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Vaticano esclarece suposto envio de terço pelo Papa Francisco a Lula

Nota fala sobre declaração do advogado argentino Juan Gabrois que entregou o rosário ao ex-presidente.
Santa Sé explica que “em nenhum momento” ele afirmou que o terço foi enviado pelo Papa, mas apenas ‘abençoado’ por ele
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O Vaticano publicou na manhã desta terça-feira (12) uma nota de esclarecimento sobre o suposto envio de um terço pelo Papa Francisco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Santa Sé se manifestou na página Vatican News, no Facebook.

A nota se baseia nas declarações do advogado argentino Juan Gabrois, fundador do Movimento dos trabalhadores excluídos e ex-consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, que entregou o rosário ao petista na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde ele está preso. “Na entrevista – e nos ativemos a ela – EM NENHUM MOMENTO Grabois afirmou que o Terço foi enviado pelo Santo Padre, mas apenas ‘ABENÇOADO’ pelo Papa (não se sabe quando e nem em que ocasião), tendo sua fala sido traduzida de forma parcial e equivocada”, relata o texto.

A notícia sobre o suposto presente foi veiculada pela equipe do ex-presidente também em sua página oficial no Facebook na tarde de segunda-feira (11), com a foto de um rosário. De acordo com a publicação, Lula recebeu o terço junto com um cartão assinado pelo Papa na sala onde cumpre a pena de 12 anos e um mês de prisão após condenação no processo do tríplex.

Em uma segunda publicação, no Twitter, a assessoria do petista afirma que o terço foi trazido por “Juan Grabois, assessor do papa Francisco para assuntos de Justiça e Paz, que foi impedido de visitar o presidente”. O texto do Vaticano cita Grabois como “ex-consultor”.

O rosário foi entregue hoje na PF por Juan Gabrois, assessor do Papa Francisco para assuntos de Justiça e Paz, que foi impedido de visitar o presidente. https://t.co/DKB0Yu9XnK

Lula está preso há mais de 60 dias na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Mesmo atrás das grades, Lula pode receber presentes desde que os objetos não coloquem em risco a saúde dele ou de alguém da carceragem.Com informações da Gazeta do Povo

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Israel Muçulmanos

Líder do Hezbollah ameaça Israel: “O dia da grande guerra está chegando”

Líder terrorista reforçou que os palestinos “não desistirão de Jerusalém”

Foto: Mohammed Zaatari

O líder do grupo terrorista libanês Hezbollah disse na sexta-feira que seus homens não deixarão a Síria, mesmo que o mundo inteiro tente forçá-los a fazê-lo. A única maneira, acrescentou, seria um pedido do governo sírio para irem embora.

Hassan Nasrallah reclamou que Israel há anos espera que o líder sírio Bashar Assad caia. Agora, ao ver que não conseguirá, insiste, a nova meta dos israelenses é expulsar o Irã e o Hezbollah da Síria.

Ciente de que, com o patrocínio de Teerã, conseguiu fortalecer suas posições militares no Oriente Médio, ameaçou: “O dia da grande guerra [contra Israel] está chegando”.

As declarações de Nasrallah foram feitas durante um discurso televisionado da fronteira do Líbano com Israel, para marcar o Dia de Al Quds – “a santa”, o nome árabe para Jerusalém. Criada pelo Irã, a data é comemorada no mundo islâmico na última sexta-feira do Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.

O comandante do Hezbollah insistiu que, enquanto é tempo, os judeus deveriam “Pegar seus aviões e barcos e voltar para os países de onde vieram.”

“Mas se vocês insistirem na ocupação, o dia da grande guerra está chegando, o dia em que todos nós iremos orar em Jerusalém”, numa referência à mesquita de Al-Aqsa, assentadas no Monte do Templo, considerado o terceiro lugar mais sagrado do mundo para os islâmicos, após Meca e Medina.

O líder terrorista reforçou que os palestinos “não desistirão de Jerusalém, da mesquita Al-Aqsa, da Palestina e do direito de retorno”, apesar de toda pressão externa. Segundo ele, esse povo “depois de 70 anos de deslocamento e sacrifício continua crescendo em presença e força”.

A ligação do Hezbollah como o Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, é conhecida. Um relatório recente apresentado por Israel nas Nações Unidas mostra que eles estão trabalhando em conjunto para estabelecer uma força militar no Líbano, que incluiria milhares de combatentes palestinos e armazéns para a fabricação de foguetes e mísseis.

Israel disse que não vai concordar com as forças do Irã e do Hezbollah se entrincheirando ao longo de sua fronteira.

Uma alta autoridade israelense declarou na semana passada que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisou o presidente russo Vladimir Putin que Jerusalém quer forças iranianas – incluindo o Hezbollah e outras milícias xiitas – fora da Síria e não apenas da região sudoeste, mais próxima do Estado judeu.

Israel realizou dezenas de ataques aéreos contra forças apoiadas pelo Irã na Síria, na tentativas de evitar o fortalecimento de forças militares do Hezbollah. Com informações de Times of Israel

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Noticias

ONU pede que América Latina legalize as drogas

Argumento da CEPAL é que isso reduziria o “alto custo humano” da proibição

Não é só a legalização do aborto que vem ganhando força na agenda da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo afirmou a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, esta semana, a América Latina deveria legalizar as drogas.

Isso iria “diminuir o custo humano da proibição”, argumentou a mexicana que comanda esse braço regional ONU. Ela insiste que a América Latina deveria “explorar uma nova estratégia” uma vez que dezenas de milhares de pessoas de todo o continente morrem em decorrência da violência resultante do esforço de controlar o lucrativo comércio de narcóticos.

Bárcena discursou durante um encontro em Paris: “Serei muito provocadora. A legalização das drogas seria boa para quem? Para a América Latina e o Caribe, pelo amor de Deus. Porque a ilegalidade é o que está matando as pessoas. É hora de cogitar seriamente legalizar as drogas”.

Os maiores produtores da folha de coca usada para fazer cocaína são latinos: Peru, Colômbia e Bolívia. Por sua vez, o Brasil  é um dos principais mercados de cocaína, com consumo quatro vezes maior do que a média mundial. O país também é o maior centro de distribuição de cocaína no mundo.

Alguns dos pré-candidatos a presidente do Brasil já vem falando sobre a possibilidade da legalização em entrevistas. Manuela D’Ávila (PCdoB) é a mais vocal nesse sentido. Guilherme Boulos (PSOL) é outro que já declarou seu apoio a essa medidaCom informações de Reuters