entender no céu. Precisamos trabalhar para que haja equilíbrio entre homens e mulheres”, completou.