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Benny Hinn admite ter exagerado com a Teologia da Prosperidade

Benny Hinn é famoso pastor televangelista neopentecostalBenny Hinn é famoso pastor televangelista neopentecostal

Enquanto refletia sobre a vida e a morte do evangelista Billy Graham em um vídeo publicado no Facebook, o evangelista Benny Hinn admitiu que “foi longe demais” com a teologia da prosperidade.

“Nós somos atacados por pregar prosperidade. Bem, está na Bíblia, mas acho que alguns chegaram ao extremo com isso, e a palavra de Deus não ensina assim. Acho que eu sou tão culpado quanto os outros”, disse ele.

“Às vezes você vai um pouco além do que realmente precisa ir e, então, Deus o traz de volta à normalidade e à realidade”, disse Hinn, de 65 anos, em sua conversa com um colega do ministério. O vídeo completo pode ser visto no final dessa matéria, em inglês.

“Quanto mais você conhece a Bíblia, mais você se torna biblicamente embasado e equilibrado em suas opiniões e pensamentos, porque somos influenciados. Quando eu era mais novo, fui influenciado pelos pregadores que ensinavam naquela época. Mas como vivi mais tempo, fico pensando: ‘Você sabe que isso não se encaixa totalmente com a Bíblia e com a realidade’. Então, o que é prosperidade?”, questiona.

Hinn falou sobre o ensino que diz que os cristãos podem obter bênçãos de saúde e riqueza através de confissões positivas de fé e “plantar sementes” através de pagamentos de dízimos e ofertas.

“Será que Elias, o profeta, tinha um carro? Nem sequer tinha uma bicicleta. Ele não tinha falta alguma. Jesus dirigiu um carro ou vivia em uma mansão? Não. E os apóstolos?”, questionou Hinn, explicando sua interpretação sobre o que é sentir falta de algo. “Hoje, a ideia é abundância e casas palacianas, carros e contas bancárias. O foco está errado. Tão errado”, ressaltou.

O evangelista, que já foi apanhado em controvérsias sobre as riquezas em seu ministério, disse que vive muito mais humildemente agora. “Quero me perdoar. As pessoas me acusaram de coisas que nem sequer são reais. Um cara escreveu: ‘Oh, ele vale 40 milhões’. Como eu gostaria! Eu daria tudo ao Reino diante de Deus”, disse.

“Ele voa em jatos particulares”, continuou Hinn, imitando seus críticos. “Não, eu não. Eu não viajei em voos privados nestes anos. Eu vôo em viagens comerciais como qualquer outra pessoa”, explicou.

“Nós cometemos o erro de pensar que isso é o que Deus quer e Deus diz: ‘Não, isso não é o que Eu quero’. É hora de viver biblicamente. Você sabe que tudo se resume a uma coisa. Nós amamos Jesus, sim ou não? Se amamos a Jesus, é tudo sobre Ele. Se não amamos Jesus, então é sobre outras coisas”, salientou. Em última análise, Hinn disse que quer que sua vida “termine bem” com Deus.

Ministério e o divórcio

Em 2015, durante o evento “Escola Profética” conduzido pelo Ministério Joel Engel, Benny Hinn revelou que chegou a pregar separado de sua esposa. “Em 2010, eu passei por um desafio na minha vida, e isso pode acontecer com qualquer um. Minha esposa vem de uma grande família, muito ricos no espírito. O pai dela acabou perdendo o ministério por causa de uma mulher”, disse ele.

Depois do escândalo na família de sua esposa, Suzanne Hinn, um período turbulento marcou o processo de separação do casal. “Minha esposa começou a ter lutas com a identidade dela. Eu estava viajando, pregando e ministrando, enquanto minha esposa estava emocionalmente morrendo. Acabamos enfrentando o divórcio”, conta o pregador.

O casal ficou separado durante três anos, causando grande polêmica no meio evangélico e um abalo na vida familiar, ministerial e espiritual de Benny. “Esses três anos foram muito terríveis. Um dia, eu e minha esposa fomos ter uma longa conversa, e foi horrível, uma guerra. E como resultado desse divórcio, minha força espiritual começou a ser afetada”, conta.

Mesmo com todos os acontecimentos em sua vida pessoal, a unção permaneceu sobre o ministério de Benny Hinn. “Isso começou a mexer comigo. Eu perguntava: ‘Senhor, por que está me ungindo sabendo que eu estou lutando pela minha vida?’. De início Ele não me respondeu, mas eu comecei a perceber, dia após dia, o perigo em que eu estava.”

“Comecei a entender que a unção do meu ofício não tem nada a ver com a unção na minha vida. A unção na minha vida é o que mantém o fogo de Deus na minha alma. É essa unção nos nosso corações que precisa ser cuidada”, disse. “A unção no ministério é como um peso que você carrega. Se a unção do seu coração começar a enfraquecer, a unção que está no seu ministério vai te destruir”.

Casamento restaurado

Benny Hinn contou que sua entrega a Deus foi a chave para a restauração de sua família. “Foi isso que curou a minha família. Minha esposa olhou no meu rosto, e disse: ‘Benn, eu vejo Jesus nos seus olhos. Vamos ficar juntos novamente’. Graças a Deus, hoje, o Senhor curou o meu casamento”.

“Vou dizer algo: no nosso caso, o divórcio foi a melhor coisa que nos aconteceu. Alguns pastores aqui estavam no meu casamento – o segundo casamento, com a mesma mulher. O Senhor curou o nosso relacionamento e a minha esposa completamente”, disse na época.

Confira o vídeo em inglês:

Fonte: Guia-me

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Padre Reginaldo Manzotti critica as igrejas evangélicas

Padre Reginaldo ManzottiPadre Reginaldo Manzotti

Durante entrevista ao programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, o padre Reginaldo Manzotti fez duras críticas aos métodos da igreja evangélica quando foi questionado sobre a diminuição do número de católicos e consequente aumento da população evangélica.

O  religioso justificou fazendo referência à chamada teologia da prosperidade.

“É engraçado fazer uma proposta assim ‘me dá seu Fusca que Deus te devolve uma Limusine’. Isso atrai, né? Ou ‘vem para cá que resolvo todas as suas crises’. Eu não falaria que Deus vai curar suas doenças. Isso chama teologia da prosperidade. Nós, católicos, não fazemos isso por que não é verdade. É uma forma de ludibriar as pessoas. Então o número de evangélicos cresce porque, em um momento de crise, alguns líderes oferecem respostas fáceis para problemas graves”, declarou o padre.

Ainda durante a entrevista, Manzotti foi abordado sobre o tema da homossexualidade. Segundo ele, a igreja não mudou suas regras, mas está aprendendo a lidar com a questão.

“Ainda acredito na criação. Deus fez o ser humano. Quando a grávida faz um exame na barriga e ele mostra um ‘pipi’, o bebê é homem! Não pode chegar uma lei de gênero e passar isso goela abaixo de todos. A igreja tem regras claras. Mas repito que isso não significa exclusão”, garantiu o sacerdote.

Reginaldo Manzotti também aproveitou para defender a postura da igreja católica no combate a casos de pedofilia dentro da instituição.

“É de fato uma ferida. Começou a mudar com o Papa Bento XVI, que teve coragem de colocar a mão ali e dizer ‘tolerância zero’. Acontece que esses casos são exceções. Qual instituição que não tem problemas? A igreja está cuidando das vítimas e dos padres”, destacou Manzotti.

Fonte: Pleno News

Eleições 2018: Por que líderes evangélicos não apoiam Marina Silva?

Marina Silva, pré-candidata evangélica a Presidência do Brasil, em 2018Marina Silva, pré-candidata evangélica a Presidência do Brasil, em 2018

Marina Silva é, até agora, a única pré-candidata evangélica ao Palácio do Planalto, porém, a profissão de fé da porta-voz do partido Rede, no entanto, não deve credenciá-la como a favorita dos líderes das maiores igrejas do país — Assembleia de Deus, Igreja Batista e Universal do Reino de Deus.

O posicionamento de Marina sobre aborto e outros temas polêmicos continua sendo um dos principais motivos para líderes das maiores igrejas evangélicas do Brasil negarem apoio à missionária da Assembleia de Deus, que deve disputar neste ano, pela terceira vez, o mais alto cargo do poder Executivo.

A uma semana do primeiro turno das eleições de 2010, durante um debate na TV Record, a então candidata à Presidência Marina Silva defendeu realizar um plebiscito para tratar sobre a legalização do aborto.

“Naquela hora em que a Marina defendeu o plebiscito, o pastor Silas [Malafaia] mandou desmarcar o almoço que tinha combinado com ela no dia seguinte”, lembra o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), citando o episódio que levou Malafaia a recuar sobre o apoio à ex-senadora. “Ela agiu como Pilatos. Lavou as mãos. Lavou as mãos das nossas pautas”, diz Cavalcante, parlamentar mais próximo ao líder da carioca Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Marina Silva, avalia Cavalcante, “prefere ir para o politicamente correto”. “É morna nos nossos assuntos, já que está em um partido minado de gente de esquerda. O partido fala mais alto do que ela acredita”, afirma.

Nas duas últimas eleições presidenciais, a ex-ministra defendeu o plebiscito, mas deixou claro que era contrária à prática do aborto. “Boa parte das pessoas não dizem o que pensam ou em que acreditam para não perder voto. Eu nunca fiz isso e costumo pagar o preço. Eu não defendo o aborto por questões filosóficas, éticas e religiosas”, afirmou Marina, em vídeo publicado pela Rede, em dezembro de 2016.

A posição de Marina em relação ao casamento gay também não está precisamente ao lado da bancada evangélica. A ex-senadora defende que a terminologia “casamento” só deve ser usada para homem e mulher. Mas diz que o Estado laico deve garantir as liberdades individuais e permitir a “união civil” entre homossexuais. Já Bolsonaro argumenta que a própria Constituição prevê que a união familiar só pode ser formada por homem e mulher.

Bolsonaro x Marina

As principais lideranças evangélicas dizem que ainda é cedo para confirmar o apoio a qualquer presidenciável, mas afirmam que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vem abraçando publicamente as bandeiras do grupo.

A chamada ideologia de gênero, que prega que masculino e feminino são construções sociais, é outro tema que provoca a fúria dos líderes evangélicos. O tema chegou a ser discutido na Câmara dos Deputados e os religiosos tiveram Bolsonaro com um dos aliados para defender que ser heterossexual é natural à humanidade. Marina Silva nunca se manifestou nas redes ou em entrevistas sobre o assunto

Para Rodovalho, eleitores evangélicos estão em busca de um candidato que defenda valores conservadores e tenha uma visão liberal da economia. “Há um anseio na sociedade por essa linha, e a Marina criou um hiato com os evangélicos que será difícil de ultrapassar”, diz.

Procurada pelo UOL, a Igreja Universal do Reino de Deus não quis se manifestar sobre o pleito presidencial deste ano. A congregação, comandada pelo pastor Edir Macedo, não apoiou Marina Silva nas eleições anteriores. Em ambas as disputas, a Universal defendeu a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O deputado Paulo Freire (PR-SP), filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa da Assembleia de Deus de São Paulo, afirma que o pai se reunirá no próximo mês para discutir com pastores do Estado quem seria o presidenciável preferido pela região. Freire explica que diferentemente da Igreja Católica, a rede evangélica não precisa defender uma única candidatura. “Em 2014, ficou livre para todos os pastores da Assembleia”, exemplifica.

O parlamentar evita dizer quem seriam os favoritos do apoio evangélico, mas dá sinais de que Marina não estará entre eles. “Nós tentamos apoiá-la em 2014, mas não foi possível. Alguns princípios não bateram.” Segundo ele, os posicionamentos da Rede, não seriam a razão para a Marina “ficar em cima do muro”. “Nós temos pessoas [da Assembleia de Deus] que estão no PT, mas defendem os nossos princípios”, afirma.

Marina defende Estado laico, diz aliado

Aliado próximo de Marina, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirma que a ex-senadora não usará a religião para alcançar os votos dos evangélicos. Ele lembra que a pré-candidata defende o Estado laico e critica aqueles que “instrumentalizam a fé”.

“A Marina é evangélica. Há uma aproximação natural de quem é da denominação dela. Mas acho muito difícil que façamos alianças com partidos com denominação [evangélica]. Vamos fazer alianças programáticas”, diz Randolfe.

Segundo o parlamentar, a Rede faz a defesa do Estado laico e alega que as religiões devem estar separadas do Poder político. “‘Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus’, interpreta o versículo bíblico. “Acho que deveria ser assim. Igreja não é partido. Partido não é igreja”, completa.

O senador ironizou a simpatia de líderes evangélicos a Bolsonaro pela defesa de princípios morais. “Acho que discutir qualidades morais é, por exemplo, ser honesto, não utilizar auxílio-moradia tendo casa própria, não empregar assessor fantasma”, diz Randolfe, em referência à reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre o emprego de servidora fantasma por Bolsonaro.

Lula e Bolsonaro lideram pesquisa entre evangélicos

Na última pesquisa Datafolha, de dezembro do ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado Jair Bolsonaro aparecem como os favoritos entre o eleitorado evangélico, na citação espontânea de preferência de candidato a presidente em 2018. O petista teve 14% das intenções de voto, contra 13% do deputado federal. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, eles estão tecnicamente empatados nas citações espontâneas.

Na pesquisa de declaração espontânea, todos os outros candidatos navegam perto da linha de traço. Marina foi citada apenas por 1% dos entrevistados da denominação evangélica.

Quando apresentados os nomes de todos os possíveis candidatos à corrida eleitoral, a pesquisa aponta outro cenário. Lula lidera com 32% entre os evangélicos, Bolsonaro fica com 22% e Marina registra 12%.

Fonte: UOL – Daniela Garcia